tag:blogger.com,1999:blog-74200538388035912482024-03-08T04:53:50.434-08:00LUGARES INCRÍVEISFiquem a vontade.
Aqui nos LUGARES INCRÍVEIS vamos juntos mostrar lugares incríveis do mundo. Sejam eles paisagens, pessoas, culturas, gastronomias..... é muito assunto.GUSTAVO RUZZANTEhttp://www.blogger.com/profile/17602676211398864263noreply@blogger.comBlogger11125tag:blogger.com,1999:blog-7420053838803591248.post-42374105291679757412010-04-20T18:26:00.000-07:002010-04-20T18:30:11.752-07:00FERNANDO DE NORONHA<a href="http://4.bp.blogspot.com/_br4ZxiYtmUM/S85UeDQrGCI/AAAAAAAAAuY/t02pEUy3sQ0/s1600/800px-Fernando_noronha.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_br4ZxiYtmUM/S85UeDQrGCI/AAAAAAAAAuY/t02pEUy3sQ0/s400/800px-Fernando_noronha.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5462396273295038498" /></a><br /><br /><br /><br />Fernando de Noronha ou Fernão de Noronha é um arquipélago pertencente ao estado brasileiro de Pernambuco, formado por 21 ilhas e ilhotas, ocupando uma área de 26 km², situado no Oceano Atlântico, a leste do estado do Rio Grande do Norte. Constitui um Distrito estadual de Pernambuco desde 1988, quando deixou de ser um território federal cuja sigla era FN. É gerida por um administrador-geral designado pelo governo do estado. A ilha principal tem 17 km² e fica a 545 km do Recife e a 360 km de Natal.<br /><br />Após uma campanha liderada pelo ambientalista gaúcho José Truda Palazzo Jr., em 1988 a maior parte do arquipélago foi declarada Parque Nacional, com cerca de 8 km², para a proteção das espécies endêmicas lá existentes e da área de concentração dos golfinhos rotadores (Stenella longirostris) que lá se reúnem diariamente na Baía dos Golfinhos - o lugar de observação mais regular da espécie em todo o planeta.O único núcleo de povoamento em Noronha é Vila dos Remédios, mas não é considerada capital por ser a ilha considerada um distrito estadual. O parque nacional é hoje administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)<br /><br />Controvérsia<br />Atualmente há controvérsias sobre qual estado o arquipélago deveria pertencer. Considerando a localização geográfica, Fernando de Noronha deveria pertencer ao estado do Rio Grande do Norte. Segundo o deputado Ismael Wanderley (PMDB-RN) que à época da criação da constituição de 1988 tentou aprovar uma emenda que anexava o arquipélago ao Rio Grande do Norte, justificou que o RN não tinha um trade turístico forte na época, por isso não conseguiu exercer influência suficiente para aprovar a emenda.[3]<br /><br />História<br />A ilha teria sido descoberta, provavelmente, por Gaspar de Lemos em 1500 ou por uma expedição da qual Duarte Leite erroneamente terá atribuído o comando a Fernão de Noronha, em 1501–1502. Porém, o primeiro a descrevê-la foi Américo Vespúcio, que tomou parte na expedição de Gonçalo Coelho.<br /><br />A designação do arquipélago provém, no entanto, do nome do primeiro proprietário da capitania hereditária, após doação de D. Manuel I em 16 de fevereiro de 1504 a Fernão de Noronha.<br /><br />O arquipélago foi invadido algumas vezes, nomeadamente em 1534 por ingleses, de 1556 até 1612 por franceses, em 1628 e 1635 pelos holandeses, voltando ao controle português em 1700, para ser novamente conquistada pelos franceses em 1736 e definitivamente ocupada pelos portugueses em 1737.<br /><br />Governo<br />Bandeira de Fernando de Noronha.Ver página anexa: Lista de governadores de Fernando de Noronha<br />O território de Fernando de Noronha foi criado em 9 de fevereiro de 1942 desmembrado do estado de Pernambuco. A entidade administrativa durou 46 anos, sendo extinta em 5 de outubro de 1988 e reincorporada ao seu estado de origem.<br /><br />Colônia prisional<br />Antes de se tornar o paraíso turístico e ecológico dos dias atuais, o arquipélago foi local de detenção de condenados enviados a cumprir pena no presídio ali existente, que funcionou de 1737 a 1942, de 1938 em diante apenas para presos políticos do Estado Novo.<br /><br />Reportagem da revista O Cruzeiro, de 2 de agosto de 1930, descreve o presídio como fantasma infernal para esses proscritos da sociedade, que viviam completamente alheios ao que se passava no resto mundo, apesar de o Governo proporcionar aos presos uma vida saudável de trabalho e de conforto (Fonte: O Cruzeiro, ed. 2 de agosto de 1930).<br /><br /> <br />Detentos durante o trabalho.<br />Geografia<br />Praias<br /> <br />Mapa de Fernando de Noronha <br />Praia da Conceição, em destaque o Morro do Pico, o ponto mais alto de Fernando de Noronha com 321 metros. <br />Praia Sancho, pouco além desta praia uma reserva com mais de 600 golfinhos rotadores está estabelecida.Mar de Dentro <br />Baía e Porto de Santo Antônio<br />Praia da Biboca<br />Praia do Cachorro, na Vila dos Remédios (no centro histórico da ilha)<br />Praia do Meio<br />Praia da Conceição ou de Italcable<br />Praia do Boldró, na Vila Boldró<br />Praia do Americano<br />Praia do Bode<br />Praia da Quixabinha<br />Praia da Cacimba do Padre<br />Baía dos Porcos<br />Baía do Sancho (baía de águas transparentes, cercada por falésias cobertas de vegetação)<br />Baía dos Golfinhos ou Enseada do Carreiro de Pedra<br />Ponta da Sapata<br />Mar de Fora <br />Praia do Leão<br />Ponta das Caracas<br />Baía Sueste<br />Praia de Atalaia<br />Enseada da Caeira<br />Buraco da Raquel<br />Ponta da Air France<br /><br />Outros locais de interesse turístico<br />Forte de Nossa Senhora dos Remédios de Fernando de Noronha<br />Fortim da Praia da Atalaia de Fernando de Noronha<br />Reduto de Nossa Senhora da Conceição de Fernando de Noronha<br />Reduto de Santa Cruz do Morro do Pico de Fernando de Noronha<br />Reduto de Santana de Fernando de Noronha<br />Reduto de Santo Antônio de Fernando de Noronha<br />Reduto de São João Batista de Fernando de Noronha<br />Reduto de São Joaquim de Fernando de Noronha<br />Reduto de São José do Morro de Fernando de Noronha<br />Reduto de São Pedro da Praia do Boldró de Fernando de Noronha<br />Reduto do Bom Jesus de Fernando de Noronha<br />Morro Dois Irmãos<br /><br />Boldró<br />Boldró é onde está localizado o centro de convenções do Projeto TAMAR/ICMBio. Seu nome foi dado por militares americanos e é originário da expressão em inglês Bold Rock, que significa Pedra Saliente em português.<br /><br />Parque Nacional Marinho<br /> Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha <br /> <br />Patrimônio Mundial — Unesco <br /> <br />Morro Dois Irmãos, na Baía do Sancho <br />Informações <br />Inscrição: 2001 <br />Localização: Pernambuco, Brasil <br />Critérios: (ix), (x) <br />Descrição UNESCO: fr en <br /><br />O Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha é uma unidade de conservação de proteção integral administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio. Criado em 1988, ocupa a maior parte do arquipélago e possui uma variedade de fauna e flora únicas. Ótimo local para turismo, porém, devido à fiscalização do ICMBio, algumas das ilhas têm a visitação controlada.<br /><br />Problemas ecológicos<br />Embora protegida pela designação de parque nacional, muito do seu ecossistema terrestre está destruído. A maior parte de vegetação original foi cortada na época em que a ilha funcionava como presídio, para tornar mais difícil que prisioneiros fugissem e se escondessem.<br /><br />Existe também o problema das espécies invasivas, especialmente a linhaça, originalmente introduzida com a intenção de alimentar gado, sendo que, atualmente, a sua disseminação pelo território está fora de controle, ameaçando o que resta da vegetação original. Sem a cobertura das plantas, a ilha não retém água suficiente durante a estação seca, e a vegetação adquire um tom marrom, secando como consequência.<br /><br />Observa-se também a incoerência da permissão de criação de ovelhas na ilha, ao mesmo tempo que se pede aos visitantes que preservem a Mata Atlântica insular, em recuperação.<br /><br />Outra espécie invasiva é o lagarto localmente conhecido como teju, originalmente introduzido para tentar controlar uma infestação de ratos. A ideia não funcionou, uma vez que os ratos são noturnos e o teju diurno. Atualmente o lagarto passou a ser considerado praga em vez dos ratos.<br /><br />Economia<br />O turismo é a principal fonte de renda do arquipélago. Na foto, uma placa indicativa do Forte de São Joaquim do Sueste.O arquipélago de Fernando de Noronha possuía em 2005 um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 22.802.000,00[4] e uma renda per capita de R$ 10.001,00.[4] O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do distrito estadual foi calculado em 0,862 (PNUD/2000).[5]<br /><br />Turismo<br />Mergulho<br />Fernando de Noronha é um local de Mergulho recreativo de nível internacional. Com águas quentes ao seu redor, mergulhos a profundidade de 30 a 40 metros podem ser feitos agradavelmente sem necessidade de usar roupa de neoprene.<br /><br />Próximo à ilha existe a possibilidade de se fazer um mergulho avançado e visitar a Corveta Ipiranga, que repousa a 62 metros de profundidade, depois de ser afundada naquele ponto intencionalmente, após um acidente de navegação.<br /><br />A ilha conta com três operadoras de mergulho, oferecendo diferentes níveis de qualidade de serviço.<br /><br />Além disso, o arquipélago conta com interessantes pontos de mergulho livre, como a piscina natural do Atalaia, o naufrágio do Porto de Santo Antônio, a laje do Boldró, dentre outros.<br /><br />O arquipélago possui diversificada vida marinha, sendo comum observar diversas espécies de peixes recifais, tartarugas e eventualmente tubarões e golfinhos.GUSTAVO RUZZANTEhttp://www.blogger.com/profile/17602676211398864263noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7420053838803591248.post-89757847016076352572010-04-02T12:28:00.000-07:002010-04-02T12:31:11.378-07:00LAS VEGAS<a href="http://4.bp.blogspot.com/_br4ZxiYtmUM/S7ZF2Myra6I/AAAAAAAAAuI/JiPEaccwaeo/s1600/800px-Las_Vegas_Strip_panorama.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 68px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_br4ZxiYtmUM/S7ZF2Myra6I/AAAAAAAAAuI/JiPEaccwaeo/s400/800px-Las_Vegas_Strip_panorama.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5455624796054973346" /></a><br /><br /><br /><br />Las Vegas (literalmente em português A Campina) é a maior cidade do Estado americano de Nevada.<br /><br />Localiza-se no sul do Estado, no Condado de Clark, do qual a cidade é sede. A cidade propriamente dita possui 545 147 habitantes, e sua região metropolitana possui cerca de 1,9 milhão de habitantes e foi o 28º município mais populoso dos Estados Unidos durante o Censo 2000.[1] A cidade foi fundada em 1905, mas se tornou oficialmente uma cidade em 1911.<br /><br />Las Vegas é famosa por seus cassinos. Na Las Vegas Boulevard, mais conhecida como Strip, se encontram os cassinos mais imponentes do mundo como o Stratosphere, Treasure Island, The Venetian, Paris, Bellagio, MGM Grand, Monte Carlo, New York, New York, Luxor, Mandalay Bay, Excalibur só para citar alguns.<br /> <br />História<br />Os primeiros relatos sobre a visita do vale por alguém de ascendência européia foi Rafael Rivera em 1829.[2] Las Vegas foi nomeada por espanhóis do grupo de Antonio Armijo,[3] que utilizaram a água da área durante a jornada iniciada em Texas e direcionada ao norte e a oeste ao longo da Antiga Trilha Espanola (Old Spanish Trail). Em 1800, os domínios de Las Vegas Valley continham poços artesianos que suportavam extensas áreas verdes ou prados (vegas em espanhol), daí o nome Las Vegas. John C. Fremont viajou para a Las Vegas Valley em 3 de maio de 1844, enquanto ela ainda era parte do México.[4] Ele foi um líder de um grupo de cientistas, escoteiros e observadores dos United States Army Corps of Engineers. Em 10 de maio de 1855, após anexação pelos Estados Unidos, Brigham Young havia atribuído 30 missionários da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, liderado por William Bringhurst, para a área a fim de converter a população indígena dos Paiutes ao mormonismo. A fortaleza foi construída perto do atual centro da cidade, servindo como uma escala para os viajantes, ao longo do "Corredor Mórmon" entre o Salt Lake e brevemente próspera colônia de santos em San Bernardino, Califórnia. No entanto, mórmons abandonaram Las Vegas em 1857. Las Vegas foi criada como uma vila ferroviária em 15 de maio de 1905, quando 110 acres (44,5 hectares), propriedade da Ferrovia San Pedro, Los Angeles e Salt Lake do Senador William A. Clark de Montana, foram leiloados no que é hoje centro de Las Vegas. Las Vegas foi parte do Condado de Lincoln até 1909 quando se tornou parte do recém-criado Condado de Clark. A igreja católica St. Joan of Arc próxima às ruas 4th e Bridger, no centro da cidade, foi fundada em 1910. Las Vegas se tornou uma cidade incorporada em 16 de março de 1911.<br /><br />O jogo foi legalizado na cidade em 19 de março de 1931[carece de fontes?]. Em 26 de dezembro de 1946, Bugsy Siegel abriu o infame Flamingo Hotel em Paradise, sobre o que viria a se tornar a Las Vegas Strip[carece de fontes?]. A era dos megaresorts cassinos no Condado de Clark teve início no dia 22 de novembro de 1989, com a abertura do Mirage.<br /><br />Las Vegas começou como uma escala nas trilhas de pioneiros a oeste, e tornou-se uma cidade ferroviária popular no início de 1900. Com a proliferação das ferrovias, Las Vegas tornou-se menos importante, mas a conclusão da Hoover Dam na proximidade, em 1935, resultou no crescimento da população e do turismo. A barragem, localizada a 30 milhas (48 km) a sudeste da cidade, formou o Lago Mead (Lake Mead). Hoje, são oferecidas excursões em partes menos conhecidas da barragem. A legalização do jogo em 1931 levou ao surgimento dos cassinos-hotéis pelos quais Las Vegas é famosa. O êxito inicial dos cassinos na cidade deve-se ao crime organizado. A maioria dos primeiros grandes cassinos eram gerenciados ou financiados por figuras da máfia Benjamin "Bugsy" Siegel, Meyer Lansky ou outros mafiosos da época.[5] No final da década de 1960, com a chegada do bilionário Howard Hughes, que comprou muitos casinos, hotéis e estações de televisão na cidade, corporações legítimas começaram a comprar hotéis-cassinos, e a máfia foi exterminada pelo governo federal ao longo de vários anos conseguintes. O constante fluxo de dólares de turistas dos hotéis e cassinos também foi reforçado por uma nova fonte de capital federal. Esse capital veio com a criação do Nellis Air Force Base. O afluxo de pessoal militar e empregos nos cassinos ajudaram a iniciar uma explosão imobiliária que ainda continua hoje.<br /><br />Embora em 2006 as receitas do jogo de Macau tenham superado as de Las Vegas, a cidade continua sendo um dos principais destinos mundiais para entretenimento.[6][7]<br /><br />Geografia<br />Clima<br />Las Vegas possui um clima semi-árido, registrando menos que 100 milímetros de precipitação por ano. O verão de Las Vegas é quente, com temperaturas que podem superar os 40°C, com temperaturas inferiores a 25°C sendo raras, embora a cidade já tenha registrado temperaturas relativamente baixas no inverno, como 1°C em 1898. Isto causa problemas, principalmente entre crianças e idosos.<br /><br />A temperatura mais alta já registada em Las Vegas foi de 48°C, em julho de 1931. Recentemente, foram registados máximas de 46°C em 1994 e 44°C em 2006. O inverno da cidade é ameno, com temperatura média de 10°C. Temperaturas no Inverno são instáveis, com 36°C tendo sido registado em março de 1910. A estação chuvosa de Las Vegas se inicia em janeiro e se estende até março, com precipitação mínima sendo registrado em outros meses. A menor temperatura já registada na cidade foi de -13°C, em janeiro de 1963. Em 2008, depois de 30 anos houve queda de neve em dezembro.<br /><br />Topografia<br />Paisagem típica de Las Vegas.Las Vegas é uma cidade plana, rodeada por montanhas secas. A elevação da cidade é de aproximadamente 620 m acima do nível do mar. A flora é dominada por vegetações rasteiras.<br /><br />De acordo com o United States Census Bureau, a cidade tem uma área total de 340,0 km2, dos quais 339,8 km2 são de terra e 0,26 km2 (0,04%) de água.<br /><br />Região Metropolitana<br />A Área Metropolitana de Las Vegas está localizada na parte sudeste do estado americano de Nevada, consistindo no Condado de Clark. Concentra uma população de cerca de 1,836,333 habitantes.[8] Constitui a maior concentração de pessoas no estado. Sua história tem como referência a da cidade de Las Vegas.<br /><br />Demografia<br />Segundo o censo americano de 2000, Las Vegas possui 478 434 habitantes, 176 750 residências ocupadas e 117 538 famílias. A densidade populacional da cidade é de 1 630,3 hab/km²;. A cidade possui um total de 190 724 residências, que resultam em uma densidade de 649,9 residências/km². 69,86% da cidade são brancos, 10,36% são afro-americanos, 4,78% são asiáticos, 0,75% são nativos americanos, 0,45% são nativos polinésios, 9,75% são de outras raças e 4,05% são descendentes de duas ou mais raças. 23,61% da população da cidade são hispânicos de qualquer raça.[1]<br /><br /> <br />Casas do subúrbio de Las Vegas. Ao fundo, os edifícios da Strip.Existem na cidade 176 750 residências ocupadas, dos quais 31,9% abrigam pessoas com menos de 18 anos de idade, 48,3% abrigam um casal, 12,2% são famílias com uma mulher sem marido presente como chefe de família, e 33,5% não são famílias. 25% de todas as residências ocupadas são habitadas por apenas uma pessoa, e 7,5% das residências ocupadas na cidade são habitadas por uma única pessoa com 65 anos ou mais de idade. Em média, cada residência ocupada possui 2,66 pessoas e cada família é composta por 3,2 membros.[1]<br /><br />25,9% da população da cidade possui menos de 18 anos de idade, 8,8% possuem entre 18 e 24 anos de idade, 32% possuem entre 25 e 44 anos de idade, 21,7% possuem entre 45 e 64 anos de idade, e 11,6% possuem 65 anos de idade ou mais. A idade média da população da cidade é de 34 anos. Para cada 100 pessoas do sexo feminino existem 103,3 pessoas do sexo masculino. Para cada 100 pessoas do sexo feminino com 18 anos ou mais de idade existem 102,5 pessoas do sexo masculino.<br /><br />A renda média anual de uma residência ocupada é de 44 069 dólares, e a renda média anual de uma família é de 50 465 dólares. Pessoas do sexo masculino possuem uma renda média anual de 35 511 dólares, e pessoas do sexo feminino, 27 554 dólares. A renda per capita da cidade é de 22 060 dólares. 11,9% da população da cidade e 8,6% das famílias da cidade vivem abaixo da linha de pobreza. 15,4% das pessoas com 17 anos ou menos de idade e 8,3% das pessoas com 65 anos ou mais de idade estão vivendo abaixo da linha de pobreza.<br /><br />Economia<br />Centro financeiro de Las Vegas.Las Vegas é uma cidade muito conhecida em todo o mundo, principalmente pelos seus luxuosos cassinos, hotéis, feiras, eventos e convenções. Com isso, boa parte de sua economia é gerada através do turismo. A cidade ainda concentra grandes e importantes empresas, além de indústrias, fazendo de Las Vegas um dos mais destacados pólos econômicos dos Estados Unidos da América.<br /><br />Por diversas razões, a região de Las Vegas tem tido uma elevada concentração de empresas tecnológicas em jogos eletrônicos e indústrias de telecomunicações. Algumas das atuais empresas de tecnologia do sul de Nevada inclui: Bigelow Aerospace, CommPartners, Datanamics, eVital Comunicações, Petroglyph, SkywireMedia, Switch Comunications, e WorldDoc.<br /><br />Constante crescimento da população significa que a indústria da construção da habitação é extremamente importante. Em 2000 mais de 21.000 novas casas e 26.000 revendas casas foram compradas. No início de 2005 havia 20 projetos de desenvolvimento residencial de mais de 300 acres (120 ha) cada curso.<br /><br />Todos os anos no mês de janeiro, é realizada a feira internacional de produtos eletrônicos (International Consumer Eletronic Show - CES), a maior feira de eletrônicos do mundo. A feira atrai a Las Vegas cerca de 150 mil profissionais da área e jornalistas, sendo vedada ao público em geral.[9]<br /><br />Vista panorâmica da Las Vegas Strip, o principal pólo turístico da cidade.[editar] Cultura<br />Las Vegas é conhecida mundialmente primariamente graças aos seus casinos. A fama de Las Vegas fez com que a cidade fosse utilizada como cenário para vários filmes como Diamonds Are Forever, Ocean's Eleven, Miss Congeniality 2, Looney Tunes Back in Action além das séries de televisão CSI e Las Vegas. As bandas The Killers, Panic! at the Disco e Escape the Fate são desta cidade.<br /><br />Esportes<br />Clube de Golfe.Las Vegas não possui uma Major League como muitas cidades americanas, o motivo principal para isso é a que se Las Vegas possui-se uma liga muito nótavel, acabaria criando concorrência com as principais atrações da cidade. Las Vegas possui atualmente duas pequenas equipes desportivas: Os Las Vegas 51s que fazem parte da Pacific Coast League de basquete e os Las Vegas Wranglers, da ECHL de hóquei. Las Vegas normalmente é sede de campeonatos de curta duração, como a NBA All-Star Game (que ocorreu na cidade em 2007), corridas da NASCAR e lutas de boxe e artes marciais misturadas, que normalmente rendem milhões para a cidade.GUSTAVO RUZZANTEhttp://www.blogger.com/profile/17602676211398864263noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7420053838803591248.post-24821492945176860582010-03-26T19:12:00.000-07:002010-03-26T19:16:22.799-07:00PETRA<a href="http://2.bp.blogspot.com/_br4ZxiYtmUM/S61qUADGu2I/AAAAAAAAAuA/_HEmHBMURL8/s1600/450px-Khazneh.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 400px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_br4ZxiYtmUM/S61qUADGu2I/AAAAAAAAAuA/_HEmHBMURL8/s400/450px-Khazneh.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5453131615658490722" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br />Petra (do grego πέτρα, petra; árabe: البتراء, al-Bitrā) é um importante enclave arqueológico na Jordânia, situado na bacia entre as montanhas que formam o flanco leste de Wadi Araba, o grande vale que vai do Mar Morto ao Golfo de Aqaba. Em 7 de Julho de 2007 foi considerada, numa cerimónia realizada em Lisboa, Portugal, uma das Novas sete maravilhas do mundo.<br /><br />História<br /><br />Antecedentes<br />A região onde se encontra Petra foi ocupada por volta do ano 1200 a.C. pela tribo dos Edomitas, recebendo o nome de Edom. A região sofreu numerosas incursões por parte das tribos israelitas, mas permaneceu sob domínio edomita até à anexação pelo império persa. Importante rota comercial entre a Península Arábica e Damasco (Síria) durante o século VI a.C., Edom foi colonizada pelos Nabateus (uma das tribos árabes), o que forçou os Edomitas a mudarem-se para o sul da Palestina.<br /><br />Fundação<br />O ano 312 a.C. é apontado como data do estabelecimento dos Nabateus no enclave de Petra e da nomeação desta como sua capital. Durante o período de influência helenística dos Selêucidas e dos Ptolomaicos, Petra e a região envolvente floresceram material e culturalmente, graças ao aumento das trocas comerciais pela fundação de novas cidades: Rabbath 'Ammon (a moderna Amã) e Gerasa (actualmete Jerash).<br /><br />Devido aos conflitos entre Selêucidas e Ptolomaicos, os Nabateus ganharam o controle das rotas de comércio entre a Arábia e a Síria. Sob domínio nabateu, Petra converteu-se no eixo do comércio de especiarias, servindo de ponto de encontro entre as caravanas provenientes de Aqaba e as de cidades de Damasco e Palmira.<br /><br />O estilo arquitectónico dos Nabateus, de influência greco-romana e oriental, revela a sua natureza activa e cosmopolita. Este povo acreditava que Petra se encontrava sob a protecção do deus dhû Sharâ (Dusares, em grego).<br /><br />Época Romana<br />Entre os anos 64 e 63 a.C., os territórios nabateus foram conquistados pelo general Pompeu e anexados ao Império Romano, na sua campanha para reconquistar as cidades tomadas pelos Hebreus. Contudo, após a vitória, Roma concedeu relativa autonomia a Petra e aos Nabateus, sendo as suas únicas obrigações o pagamento de impostos e a defesa das fronteiras das tribos do deserto.<br /><br />No entanto, em 106 d.C., Trajano retirou-lhes este estatuto, convertendo Petra e Nabateia em províncias sob o controlo directo de Roma (Arábia Petrae). Adriano, seu sucessor, rebaptizou-a de Hadriana Petrae, em honra de si próprio.<br /><br /> <br />Petra<br /><br />Época Bizantina<br />Em 380 d.C., o Cristianismo converteu-se na religião oficial do Império Romano, o que teve as suas repercussões na região de Petra. Em 395, Constantino fundou o Império Bizantino, com capital em Constatinopla (actual Istambul).<br /><br />Petra continuou a prosperar sob o seu domínio até o ano em que um terremoto destruiu quase metade da cidade. Contudo a cidade não morreu: após este acontecimento muitos dos edifícios "antigos" foram derrubados e reutilizados para a construção de novos, em particular igrejas e edifícios públicos.<br /><br />Em 551, um segundo terremoto (mais grave que o anterior) destruiu a cidade quase por completo. Petra não conseguiu se recuperar desta catástrofe, pois a mudança nas rotas comerciais diminuíram o interesse neste enclave.<br /><br />Redescoberta de Petra<br />As ruínas de Petra foram objecto de curiosidade a partir da Idade Média, atraíndo visitantes como o sultão Baybars do Egipto, no princípio do século XIII. O primeiro europeu a descobrir as ruínas de Petra foi Johann Ludwig Burckhardt (1812), tendo o primeiro estudo arqueológico científico sido empreendido por Ernst Brünnow e Alfred von Domaszewski, publicado na sua obra Die Provincia Arabia (1904).<br /><br />Petra nos dias de hoje<br />A 6 de Dezembro de 1985, Petra foi reconhecida como Património da Humanidade pela UNESCO.<br /><br />Em 2004, o governo jordano estabeleceu um contrato com uma empresa inglesa para construir uma auto-estrada que levasse a Petra tanto estudiosos como turistas.<br /><br />A 7 de Julho de 2007, foi eleita em Lisboa, no Estádio da Luz uma das Novas sete maravilhas do mundo.<br /><br />Curiosidades<br />O edifício da Câmara do Tesouro, em Petra, foi utilizado como cenário no filme Indiana Jones e a Última Cruzada. O interior mostrado no filme não corresponde, no entanto, ao interior do dito edifício, tendo sido fabricado em estúdio.<br />O filme "Transformers 2" também teve cenas gravadas na cidade de Petra.<br />No filme Mortal Kombat:A Aniquilição.Raiden entra para falar com seus ancestrais, onde foi tambem gravado na cidade de Petra.<br />Petra é famosa principalmente pelos seus monumentos escavados na rocha, que apresentam fachadas de tipo helenístico (como o célebre El Khazneh).<br />Peritos no domínio da hidráulica, os Nabateus dotaram a cidade de um enorme sistema de túneis e de câmaras de água. Um teatro, construído à imagem dos modelos greco-romanos, dispunha de capacidade para 4000 espectadores.<br />Tintim, herói da banda desenhada belga, visita Petra no álbum de banda desenhada Coke en stock ("Carvão no Porão").<br />Em novembro de 2009, a cidade de Petra foi palco para a novela brasileira "Viver a Vida (telenovela)" de Manoel Carlos. Entre os destaques na cidade, foi realizado o Petra Fashion Days, desfile de moda à céu aberto em frente as ruinas da Câmara do Tesouro (Al Khazneh). Na verdade o desfile não foi realizado no local. A Rede Globo enviou junto com os atores, uma equipe que fotografou todo o cenário com técnicas de 3D. As imagens foram inseridas por computador, atrás do palco montado em estúdio para o desfile, que contou com as personagens Helena (Taís Araújo) e Luciana (Alinne Moraes).GUSTAVO RUZZANTEhttp://www.blogger.com/profile/17602676211398864263noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7420053838803591248.post-11713134315659992962010-03-19T15:33:00.001-07:002010-03-20T04:14:58.832-07:00Taj Mahal<a href="http://1.bp.blogspot.com/_br4ZxiYtmUM/S6St9LMyckI/AAAAAAAAAt4/dUTPsGDcHmg/s1600-h/taj-mahal.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 383px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_br4ZxiYtmUM/S6St9LMyckI/AAAAAAAAAt4/dUTPsGDcHmg/s400/taj-mahal.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5450672715515195970" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br />O Taj Mahal (em hindi ताज महल, persa تاج محل) é um mausoléu situado em Agra, uma cidade da Índia e o mais conhecido[1] dos monumentos do país. Encontra-se classificado pela UNESCO como Património da Humanidade. Foi recentemente anunciado como uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo Moderno em uma celebração em Lisboa no dia 7 de Julho de 2007.<br /><br />A obra foi feita entre 1630 e 1652 com a força de cerca de 20 mil homens,[2] trazidos de várias cidades do Oriente, para trabalhar no sumptuoso monumento de mármore branco que o imperador Shah Jahan mandou construir em memória de sua esposa favorita, Aryumand Banu Begam, a quem chamava de Mumtaz Mahal ("A jóia do palácio"). Ela morreu após dar à luz o 14º filho, tendo o Taj Mahal sido construído sobre seu túmulo, junto ao rio Yamuna.<br /><br />Assim, o Taj Mahal é também conhecido como a maior prova de amor do mundo, contendo inscrições retiradas do Corão. É incrustado com pedras semipreciosas, tais como o lápis-lazúli entre outras. A sua cúpula é costurada com fios de ouro. O edifício é flanqueado por duas mesquitas e cercado por quatro minaretes.<br /><br />Supõe-se que o imperador pretendesse fazer para ele próprio uma réplica do Taj Mahal original na outra margem do rio, em mármore preto, mas acabou deposto antes do início das obras por um de seus filhos.<br /><br />Origem e inspiração<br /> <br />Localização de Agra na ÍndiaO imperador Shah Jahan foi um prolífero mecenas, com recursos praticamente ilimitados. Sob a sua tutela construíram-se os palácios e jardins de Shalimar em Lahore, também em honra da sua esposa.<br /><br />Mumtaz Mahal deu ao seu esposo 14 filhos, mas faleceu no último parto e o imperador, desolado, iniciou quase de seguida a construção do Taj como oferta póstuma. Todos os pormenores do edifício mostram a sua natureza romântica e o conjunto promove uma estética esplêndida. Aproveitando uma visita realizada em 1663, o explorador francês François Bernier realizou o seguinte retrato do Taj Mahal e dos motivos do imperador que levaram à sua edificação:<br /><br /> [...] Completarei esta carta com uma descrição dos maravilhosos mausoléus que outorgam total superioridade a Agra sobre Deli. Um destes foi erigido por Jehan-guyre em honra do seu pai Ekbar, e Shah Jahan construiu outro de extraordinária e celebrada beleza, em memória da sua esposa Tage Mehale, de quem de diz que o seu esposo estava tão apaixonado que lhe foi fiel toda a sua vida e, após a sua morte, ficou tão afectado que não tardou em segui-la para a morte.[3] <br /><br />— ' <br /><br />Síntese histórica<br /> <br />Soldados estado-unidenses em 1942, em frente do Taj Mahal, cuja cúpula se encontra coberta pelo gigantesco andaime que a protegeria de eventuais ataques das forças aéreas alemãs e japonesas.A pouco tempo do término da obra em 1657, Shah Jahan adoeceu gravemente e o seu filho Shah Shuja declarou-se imperador em Bengala, enquanto Murad, com o apoio do seu irmão Aurangzeb, fazia o mesmo em Gujarat. Quando Shah Jahan, caído doente no seu leito, se rendeu aos ataques dos seus filhos, Aurangzeb permitiu-lhe continuar a viver exilado no forte de Agra. A lenda conta que passou o resto dos seus dias observando pela janela o Taj Mahal e, depois da sua morte em 1666, Aurangzeb sepultou-o no mausoléu lado a lado com a esposa, gerando a única ruptura da perfeita simetria do conjunto.<br /><br />Em finais do século XIX vários sectores do Taj Mahal estavam muito deteriorados por falta de manutenção e durante a época da rebelião hindu, em 1857, foi arrestado por soldados britânicos e oficiais do governo, que lhes arrancavam as pedras embutidas nas paredes e o lápis-lazúli dos seus muros. Em 1908 completou-se a restauração ordenada pelo vice-rei britânico, Lord Curzon, que também incluiu o grande candelabro da câmara interior segundo o modelo de um similar que se encontrava numa mesquita no Cairo. Curzon ordenou a remodelação dos jardins ao estilo inglês que ainda hoje se conservam.<br /><br />Durante o século XX melhorou o cuidado com o monumento. Em 1942 o governo construiu um andaime gigantesco cobrindo a cúpula, prevendo um ataque aéreo da Luftwaffe e, posteriormente, da força aérea japonesa. Esta protecção voltou a erguer-se durante as guerras indo-paquistanesas, de 1965 a 1971. As ameaças mais recentes provêm da poluição ambiental nas ribeiras do rio Yamuna e da chuva ácida causada pela refinaria de Mathura. Ambos os problemas são objecto de vários recursos ante a Corte Suprema da Justiça da Índia.<br /><br />Em 1993, foi eleito como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO, e é hoje um importante destino turístico. Recentemente, alguns sectores sunitas reclamaram para si a propriedade do edifício, baseando-se de que se trata do mausoléu de uma mulher desposada por um membro deste culto islâmico. O governo indiano rejeitou a reclamação considerando-a mal-fundamentada, já que o Taj Mahal é propriedade de toda a nação indiana.<br /><br />Elementos formais<br />Elementos formais do Taj Mahal.Os elementos formais e decorativos são empregues repetida e consistentemente por todo o complexo, unificando o vocabulário estético. As principais características do mausoléu refletem-se no resto da construção:<br /><br />Finial: remate ornamentado das cúpulas usado nos pagodes asiáticos igualmente. <br />Decorações de lótus: esquemas cujo motivo é a flor de lótus, esculpidos nas cúpulas. <br />Amrud: Cúpula em forma de cebola, típica na arquitectura islâmica e que, mais tarde, seria usada na Rússia. <br />Tambor: base cilíndrica da cúpula, que serve de apoio e transição formal sobre o resto do edifício. <br />Guldasta: agulha decorativa fixa no rebordo das balaustradas. <br />Chattri: galeria de colunas e cúpula, utilizado principalmente em monumentos de carisma comemorativo. <br />Cenefas: painéis esculpidos sobre as arcadas. <br />Caligrafía: escritura estilizada de versos do Corão sobre as arcadas principais <br />Arcadas ou portais: também denominados pishtaq (palavra persa para os portais). <br />Dados: painéis decorativos sobrepostos às paredes da fachada frontal do edifício. <br />[editar] Influências<br /> <br />Planta do conjuntoO Taj Mahal incorpora e amplia as tradições idílicas do Islão, da Pérsia, da Índia e da arquitectura mogol antiga.<br /><br />O desenho geral do projecto inspirou-se numa série de edifícios mogóis, entre os quais a tumba de Itmad-Ud-Daulah e a Jama Masjid, em Deli. Sob o mecenato de Shah Jahan, a arquitectura mogol alcançou novos níveis de refinamento. Antes do Taj Mahal era habitual edificar com pedra vermelha, mas o imperador promoveu o uso de mármore branco com incrustações de pedras semipreciosas.<br /><br />Os artesãos indianos, especialmente escultores e decoradores, percorriam os países asiáticos durante esta época e o seu trabalho era particularmente apreciado pelos construtores de mausoléus. A arquitectura palaciana mogol, aplicada noutros edifícios indianos (como o palácio Man Sing, em Galore), foi a grande fonte inspiradora dos chattris que se vêem no Taj Mahal.<br /><br />Simetria<br />O conjunto do Taj Mahal, com a sua fachada principal perpendicular a uma ribeira do Yamuna, foi construído com os seguintes elementos arquitectónicos:<br /><br />Portal de acesso <br />Tumbas secundárias <br />Pátios <br />Pátio (esplanada) de acesso principal <br />Darwaza ou forte de acesso <br />Jabaz <br />Mesquita <br />Mausoléu <br />Minaretes <br />No centro, os amplos jardins divididos em quadrados, organizam-se mediante a cruz formada pelos canais. A superfície da água reflete os edifícios, produzindo um efeito adicional de simetria.<br /><br />Os jardins<br /> <br />O jardim com os caminhos junto ao tanque centralO complexo encontra-se rodeado de um grande chahar bagh[4] que mede 320 x 300 metros e inclui canteiros de flores, caminhos elevados, avenidas de árvores, fontes, cursos de água, e pilares que reflectem a imagem dos edifícios na água.<br /><br />Cada secção do jardim é dividida por caminhos em 16 canteiros de flores, com um tanque central de mármore a meio caminho entre a entrada e o mausoléu, que devolve a imagem reflectida do edifício.<br /><br />O chahar bagh foi introduzido na Índia por Babur, o primeiro imperador mogol, segundo um desenho inspirado na tradição persa a fim de representar os jardins do paraíso.[5] Nos textos místicos do Islão no período mogol, o paraíso é descrito como um jardim ideal, pleno de abundância. A água tem um papel-chave nestas descrições, já que se referem quatro rios que surgem de uma fonte central, constituída por montanhas, que dividem o Éden em quatro partes segundo os pontos cardeais (norte, sul, este e oeste).<br /><br />A maioria destes jardins mogóis são de forma rectangular, com um pavilhão central. O Taj Mahal é invulgar neste sentido, já que situa o edifício principal, o mausoléu, num dos extremos. Mas a recente descoberta da existência do "Mahtab bagh" (Jardim da Lua) na ribeira oposta do rio Yamuna permite uma interpretação distinta, incorporando o vale no desenho global de tal forma que se converta em um dos rios do paraíso.<br /><br />O traçado dos jardins e as características arquitectónicas principais, como as fontes, caminhos de mármore e azulejo, e canteiros lineares do mesmo material — similares ao jardim de Shalimar — sugerem que podem ter sido desenhados pelo mesmo engenheiro, Ali Mardan.<br /><br />As descrições mais antigas do jardim mencionam sua profunda vegetação, com abundância de rosas, narcisos e árvores frutíferas. Com a declinação do império mogol também decresceu o mantimento, e quando os britânicos assumem o controle do Taj Mahal, introduzem modificações paisagísticas para refletir melhor o estilo dos jardins de Londres.<br /><br />No entanto, os visitantes poderão admirar-se ao ver os jardineiros cortar a relva com uma máquina puxada por bois.<br /><br /><br />Panorama de 360º dos jardins Char bagh<br /><br />Edifícios secundários<br /> <br />Darwaza de acesso ao Taj MahalO complexo está limitado por três lados por um muro em pedra vermelha. Após os muros, existem vários mausoléus secundários, incluindo os das demais viúvas de Shah Jahan e do servente favorito de Mumtaz. Estes edifícios, construídos principalmente com pedra vermelha, são típicos dos edifícios funerários mogóis da época.<br /><br />Do lado interior os muros completam-se com uma colunata coroada por vários arcos, característica comum nos templos hindus, incorporada nas mesquitas mogóis. A distâncias fixas incluem-se os chattris e outras pequenas construções que podem ter sido utilizadas como miradouros, incluindo a que actualmente se chama «Casa da Música», utilizada como museu.<br /><br /> <br />Interior do jawab usado possivelmente como hospedariaA entrada principal, a "darwaza", é um edifício monumental construído também em pedra vermelha. O estilo recorda a arquitectura mogol e os primeiros imperadores. As suas arcadas repetem as formas do mausoléu, e incorporam a mesma caligrafia decorativa. Se utilizam decorações florais em baixo-relevo e incrustações. As paredes e os tectos abobadado apresentam elaborados desenhos geométricos, similares aos que existem em outros edifícios do complexo. Originalmente a entrada fechava-se com duas grandes portas de prata, que foram desmontadas e fundidas pelos jats em 1764.<br /><br /> <br />O masjid, a mesquitaNo extremo do complexo erguem-se dois grandes edifícios laterais ao mausoléu, paralelos aos muros este e oeste. Ambos são fiéis ao reflexo um do outro. O edifício ocidental é uma mesquita e o seu oposto é o,[6] cujo sentido original era balancear a composição arquitectónica e crê-se que foi usado como hospedaria. As diferenças consistem em que o jawab não tem minarete e os seus pisos apresentam desenhos geométricos, enquanto os da mesquita estão decorados com um desenho em mármore negro que marca a posição das tapeçarias para a oração de 569 fiéis.<br /><br />O projecto básico da mesquita é similar a outras construções mandadas edificar por Shah Jahan, especialmente o seu Jama Masjid, em Deli, que consiste numa grande sala rematada por três cúpulas. As mesquitas mogóis desta época dividem o santuário em três áreas distintas: um sector principal com duas alas.<br /><br />O mausoléu<br /> <br />O Iwan principal do mausoléuO foco visual do Taj Mahal, ainda que não se localize no centro do conjunto, é o mausoléu de mármore branco. Como a maioria dos edifícios funerários mogóis, os elementos básicos são de origem persa. Um edifício simétrico com um iwan[7] e coroado por uma grande cúpula.<br /><br />A tumba descansa sobre um pedestal quadrado. O edifício consiste numa grande superfície dividida em múltiplas salas, das quais a central alberga o cenotáfio de Shah Jahan e Muntaz. Na realidade, as tumbas reais encontram-se num nível inferior.<br /><br />A base é essencialmente um cubo com vértices cortados, de 55 metros de lado. Sobre cada lado, uma grande pishtaq ou arcada rodeia o iwan, com um nível superior similar de balcões. Estes arcos principais elevam-se até ao tecto da base, gerando uma fachada integrada.<br /><br /> <br />O Taj Mahal visto do rio Yamuna.A cada lado da arcada principal, há arcadas menores em cima e em baixo. Este motivo repete-se nas esquinas. O projecto é completamente uniforme e consistente nos quatro lados da base. Em cada esquina do pedestal base, um minarete complementa o conjunto.<br /><br />A cúpula de mármore branco sobre o mausoléu é visivelmente o mais espectacular elemento do conjunto. A sua altura é quase igual à da base, em torno de 35 metros, dimensão que se acentua por estar apoiada num tambor circular de sete metros de altura.<br /><br />A cúpula tem uma forma de cebola. Os árabes chamam a esta tipologia da cúpula amrud, ou seja, com forma de maçã. O terço superior da cúpula está decorado com um anel de flores de lótus em relevo, e no remate uma agulha ou finial dourada combina tradições islâmicas e hindus. Esta agulha termina numa lua crescente, motivo típico islâmico, com os seus extremos apontando para o céu. Pela sua colocação sobre a agulha, o topo desta e os extremos da lua combinados formam uma figura semelhante a um tridente, exacerbo do símbolo tradicional hindu para a divindade de Shiva. O corpo final contém, aliás, uma série de formas bolbosas.<br /><br /> <br />Base, cúpula e minareteA figura central mostra um forte parecido com o kalash ou kumbh, o barco sagrado da tradição hindu. A forma da cúpula enfatiza-se também pelos quatro chattris em cada esquina. As cúpulas destes replicam a forma da central. As suas bases decoradas com colunas abrem através do tecto do mausoléu um espaço para a entrada de luz natural no interior do espaço fechado. Os chattris também estão rematados por finiais.<br /><br />Nas paredes laterais, as estilizadas espirais decoradas em relevo ajudam a aumentar a sensação de altura do edifício, e repetem-se os motivos de lótus ao longo desta e das restantes, assim como em todos os chattris.<br /><br />Em cada esquina do pedestal eleva-se um minarete: quatro grandes torres de mais de 40 m de altura que novamente mostram a atracção do Taj pelo desenho simétrico e repetitivo, criando em parte vários padrões. As torres estão desenhadas como minaretes funcionais, elemento tradicional das mesquitas onde o almuadem chama os fiéis islâmicos à oração. Cada minarete está dividido em três partes iguais por dois balcões que o rodeiam com anéis. No topo da torre, um terraço coberto por um chattri repete o desenho do mausoléu.<br /><br />Estes chattris têm todos os mesmos detalhes de acabamento: o desenho de flor de lótus e o finial dourado sobre a cúpula. Cada minarete foi construído levemente inclinado para fora do conjunto. Desta maneira, em caso de queda, algo não tão improvável nesse tempo para construções de semelhante altura, o material iria cair longe do templo.<br /><br />Decoração<br />Exterior<br /> <br />Detalhe da cúpula do mausoléu.Praticamente toda a superfície do complexo foi ornamentada e encontra-se entre as mais belas decorações exteriores mogóis de qualquer época. Também neste aspecto, os motivos repetem-se em todos os edifícios e elementos. Da proporção ao tamanho da superfície a decorar, a decoração exterior vislumbra-se mais ou menos refinada e detalhada. Os elementos decorativos pertencem basicamente a três categorias, recordando que a religião islâmica proíbe a representação da figura humana:<br /><br />Caligrafia <br />Elementos geométricos abstractos <br />Motivos vegetais <br />Estas decorações efectuaram-se com três técnicas diferentes:<br /><br />Pintura ou estuque aplicado sobre as paredes <br />Incrustação de pedras <br />Esculturas <br />Caligrafia<br /> <br />Caligrafia sobre o grande portal de acesso ao mausoléu.As passagens do Corão são utilizadas em todo o complexo como elementos decorativos. Os textos criados pelo calígrafo persa da corte mogol Amanat Khan são tão detalhados e fantasiosos, que se tornam quase ilegíveis. A assinatura do calígrafo surge em vários painéis.<br /><br />A letras estão incrustadas com quartzo opaco sobre os painéis de mármore branco. Alguns dos trabalhos são extremamente detalhados e delicados, especialmente os que se encontram no mármore dos cenotáfios da tumba. Os painéis superiores estão escritos com caligrafia proporcionada para compensar a distorção visual ao observá-los desde baixo.<br /><br />Estudos recentes sugerem que foi também Amanat Khan quem seleccionou as passagens do Corão. Os textos referem em geral temas de justiças, de inferno para os incrédulos e de promessa de paraíso para os fiéis. Entre as principais passagens, incluem-se as seguintes suras: 91 (o sol) , 112 (pureza da fé) , 89 (descanso diário) , 93 (luz da manhã), 95 (as figueiras), 94 (a abertura), 36 (Ya Sin) , 81 (a escuridão), 84 (a ferida), 98 (a evidência), 67 (o domínio) , 48 (a vitória), 77 (os enviados) e 39 (os grupos).<br /><br /> <br />Decoração geométrica: «espinha de peixe».[editar] Decoração geométrica abstracta<br />As formas de arte abstractas são utilizadas especialmente no pedestal do mausoléu, nos minaretes, na mesquita, no jawab, e também em superfícies menores do templo. As cúpulas e abóbadas dos edifícios de pedra estão trabalhadas com traceria.[8] As cúpulas e abóbadas dos edifícios de pedra estão trabalhadas com traceria para criar elaboradas formas geométricas.<br /><br />Nas zonas de transição o espaço entre elementos vizinhos preenche-se com traceria, formando padrões em V. Nos edifícios de pedra vermelha usa-se uma traceria branca e sobre o mármore branco utiliza-se como elemento contrastante uma traceria escura ou mesmo negra.<br /><br />O chão está coberto por mosaicos de cores e formas distintas combinados em padrões geométricos diferentes.<br /><br />A técnica da incrustação sobre as placas de mármore apresenta tal perfeição que as juntas entre as pedras e gemas incrustadas apenas se distinguem com uma lente de aumento, uma lupa. Uma flor, de apenas sete centímetros quadrados, tem 60 incrustações ou marchetarias diferentes, que oferecem ao tecto uma superfície irregular.<br /><br />Motivos vegetais<br /> <br />Motivos vegetais: detalhe do painel junto a um arco.As paredes baixas do templo funerário mostram frisos de mármore com baixos-relevos de flores e vegetais que foram polidos para ressaltar o extremo requinte do trabalho. Os frisos e as arcadas foram decorados com incrustações de pedras semipreciosas formando desenhos muito estilizados de flores, frutos e outros vegetais. As pedras incrustadas são mármore amarelo, jade, quartzo polido e outras gemas menores.<br /><br />Interior<br />A sala central do Taj Mahal apresenta uma decoração que vai para além das técnicas tradicionais, e aparenta com formas mais elevadas da arte manual, como a ourivesaria e a joalharia. Aqui o material usado para as incrustações já não é mármore ou jade, mas sim gemas preciosas e semipreciosas. Cada elemento decorativo do exterior foi redefinido mediante jóias. A sala principal contém ainda os cenotáfios de Mumtaz e Shah Jahan, obras-primas de artesanato, sem precedentes na época.<br /><br />A forma da sala é octogonal e ainda que o desenho permita ingressar por qualquer dos lados, só a porta sul, em direcção aos jardins é usada habitualmente. As paredes interiores têm aproximadamente 25 metros de altura, sobre as quais se construiu uma falsa cúpula interior decorada com motivos solares. Oito arcos definem o espaço a nível do solo. Similar ao que se sucede no exterior, a cada meio arco sobrepõe-se um segundo a meia altura na parede. Os quatro arcos centrais superiores formam balcões com miradouros para o exterior. Cada janela deste balcões leva um intrincado trabalho de mármore, o o jali. Além da luz proveniente dos balcões, a iluminação complementa-se com a que ingressa através dos chattris em cada esquina da cúpula exterior.<br /><br />Cada uma das paredes da sala foi detalhadamente decorada com frisos em baixo-relevo, intrincadas incrustações de pedraria e refinados painéis de caligrafia, refletindo inclusivamente o nível minimalista do complexo. Com estes elementos, cria-se uma espécie de ligação ou fusão simétrica do espaço interior e exterior, numa linha decorativa que permite que contactem directamente os dois espaços do complexo funerário.<br /><br />A tradição muçulmana proíbe a decoração elaborada das campas, pelo que os corpos de Mumtaz e Shah Jahan descansam numa câmara relativamente simples debaixo da sala principal do Taj Mahal. Estão sepultados segundo um eixo norte-sul, com os rostos inclinados para a direita, em direcção a Meca.<br /><br /> <br />Os cenotáfios, as campas vazias.Todo o Taj Mahal se centra em redor dos cenotáfios que duplicam em forma exacta a posição das duas campas e são cópia idêntica das pedras do sepulcro inferior.<br /><br />O cenotáfio de Mumtaz ergue-se no centro exacto da sala principal, sobre uma base rectangular de mármore de aproximadamente 1,50 × 2,50 metros. Há uma pequena urna também de mármore. Tanto a base como a urna estão incrustadas com um requintado trabalho de gemas. As inscrições têm a função de identificar Mumtaz e protegê-la, em jeito de oração. Na tampa da urna sobressai um placa, que se assemelha a um quadro de escola.<br /><br />O cenotáfio de Shah Jahan está junto ao de Mumtaz, formando a única disposição assimétrica de todo o complexo. É maior que o da sua esposa, mas contém os mesmos elementos: uma grande urna com base alta, também decorada com maravilhosa precisão mediante incrustações e caligrafia identificadora. Sobre a tampa da urna existe uma escultura de uma pequena caixa de penas de escrever.[9]<br /><br /> <br />Placas do cenotáfio, em mármore talhado e com incrustações de pedras preciosas. Processo construtivo<br />A construção do Taj Mahal iniciou-se com a fundação do mausoléu. Escavou-se e formou-se com os escombros uma superfície de aproximadamente 12.000 m² para reduzir o risco de infiltrações do rio. Toda a área foi levantada a uma altura de quase 15 metros sobre o nível da ribeira. O Taj Mahal tem uma altura aproximada de 60 metros e a cúpula principal mede 20 metros de diâmetro e 25 de altura.<br /><br />Na zona do mausoléu cavaram-se poços até encontrar água e preencheram-se com pedra formando as bases da fundação. Deixou-se um poço aberto em torno do edifício para monitorizar as mudanças do nível da água subterrânea.<br /><br />Ao invés da utilização de andaimes de bambu, comuns na época, os trabalhadores construíram colossais andaimes de ladrilho por fora e por dentro das paredes do mausoléu. Estes andaimes eram tão grandes, que muitos estimam anos como o tempo que se demorou a desmantelá-los. De acordo com a lenda, Shah Jahan decretou que qualquer um poderia levar os ladrilhos e, em consequência, muitos foram levados, pela noite, pelos camponeses locais.<br /><br />Para transportar o mármore e outros materiais desde Agra até ao local da edificação, construiu-se uma rampa de terra de 15 km de comprimento. De acordo com os registos da época, para o transporte dos grandes blocos utilizaram-se carreiras especialmente construídas, tiradas por carros de vinte ou trinta bois.<br /><br />Para colocar os blocos em posição foi necessário um elaborado sistema de roldanas montadas sobre postes e vigas de madeira, e a força de juntas de bois e mulas.<br /><br />A sequência construtiva foi:<br /><br />A base ou pedestal; <br />O mausoléu com a sua cúpula; <br />Os quatro minaretes; <br />A mesquita e o jawab; <br />O forte de acesso; <br />O pedestal e o mausoléu consumiram doze anos de construção. As restantes partes do complexo tomaram mais dez anos. Como o conjunto foi construído por etapas, os historiadores da época informam diferentes datas de «término», a causa possivelmente de opiniões divergentes sobre a definição da palavra «término». Por exemplo, o mausoléu em si foi completado em 1643, mas o trabalho continuou no resto do complexo.<br /><br />Infraestrutura hidráulica<br />A água para o Taj Mahal provinha de uma complexa infraestrutura que incluia séries de purs, movidos por animais, que levavam a água a grandes cisternas, onde, mediante mecanismos similares, se elevava a um grande tanque de distribuição erguido sobre a planta baixa do mausoléu.<br /><br />Do tanque principal de distribuição, a água passava por três tanques subsidiários, desde os quais se conduzia a todo o complexo. A uma profundidade de 1,50 metros, corre a conduta de barro que completa o sistema de rega dos jardins. Outros canos em cobre alimentam as fontes no canal norte-sul, e escavaram canas secundários para regar o resto do jardim. As fontes não se conectaram de forma directa com os tubos de alimentação, mas sim a um tanque intermediário de cobre debaixo de cada saída, com o fim de igualar a pressão em todas.<br /><br />Os purs não se conservaram, mas sim o resto das instalações.<br /><br />Artesãos e construtores<br /> <br />Interior da cúpula, mostrando o trabalho geométrico em pedra.O Taj Mahal não foi projectado por uma só pessoa, mas exigiu talento de várias origens. Os nomes dos construtores das diversas especialidades que participaram na obra chegaram aos nossos dias através de diversas fontes.<br /><br />Dos discípulos do grande arquiteto otomano Koca Mimar Sinan Agha, Ustad Isa e Isa Muhammad Effendi, tiveram um papel-chave no desenho do complexo.[10] Alguns textos em idioma persa mencionam Puru de Benarus como arquitecto supervisor.[11]<br /><br />A cúpula principal foi desenhada por Ismail Khan do Império Otomano,[12] considerado o primeiro arquiteto e construtor de cúpulas daquela época. Qazim Khan, um nativo de Lahore, moldou o finial de ouro maciço que coroa a cúpula principal. Chiranjilal, um artesão de Deli, foi o escultor chefe e responsável pelos mosaicos. Amanat Khan de Shiraz, Pérsia), foi o responsável da caligrafia[13] Muhammad Hanif foi o capataz de maçonaria (arte de trabalhar a pedra). Mir Abdul Karim e Mukkarimat Khan de Shiraz, Pérsia, supervisionaram as finanças e a gestão da produção diária.<br /><br />O grupo de artistas incluindo escultores de Bucara, calígrafos da Síria e Pérsia, mestres em incrustação do sul da Índia, cortadores de pedra de Baluchistão, um especialista em construir torres, outro que gravava flores sobre os mármores, completando um total de 37 artesãos principais. Esta equipe directriz esteve acompanhada por uma força laboral superior a 20.000 trabalhadores recrutados em todo o norte da Índia.<br /><br />Os cronistas europeus, especialmente durante o primeiro período do Raj britânico, sugeriram que alguns dos trabalhos do Taj Mahal tinham sido obra de artesãos europeus. A maioria destas suposições eram puramente especulativas, mas uma referência de 1640, segundo a carta de um frade espanhol que visitou Agra, menciona que Geronimo Veroneo, um aventureiro italiano na corte de Shah Jahan, foi o responsável principal do desenho. Não há prova científica demonstrável para provar esta afirmação, nem se citou nenhum Veroneo nos documentos relativos à obra que ainda se conservam. E.B. Havell, o principal investigador britânico de arte indiana no último Raj descartou esta teoria por não se encontrar evidência alguma e por resultar inconsistente com os métodos empregados pelos desenhistas.<br /><br />Materiais<br />O principal material empregado para a construção é o mármore branco trazido em carros puxados por bois, búfalos, elefantes e camelos desde as pedreiras de Makrana, no Rajastão, situadas a mais de 300 km de distância.<br /><br />O segundo material mais utilizado é a pedra arenisca rochosa, empregada na construção da maioria dos palácios e fortes muçulmanos anteriores à era de Shah Jahan. Este material foi utilizado em combinação com o mármore negro, nas muralhas, no acesso principal, na mesquita e no jawab.<br /><br />O Taj Mahal inclui, aliás, outros materiais trazidos de toda a Ásia. Mais 1.000 elefantes transportaram materiais de construção dos confins do continente. O jaspe foi importado do Punjab, e o cristal e o jade, da China.<br /><br />Do Tibete trouxeram-se turquesas e do Afeganistão o lápis-lazúli, enquanto as safiras provinham de Ceilão e os quartzos da Península arábica. No total utilizaram-se 28 tipos de gemas e pedras semipreciosas para fazer as incrustações no mármore.<br /><br />Custo<br /> <br />O então presidente da Rússia Vladimir Putin com sua esposa em visita ao Taj Mahal em 2000.O custo total da construção do Taj Mahal estima-se em 50 milhões de rupias. Naquele tempo, um grama de ouro valia aproximadamente 1,40 rupias, de modo que segundo a valorização actual, a soma poderia significar mais de quinhentos milhões de dólares estadounidenses. Deve ter-se em conta, não obstante, que qualquer comparação baseada no valor do ouro entre distintas épocas resulta à partida muito inexata.<br /><br />Lendas e hipóteses<br />Origem do nome<br /> <br />Taj Mahal significa "Coroa de Mahal".A palavra "Taj" provem do persa, linguagem da corte mogol, e significa "Coroa", enquanto que "Mahal" é uma variante curta de Mumtaz Mahal, o nome formal na corte de Arjumand Banu Begum, cujo significado é "Primeira dama do palácio". Taj Mahal, então, refere-se à "coroa de Mahal", a amada esposa de Shah Jahan. Já em 1663 o viajante francês François Bernier mencionou o edifício como "Tage Mehale".<br /><br />O Taj Negro<br />Uma velha tradição popular afirma que se previu construir um mausoléu idêntico na margem oposta do rio Yamuna, substituindo o mármore branco por negro. A lenda sugere que Shah Jahan foi destronado por seu filho Aurangzeb antes de a versão negra ser edificada, e que os restos de mármore negro que podem encontrar ao cruzar o rio são as bases inacabadas do segundo mausoléu.<br /><br />Estudos recentes desmentem parcialmente esta hipótese e projetam novas luzes sobre o desenho do Taj Mahal. Todos os restantes grandes túmulos mogóis situavam-se em jardins formando uma cruz, com o mausoléu no centro. O Taj Mahal, pelo contrário, está disposto em forma de um grande "T" com o mausoléu num extremo. O rasto das ruínas na margem oposta do rio estende o desenho até formar um esquema de cruz, em que o próprio rio se converteria em canal central de um grande chahar bagh. A cor negra parece ser produto da ação do tempo sobre os mármores brancos originalmente abandonados no local. Os arqueólogos chamaram a este segundo e nunca construído Taj como "Mahtab Bagh", ou seja, "Jardim de Luz da Lua".<br /><br />O programa do History Channel sobre o Taj Mahal especula que o Taj Negro seria a imagem do Taj Mahal refletido em um espelho d'água.[14]<br /><br />O túmulo assimétrico de Shah Jahan<br /> <br />De notar que o cenotáfio de Shah Jahan está deslocado do centro, como foi colocado na sua morte.Aurangzeb situou o túmulo e o cenotáfio de Shah Jahan no Taj Mahal em vez de lhe construir um mausoléu próprio como era característico para os imperadores. Esta ruptura da simetria é atribuída por uma lenda complementar do Taj Negro à malícia ou à indiferença de Aurangzeb. Os avós deste último tinham sido já sepultados num mausoléu com configuração assimétrica semelhante.<br /><br />O filho de Shah Jahan era um homem piedoso, e o Islão evita todo o tipo de ostentação, especialmente no aspecto funerário. Assim, em lugar de utilizar um ataúde, era normal usar simplesmente um sudário para sepultar os mortos.<br /><br />Os livros islâmicos descrevem a sepultura em ataúdes como "um gasto inútil, que poderia ser melhor utilizado para alimentar o faminto ou ajudar o necessitado". Segundo a visão de Aurangzeb, construir um mausoléu novo para Shah Jahan teria sido um desperdício. Por isso sepultou o seu pai junto a Mumtaz Mahal sem mais complicações.<br /><br />Mutilação dos trabalhadores<br />Um sem-fim de histórias descrevem, muitas vezes com detalhes horripilantes, a morte, desmembramento e mutilação que Shah Jahan teria infligido a vários artesãos relacionados com a construção do mausoléu. Talvez a história mais repetida é a de que como o imperador teve à sua disposição os melhores arquitetos e decoradores, depois de completar o seu trabalho fazia-os cegar e cortar as mãos para que não pudessem voltar a construir um monumento que igualasse a superioridade do Taj Mahal. Nenhuma referência respeitável permite assegurar estas hipóteses, na qual alguns crêem, por outro lado, que fosse uma prática bastante comum em relação a alguns grandes monumentos da Antiguidade.<br /><br />Elementos desaparecidos<br />Abundam as lendas em relação a muitos elementos roubados pertencentes ao Taj Mahal. Alguns foram deteriorados pelo tempo, mas muitos dos supostos elementos em falta são apenas lendas.<br /><br />Entre as falsas perdas mais difundidas, destacam-se:<br /><br />As folhas de ouro, que supostamente cobriam toda a parte da cúpula principal. <br />A Varanda dourada, que teria rodeado os cenotáfios, possivelmente por confusão com os limites provisórios colocados e logo substituídos ao terminar as cantarias de mármore. <br />Os diamantes, supostamente incrustados nos cenotáfios. <br />O tecido de pérolas, que segundo alguns cobria o cenotáfio de Mumtaz. <br />Outros elementos perderam-se ao longo do tempo, entre eles:<br /><br />Os portões de prata do forte de acesso. <br />As folhas douradas que cobriam as juntas metálicas das cantarias de mármore em torno dos cenotáfios. <br />Numerosas tapeçarias que cobriam os interiores do mausoléu. <br />As lâmpadas esmaltadas do interior. <br /><br />Plano britânico para demolir o Taj Mahal<br />Uma historia freqüentemente repetida narra que Lord William Bentinck (governador da Índia na década de 1830) pensou em demolir o Taj Mahal e vender o mármore. Em algumas versões do mito, a demolição esteve iminente, mas não começou porque Bentinck foi incapaz de criar uma projeto viável do ponto de vista financeiro. Não há provas da época sobre tal plano, que pode ter sido difundido no final do século XIX quando Bentinck era criticado por seu insistente utilitarismo e Lord Curzon enfatizava a negligência em que haviam incurrido os anteriores responsáveis do monumento, apresentando-se a si mesmo como um salvador do património indiano.<br /><br />De acordo com John Rosselli, biógrafo de Bentinck, a história foi criada a partir de outros acontecimentos, de tipo diferente: a venda de mármore proveniente do forte de Agra e a de um famoso embora obsoleto canhão, em ambos casos com fins de beneficência.[15]<br /><br />O templo de Shiva<br /> <br />Taj Mahal ao amanhecer.O presidente do instituto revisionista indiano, P.N. Oak, tem afirmado repetidamente que o Taj Mahal foi na realidade um templo hindu dedicado ao deus Shiva, usurpado e remodelado por Shah Jahan. Segundo ele, o nome original do templo era "Tejo Mahalaya", que logo passou a "Taj Mahal" mediante corrupção fonética.<br /><br />Oak assegura também que os túmulos de Humayun, Akbar e Itimiad-u-Dallah, tal como a cidade do Vaticano em Roma,[16] a Kaaba em Meca, Stonehenge, e "todos os edifícios históricos" na Índia, foram templos ou palácios hindus.<br /><br />O Taj é apenas uma mostra típica de como todos os edifícios históricos de origem hindu desde Caxemira ao Cabo Comorim, têm sido atribuídos a este ou aquele governo muçulmano.[17]<br /><br />Em seguida assegurou que o Taj "não era" um templo de Shiva, mas que poderia ter sido o palácio de um rei do Rajput. De qualquer modo mantinha a sua acusação de que o monumento era de origem indiana, roubado por Shah Jahan e adaptado como túmulo. Oak assegurava que Mumtaz não estava sepultada ali. Disse também que os numerosos testemunhos da época relativos à construção do Taj Mahal, incluindo os volumosos registos financeiros de Shah Jahan e das suas directivas sobre a obra eram fraudes elaboradas para ocultar a origem hindu.<br /><br />Estas provocantes acusações fizeram que Oak fosse conhecido pelo público através dos media. Chegaram a iniciar-se demandas judiciais para conseguir a abertura dos cenotáfios e a demolição por parte da alvenaria do primeiro piso, já que nesses "falsos túmulos" e em "salas seladas" se ocultariam vários elementos correspondentes ao Shivalingam ou outro monumento.<br /><br />As acusações de Oak não são aceites pelos especialistas, mas estes mitos têm sido igualmente utilizados por vários activistas do nacionalismo hindu.<br /><br />Em 2000 a Supremo Tribunal de Justiça indeferiu as petições de Oak relativas à declaração de origem hindu do Taj Mahal, e condenou-o a pagar os custos judiciais.[18] De acordo com Oak, a rejeição pelo governo indiano da sua petição é parte de uma conspiração contra o hinduísmo.<br /><br />Cinco anos depois, o tribunal de Allahabad rejeitou uma petição similar, neste caso interposta por Amar Nath Misrah, um pregador que assegura que o Taj Mahal foi construído pelo rei hindu Parmar Dev em 1196.[19]<br /><br />Visões do Taj Mahal<br /> <br />Vista do Taj Mahal a partir do forte de Agra.Ao longo dos séculos o Taj Mahal inspirou a prosa de viajantes, escritores, e outras personalidades de todo o mundo, colocando em relevo a grande carga emocional que representa o monumento:<br /><br /> Apesar dos seus adornos severos, puramente geométricos, o Taj Mahal flutua. Na cúpula, a imensa cúpula, há algo levemente excessivo, algo que todo o mundo sente, algo doloroso. Documenta a mesma irrealidade. Porque a cor branca não é real, não pesa, não é sólida. Falso abaixo do Sol, falso na claridade da Lua, espécie de pez prateado construído pelo homem com uma ternura nervosa. <br /><br />— Henri Michaux <br /> O Taj Mahal parece a encarnação de todas as coisas puras, de todas as coisas sagradas e de todas as coisas infelizes. Este é o mistério de edifício. <br /><br />— Rudyard Kipling <br /> Uma lágrima no limiar dos tempos. <br /><br />— Rabindranath Tagore <br /><br />Presente e futuro<br /> Seções de curiosidades são desencorajadas sob as políticas da Wikipédia.<br />Este artigo pode ser melhorado integrando-se itens relevantes e removendo-se os inapropriados. <br /><br />Desde 1985 têm-se vindo a notar instabilidades na estrutura do mausoléu, incluíndo a inclinação progressiva dos altos minaretes. As principais causas parecem ser a progressiva seca do leito do rio Yamuna, modificando o teor de humidade do solo, e sua capacidade portadora.[20] <br />O edifício denuncia uma grande fragilidade às emanações industriais muito poluentes para a atmosfera.[21] Ordens judiciais determinaram o fim da circulação de veículos motorizados em redor do complexo. <br />As autoridades de Agra permitem novamente a visita em noites de luar, passeio tradicional pelo monumento, que foram proibidas desde 1984 por receio de atentados da rebelião Sikh daquela época.[22] O mármore branco apresenta características de fluorescência sob a luz da Lua. <br />O Taj Mahal foi nomeado em 7 de julho de 2007 como parte das Novas sete maravilhas do mundo. Incontáveis turistas têm visitado o lugar - mais de três milhões em 2004.[23] <br />Tendo em conta que o complexo inclui uma mesquita, o acesso à sexta-feira permite-se somente a fiéis muçulmanosGUSTAVO RUZZANTEhttp://www.blogger.com/profile/17602676211398864263noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7420053838803591248.post-27174900212295568222010-03-13T01:58:00.000-08:002010-03-13T02:03:32.734-08:00MUSEU DO LOUVRE<a href="http://4.bp.blogspot.com/_br4ZxiYtmUM/S5ti5i7cpCI/AAAAAAAAAtY/S6r1FyhnRcA/s1600-h/800px-Louvre_2007_02_24_c.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 158px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_br4ZxiYtmUM/S5ti5i7cpCI/AAAAAAAAAtY/S6r1FyhnRcA/s400/800px-Louvre_2007_02_24_c.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5448056915002958882" /></a><br /><br /><br /><br />O Museu do Louvre (Musée du Louvre), instalado no Palácio do Louvre, em Paris, é um dos maiores e mais famosos museus do mundo. Localiza-se no centro de Paris, entre o rio Sena e a Rue de Rivoli. O seu pátio central, ocupado agora pela pirâmide de vidro, encontra-se na linha central dos Champs-Élysées, e dá forma assim ao núcleo onde começa o Axe historique (Eixo histórico).<br /><br />É onde se encontra a Mona Lisa, a Vitória de Samotrácia, a Vénus de Milo, enormes coleções de artefatos do Egito antigo, da civilização greco-romana, artes decorativas e aplicadas, e numerosas obras-primas dos grandes artistas da Europa como Ticiano, Rembrandt, Michelangelo, Goya e Rubens, numa das maiores mostras do mundo da arte e cultura humanas. O museu abrange, portanto, oito mil anos da cultura e da civilização tanto do Oriente quanto do Ocidente.<br /><br />O Louvre é gerido pelo estado francês através da Réunion des Musées Nationaux. Foi o museu mais visitado do mundo em 2007, com 8,3 milhões de visitantes.<br /><br /><br /> <br /><br />O edifício<br /><br />O primeiro real "Castelo do Louvre" neste local foi fundado por Filipe II em 1190, como uma fortaleza para defender Paris a oeste contra os ataques dos Vikings. No século seguinte, Carlos V transformou-o num palácio, mas Francisco I e Henrique II rasgaram-no para baixo para construir um palácio real; as fundações da torre original da fortaleza estão sob a Salle des Cariatides (Sala das Cariátides) agora. Mais tarde, reis como Luís XIII e Luís XIV também dariam contribuições notáveis para a feição do atual Palácio do Louvre, com a ampliação do Cour Carré e a criação da colunata de Perrault.<br /><br />As transformações nunca cessaram na sua história, e a antiga fortaleza militar medieval acabaria por se tornar um colossal complexo de prédios, hoje devotados inteiramente à cultura. Dentre as mais recentes e significativas mudanças, desde o lançamento do projeto "Grand Louvre" pelo presidente François Mitterrand, estão a transferência para outros locais de órgãos do governo que ainda funcionavam na ala norte, abrindo grandes espaços novos para exposição, e a construção da controversa pirâmide de vidro desenhada pelo arquiteto chinês I. M. Pei no centro do pátio do palácio, por onde se faz agora o acesso principal. O museu reorganizado reabriu em 1989.<br /><br /> <br /><br />História<br />O Palácio do Louvre foi a sede do governo monárquico francês desde a época dos Capetos medievais até o reinado de Luís XIV. A transformação do complexo de edifícios em museu iniciou em 1692, quando Luís XIV ordenou a criação de uma galeria de esculturas antigas na Sala das Cariátides. No mesmo ano, o palácio, então desabitado, tendo a corte se transferido para Versalhes, recebeu a Academia Francesa, e logo a Academia de Belas Letras e a Academia Real de Pintura e Escultura também ali se instalaram. No prédio também aconteceram, a partir de 1699, os tradicionais salões de arte promovidos pela Academia de Pintura e Escultura, que atraíam multidões. De início organizados na Grande Galeria, os salões de 1725 em diante passaram a acontecer do Salão Quadrado (Salon Carré), de onde derivou o nome destas exposições - Salão.<br /><br />Por outro lado, entre 1750 e 1785 espaços no Palácio de Luxemburgo foram reservados para exibição de obras-primas selecionadas das coleções reais, numa exposição que teve grande sucesso. Em vista disso, o Marquês de Marigny, Superintendente Geral dos Edifícios do Rei, e seu sucessor, o Conde de Angivillier, desenvolveram a idéia de tornar o Louvre um museu permanente. O projeto se transformou em lei em 6 de maio de 1791, quando a Assembléia Revolucionária decretou que o palácio deveria ser um repositório de todos os monumentos das ciências e das artes.<br /><br />Assim, foi o museu inaugurado como Museu Central das Artes em 10 de agosto de 1793, com um acervo formado principalmente por pinturas confiscadas à família real e aos aristocratas que haviam fugido da Revolução Francesa, exibidas na Grande Galeria e no Salão Quadrado. O público tinha acesso gratuito, mas apenas nos fins de semana, ficando os outros dias reservados para o trabalho dos artistas que desejavam ali estudar as obras dos grandes mestres, determinação que ficaria em vigor até 1855. Gradualmente a coleção foi expandida e ocupou muitas outras salas do complexo.<br /><br />No período imperial o museu adotou o nome de Museu Napoleão, sendo Dominique-Vivant Denon seu primeiro diretor. Napoleão ordenou reformas e embelezamentos no edifício, e suas conquistas sobre outros países renderam uma grande quantidade de novas peças para o Louvre, embora com a queda do imperador em 1815 as nações espoliadas reclamassem seus tesouros, despovoando as galerias do museu.<br /><br />Em 1824 foi criado o Museu da Escultura Moderna na Galeria d'Angoulême, com cinco salas para exibição de peças provenientes do Museu dos Monumentos Franceses e do Palácio de Versalhes. Em 1826 Champollion se tornou o diretor do novo Departamento de Antiguidades Egípcias. No ano seguinte foi criado o Museu Carlos X no primeiro pavimento da ala sul do Cour Carré, com uma coleção de antigüidades egípcias, bronzes antigos, vasos etruscos e artes decorativas medievais e renascentistas, ao mesmo tempo em que na ala norte se instalava o Museu da Marinha.<br /><br /> <br />A "Mona Lisa", de Leonardo da Vinci, óleo sobre tela, 1503-19, provavelmente concluída enquanto o artista estava na corte de Francisco I. É uma das obras mais conhecidas do acervo do museu <br />Alexandros de Antióquia: a Vênus de Milo, outra das peças-símbolo do LouvrePor um breve período, entre 1838 e 1848, uma importante coleção mais de 400 pinturas espanholas foi mostrada na Galeria Espanhola, criada por Luís Filipe, até ser vendida em Londres poucos anos depois. Não obstante, a presença desta coleção na França, que pouco conhecia da arte espanhola, foi uma influência decisiva sobre artistas como Corot e Manet.<br /><br />Com o desenvolvimento da arqueologia e novas escavações e aquisições no Oriente, uma quantidade de relíquias da antigüidade foi transportada para o museu, dando origem à fundação no Louvre do primeiro museu de Assiriologia da Europa, inaugurado em 1847. Este foi seguido em breve pela criação do Museu Mexicano, do Museu Etnográfico e do Museu da Argélia, atendendo ao gosto pelo exótico que se tornava uma voga na época, e ao crescente interesse dos estudiosos pelas artes tradicionais de outros povos, sendo instalados no Pavilhão de Beauvais. Também nesta época se acrescentaram três novas grandes galerias ricamente decoradas.<br /><br />Sob Napoleão III foi aberto o Museu dos Soberanos na Colunata de Perrault, dedicado a exibir as relíquias da monarquia francesa desde Childerico I até Napoleão, constituindo um acréscimo importantíssimo ao Departamento de Artes Decorativas. Também foi terminada a ala norte, ligando o Louvre e o Palácio das Tulherias, incluindo outras alas menores internas e pátios, conformando o Cour Napoleon, finalizado em 1857, com decoração acabada em 1861. Outro acréscimo importante foi a aquisição da coleção do Marquês de Campana, com mais de 11 mil peças de pintura, artes decorativas, esculturas e antigüidades, formando o Museu Napoleão III. Durante a Comuna de Paris o Palácio das Tulherias, um grande símbolo da monarquia, foi incendiado, e o fogo chegou a ameaçar o Louvre.<br /><br />Depois de longa hesitação entre a reconstrução do palácio perdido ou sua demolição, decidiu-se por esta, marcando o início do Louvre moderno. Foram reconstruídas as extremidades do antigo Palácio das Tulherias, hoje os Pavilhões de Flora e Marsan, e duplicou-se a ala norte. Escavações no Oriente trouxeram novas peças para o Departamento de Antigüidades do Oriente Próximo recentemente criado, sendo apresentadas ao público em 1888 em salas novas.<br /><br />O início do século XX viu nascer o Museu de Artes Decorativas, criado em função das Exposições Universais de Paris. Na seqüência, uma grande doação da Baronesa Delort de Gléon, e mais a reunião de outras peças similares anteriormente dispersas nas seções de artes decorativas, levou em 1922 à abertura de uma galeria exclusivamente para Arte Islâmica no Pavilhão do Relógio, e logo o diretor dos Museus Nacionais, Henri Verne, lançou um plano ambicioso de expandir os espaços disponíveis para arte no palácio, que até então abrigava também diversos escritórios da administração pública. Assim foram reorganizadas várias galerias para escultura antiga, escultura européia, pinturas, arte egípcia e do Oriente Próximo, e artes decorativas.<br /><br />Com a eclosão da II Guerra Mundial as coleções foram evacuadas, com exceção das peças mais pesadas, que permaneceram protegidas por sacos de areia. O acervo foi inicialmente depositado no Castelo de Chambord e a seguir foi disperso entre vários locais, permanecendo constantemente em mudança, por medidas de segurança. Mesmo esvaziado, o museu reabriu ao público em 1940 com uma coleção de cópias em gesso de estátuas célebres. Em 1943, com a coleção ampliada, o Museu da Marinha por transferido para o Palácio de Chaillot.<br /><br />Depois da guerra se iniciou um plano para reorganização geral de todas as coleções estatais de arte. A coleção de arte asiática do Louvre foi designada para o Museu Guimet, e foi incorporado o pavilhão do Jeu de Paume como Museu do Impressionismo. Com a saída do Ministério das Finanças do Pavilhão de Flora em 1961, tornou-se livre um grande espaço adicional, possibilitando a melhor acomodação de seções de pintura, desenhos e do Departamento de Escultura, instalando-se também laboratórios de restauro e oficinas. Os espaços liberados foram inaugurados oficialmente em 1968 com uma exposição de arte gótica da Europa.<br /><br /><br />A década de 70 foi marcada pela crescente necessidade de adequar os espaços de exposição aos novos conceitos museológicos e de se oferecer melhores instalações para os visitantes. Destarte, em 1981 o presidente François Mitterrand lançou o projeto do Grande Louvre, para devotar o palácio do Louvre em sua inteireza às artes. Como conseqüência, os escritórios do Ministério das Finanças que ainda permaneciam na Ala Richelieu foram deslocados para outros edifícios e finalmente o Louvre pôde dispor de todos os seus espaços. Foram iniciadas grandes renovações em todo o museu, cujo coroamento visível é a Grande Pirâmide que ora serve de entrada principal. A reestruturação do acervo, mais coleções do Museu Nacional de Arte Moderna, deram origem ao Museu d'Orsay.<br /><br />Enquanto isso, as reformas continuavam no complexo principal em torno do Cour Carré, com a reforma da Ala Richelieu, a inauguração da Ala Sackler para antigüidades do Oriente Próximo e a abertura de grandes espaços novos para as antigüidades egípcias. Em 1996 foi anunciada a criação de um museu para a arte étnica, inaugurado em 2000 no Pavillon des Sessions com cerca de 100 peças representativas de suas culturas, e continua em curso a reacomodação de todo o Departamento de Arte Islâmica.<br /><br />Grand Louvre e as Piramides<br />Ver artigo principal: Pirâmide do Louvre<br />O Palácio do Louvre é uma estrutura quase rectangular, composto pela praça do Cour Carrée e duas alas que envolvem o Cour Napoléon a norte e ao sul. No coração do complexo, está a Pirâmide do Louvre, acima do centro dos visitantes. O museu é dividido em três alas: a Ala Sully a leste, que contém a Cour Carrée e as partes mais antigas do Louvre, a Ala Richelieu ao norte, e da Ala Denon, que faz fronteira com o Rio Sena para o sul.[3]<br /><br />Em 1983, o presidente francês François Mitterrand propôs um plano o Grand Louvre a fim de renovar o prédio e transferir o Ministério da Fazenda, permitindo que exibisse todo o edifício. O Arquiteto I. M. Pei foi premiado com o projeto e propôs uma pirâmide de vidro para o pátio central.[4] A pirâmide e seu átrio subterrâneo, foi inaugurado em 15 de Outubro de 1988. A segunda fase do plano do Grand Louvre, La Pyramide Inversée (A Pirâmide invertida), foi concluída em 1993. A partir de 2002, o atendimento dobrou desde a sua conclusão.[5]<br /><br /> <br /><br />As coleções<br />O acervo do Museu do Louvre possui mais de 380 mil itens e mantém em exibição permanente mais de 35 mil obras de arte, distribuídas em oito departamentos. A seção de pintura é a segunda maior do mundo, logo atrás da do Museu Hermitage, com quase 12 mil peças, sendo que delas 6 mil estão em exposição permanente. [6]<br /><br />Antigüidades egípcias<br />Com mais de 50 mil objetos, que atestam o profundo interesse francês na área da egiptologia no século XIX, abrange os períodos desde o Antigo Egito até a arte copta, incluindo os períodos helenístico, romano e bizantino, e seu conjunto oferece uma ampla visão da cultura e sociedade egípcias em todos os seus aspectos. Este departamento foi criado em 1826 por decreto de Carlos X, impressionado pela atuação do egiptólogo Jean-François Champollion. O acervo cresceu com as remessas de achados arqueológicos das expedições francesas ao Egito.<br /><br />Instalado na Ala Denon e em salas do Cour Carré, a coleção inclui arte, papiros, múmias, amuletos, vestuário, joalheria, instrumentos musicais, jogos e armas. Dentre as peças mais interessantes estão o famoso Escriba sentado, uma faca de pedra e marfim de Gebel-el Arak com punho decorado com cenas de guerra e de caça, a Estela do Rei Serpente, a cabeça do rei Djedefre, a estátua de Amenemhatankh, o Portador de oferendas, o busto de Akhenaton, e a estátua da deusa Hator, além de sarcófagos ricamente pintados, frascos para cosméticos e objetos votivos.<br /><br />Antiguidades do Oriente Próximo<br />Este departamento se concentra na história e arte do Oriente Próximo desde as primeiras civilizações até antes da presença muçulmana na região, e seu desenvolvimento acompanhou o desenvolvimento da arqueologia oriental na França. As primeiras aquisições ocorreram por obra de Paul-Émile Botta, que em 1843 realizou uma expedição a Khorsabad, e seus achados deram origem ao Museu Assírio do Louvre. O conjunto foi ampliado com as peças encontradas por Claude Schaeffer em Ras-Shamra e por André Parrot em Mari, na Síria. A coleção é particularmente notável pelas peças da Suméria e da cidade de Akkad, como a Estela dos Abutres, as estátuas de Gudea e de Ebih-il, touros alados de Khorsabad, capitéis tauromorfos e painéis de azulejos esmaltados de Susa, e o Código de Hamurabi.<br /><br /><br /><br /><br />Arte grega, romana e etrusca<br />Sua coleção inclui peças de toda a região do Mediterrâneo desde o Neolítico até o Helenismo, passando pela civilização cicládica e a cultura cipriota. O conjunto começou a ser formado no tempo de Francisco I, e neste início se concentrava em esculturas. Mais tarde passou a receber vasos, cerâmicas, marfins, afrescos, mosaicos, vidros e bronzes de várias procedências. Pontos altos deste vasto departamento são a Dama de Auxerre, a Vitória de Samotrácia, a Vênus de Milo, os retratos de Agripa, Marcellus e Marco Aurélio, o Gladiador Borghese, o Apolo de Piombino, a Diana de Versalhes, o Hermes amarrando as sandálias, e o vaso Hércules e Anteu, de Eufrônio.<br /><br />Arte islâmica<br /> <br />É o departamento mais recente do museu, mas sua coleção de mais de 6 mil itens cobre 13 séculos de história da arte islâmica da Europa, Ásia e África, entre vidros, metais, madeiras, tapetes, cerâmicas e miniaturas. Das suas peças se destacam como principais a Píxide de al-Mughira, uma caixa de marfim da Andaluzia; o Batistério de Saint-Louis, uma bacia de metal do período Mamluk; fragmentos do Shahnameh, um poema épico de Ferdowsi escrito em persa, e o Vaso Barberini, um vaso de metal da Síria.<br /><br />Artes decorativas<br />Este departamento cobre desde a Idade Média até meados do século XIX, tendo sido criado como uma subseção do Departamento de Esculturas, e incorporando obras confiscadas na Revolução Francesa e outras oriundas da Basílica de Saint-Denis, o mausoléu da monarquia francesa. O departamento recebeu grandes acréscimos com a aquisição das coleções Durand, Revoil, Sauvageot e Campana.<br /><br />As peças são exibidas no primeiro pavimento da Ala Richelieu e na Galeria de Apolo. Dentre seus itens mais preciosos estão a coroa de Luís XV, o cetro de Carlos V, o bronze Nesso e Djanira de Giambologna, o Vaso Suger, a tapeçaria A caça de Maximiliano, a coleção de vasos de Sèvres da Madame de Pompadour e a decoração dos apartamentos de Napoleão III.<br /><br />Pintura<br />Sua grande coleção de pinturas enfatiza a arte francesa, que compõe cerca de dois terços do total, mas as seções de pintura do norte da Europa e da Itália são extremamente significativas. O conjunto começou a ser reunido por Francisco I, ainda no tempo em que o Louvre era uma fortaleza, com a aquisição de obras-primas de Rafael e Michelangelo, além de ter atraído Leonardo da Vinci para sua corte.<br /><br />A reorganização das coleções do museu na década de 80 dividiu o conjunto de pinturas, e as peças produzidas após 1848 foram transferidas para o Museu d'Orsay. O restante permanece exposto na Ala Richelieu, no Cour Carré e na Ala Denon.<br /><br />Da seção de pintura francesa são especialmente notáveis a Pietá de Avignon, de Enguerrand Quarton; o Retrato do Rei João, o Bom, de Jean Fouquet; o Retrato de Luís XIV de Hyacinthe Rigaud; a Coroação de Napoleão e O Juramento dos Horácios, de Jacques-Louis David, a Grande banhista de Ingres, e A Liberdade guiando o Povo, de Eugene Delacroix. Outros autores de nomeada presentes nesta seção são Nicolas Poussin, com grande número de peças em cinco salas exclusivas para sua produção, Georges de La Tour, Charles Le Brun, François Boucher, Antoine Watteau, Jean-Honoré Fragonard, Jean-Baptiste Chardin, Jean-Baptiste Greuze, Horace Vernet, Camille Corot, Jean-François Millet e Antoine-Jean Gros.<br /><br />Do norte da Europa há um grande conjunto, e são célebres O astrônomo e A rendeira, de Vermeer, a Nau dos Insensatos, de Hieronymus Bosch, a Virgem do Chanceler Rolin de Jan van Eyck, A Ceia de Emaús e o Auto-retrato de Rembrandt, o grande ciclo de pinturas sobre Maria de Médici, de Rubens, além de peças de Rogier van der Weyden, Frans Post, Hans Holbein, o Jovem, Albrecht Dürer, Hans Memling, Antoon van Dyck, Quentin Massys, Pieter Brueghel o velho, Gérard David, Petrus Christus, Lucas van Leyden, Frans Hals, Meindert Hobbema e Gerard ter Borch.<br /><br />Na pintura italiana se destacam o Calvário de Mantegna, As bodas de Caná de Paolo Veronese, a Mona Lisa e a Virgem das Rochas de Da Vinci, e a Morte da Virgem, de Caravaggio, e composições de Sandro Botticelli, Paolo Uccello, Domenico Ghirlandaio, Bernardino Luini, Fra Angelico, Giovanni Bellini, Lorenzo Lotto, Alesso Baldovinetti, Benozzo Gozzoli, Giotto, Cimabue, Pietro Perugino, Vittore Carpaccio, Ticiano, Jacopo Pontormo e Guido Reni. A pequena seção de pintura espanhola, embora menos importante, possui obras expressivas de El Greco, Velásquez, Ribera e Zurbarán.<br /><br /><br /><br />Gravuras e desenhos<br />A origem deste grande departamento, com mais de 100 mil peças, está nas coleções reais. Foi sendo aumentado com aquisições e doações, e foi primeiro aberto ao público em 1797. Hoje está organizado nas seguintes seções: o antigo Cabinet du Roi e seus acréscimos posteriores; as gravuras em metal, e a grande doação de Edmond de Rothschild, com mais de 40 mil obras, hoje exibidas no Pavilhão de Flora. Em virtude da sensibilidade do papel à luz, apenas uma pequena parte desta coleção se encontra em exposição, e as peças são constantemente substituídas, mas consultas podem ser efetuadas mediante agendamento. Alguns autores importantes com obras em desenho ou gravura são Antoine Louis Barye, Dürer, Leonardo da Vinci, Rembrandt, Jacques-Louis David, Jean-Baptiste Chardin, Claude Gellée, Fragonard, Ingres, Delacroix e Charles Le Brun.<br /><br />Esculturas<br />Concentrado nas peças de escultura criadas antes de 1850 que não se enquadram no departamento de antigüidades etruscas, gregas e romanas. Desde o início o Palácio do Louvre foi um depósito de obras escultóricas, mas a sistematização de suas peças só aconteceu depois de 1824. Seu acervo primitivo era na verdade reduzido a cerca de 100 peças, por causa da mudança da corte para Versalhes, e assim permaneceu até 1847, quando Léon Laborde assumiu o controle do departamento, ampliando a seção de arte medieval, mas nesta época as obras ainda faziam parte do Departamento de Antigüidades. Somente na administração de Louis Courajod, a partir de 1871, a representação de esculturas cresceu, especialmente em peças francesas. Com a criação do Museu d'Orsay parte do acervo recolhido até então foi transferida para lá, permanecendo no Louvre as criadas antes de 1850. Atualmente as peças francesas estão expostas na Ala Richelieu, e as estrageiras na Ala Denon.<br /><br />O conjunto de escultura da França oferece um painel amplo e farto desta modalidade de arte desde a Idade Média até meados do século XIX, com uma grande seção de retratos e bustos oficiais. A Idade Média é ricamente ilustrada com fragmentos de arquitetura e estatuária sacra, em grande parte anônima, e onde a Tumba de Philippe Pot, o par representando Carlos V e Joana de Bourbon, a Tumba de Philippe Chabot, a Fonte de Diana, e o magnífico conjunto de Madonnas góticas são pontos altos.<br /><br />Dos autores mais recentes e ilustres, cujos nomes se conhecem, se contam Jean Goujon, Simon Guillain, Jean-Louis Lemoyne, Germain Pilon, Antoine Coysevox, Guillaume Coustou, Nicolas Coustou, Étienne Maurice Falconet, Louis Petitot, Philippe-Laurent Roland, Pierre-Nicolas Beauvallet, Edmé Bouchardon, Jean Antoine Houdon, Augustin Pajou, Jean-Jacques Pradier, Jean-Baptiste Pigalle e François Rude. Dentre os estrangeiros são figuras principais Gregor Erhart, Antonio Canova, Giambologna, Adriaen de Vries, Francesco Laurana, Andrea e Giovanni della Robbia, Lorenzo Bartolini e Michelangelo.<br /><br /><br /><br />Expansão<br />Em 2004 o Louvre iniciou um programa de expansão extra-muros, a fim de aliviar o excesso de obras depositadas no complexo principal, abrindo então alguns museus-satélite. As cidades escolhidas foram Lens, para onde está prevista a instalação de cerca de 600 obras, e em 2007 foi selecionada Abu-Dabi, nos Emirados Árabes, que deve inaugurar a sua sucursal do Louvre em 2012 em troca de 1,3 bilhões de dólares americanos, recebendo de 200 a 300 obras de arte do Louvre e de outros museus franceses em caráter rotativo.GUSTAVO RUZZANTEhttp://www.blogger.com/profile/17602676211398864263noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7420053838803591248.post-2716072699845543552010-03-05T10:06:00.000-08:002010-03-05T10:12:30.145-08:00DUBAI<a href="http://3.bp.blogspot.com/_br4ZxiYtmUM/S5FJfRGaoqI/AAAAAAAAAtQ/E6Qhv17jkls/s1600-h/439px-Dubai_Montage.png"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 293px; height: 400px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_br4ZxiYtmUM/S5FJfRGaoqI/AAAAAAAAAtQ/E6Qhv17jkls/s400/439px-Dubai_Montage.png" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5445214225982726818" /></a><br /><br /><br />Dubai (em árabe: دبيّ, Dubayy) é um dos sete emirados e a cidade mais populosa dos Emirados Árabes Unidos (EAU) com aproximadamente 2.262.000 habitantes. Está localizado ao longo da costa sul do Golfo Pérsico na Península Arábica. O município muitas vezes é chamado de "Cidade de Dubai" para diferenciá-lo do emirado de mesmo nome. Dubai é conhecida mundialmente por ser extremamente moderna, "futurista" e com enormes arranha-céus e largas avenidas.<br /><br />Existem registros da existência da cidade pelo menos 150 anos antes da formação dos EAU. Dubai divide funções jurídicas, políticas, militares e econômicas com os outros emirados, embora cada emirado tenha jurisdição sobre algumas funções, tais como a aplicação da lei civil e fornecimento e manutenção de instalações locais. Dubai tem a maior população e é o segundo maior emirado por área, depois de Abu Dhabi.[2] Dubai e Abu Dhabi são os únicos emirados que possuem poder de veto sobre questões de importância nacional na legislatura do país. Dubai tem sido governado pela dinastia Al Maktoum desde 1833. O atual governante de Dubai, Mohammed bin Rashid Al Maktoum, é também o Primeiro-Ministro e Vice Presidente dos Emirados Árabes Unidos.<br /><br />A receita do emirado é proveniente do turismo, comércio, setor imobiliário e serviços financeiros.[3] As receitas de petróleo e gás natural contribuem com menos de 6% (2006)[4] do PIB de US$ 37 bilhões da economia de Dubai (2005).[5] O setor imobiliário e da construção, por outro lado, contribuiu com 22,6% da economia em 2005, antes do atual boom da construção em larga escala.[6] Dubai tem atraído atenção através dos seus projetos imobiliários [7] e acontecimentos esportivos. Esta maior atenção, coincidindo com o seu aparecimento como um concentrador de negócios mundial, pôs em destaque questões dos direitos humanos relativas à sua mão-de-obra em grande parte externa.[8]<br /><br />Etimologia<br />Em 1820, Dubai era conhecida como Al Wasl por historiadores britânicos. No entanto, poucos registros referentes à história cultural dos Emirados Árabes Unidos ou seus componentes existem devido à tradição oral da região em passar suas tradições através do folclore e de mitos. As origens linguísticas da palavra Dubai também estão em disputa, alguns acreditam que a palavra possa ter origem persa, enquanto alguns acreditam que o árabe é a raiz linguística da palavra. De acordo com Fedel Handhal, pesquisador da história e da cultura dos Emirados Árabes Unidos, a palavra Dubai pode ter vindo da palavra Daba (um derivado do Yadub), que significa rastejar, a palavra pode ser uma referência ao fluxo da enseada de Dubai para o interior.<br /><br />História<br />Forte Al Fahidi, construído em 1799, é o mais antigo edifício existente em Dubai - agora parte do Museu de Dubai.[9]Muito pouco se sabe sobre a cultura pré-islâmica no sudeste da Península Arábica, se sabe apenas que muitas das cidades antigas na área eram centros de comércio entre os mundos Oriental e Ocidental. Os restos de um antigo manguezal, datados em 7.000 anos, foram descobertas durante a construção de linhas de esgoto perto de Dubai Internet City. A área foi coberta com areia cerca de 5.000 anos atrás, como o litoral recuou para o interior, tornando-se uma parte da costa atual da cidade.[10] Antes do Islã, o povo desta região adoravam Bajir (ou Bajar).[11] Os impérios Bizantino e Sassânida constituídas as grandes potências da época, com o Sassânidos controlando grande parte da região. Após a expansão do islamismo na região, o Califa Omíada, do mundo oriental islâmico, invadiu o sudeste da Arábia e expulsou os Sassânidos. As escavações realizadas pelo Museu de Dubai, na região de Al-Jumayra (Jumeirah) indicam a existência de diversos artefatos a partir do período omíada.[12] A mais antiga menção de Dubai é de 1095, no "Livro de Geografia" pelo geógrafo árabe-Al-Andalus Abu Abdullah al-Bakri. O mercador veneziano de pérolas Gaspero Balbi visitou a área em 1580 e mencionou Dubai (Dibei) para a sua indústria de pérolas.[12] Registros documentais da cidade de Dubai só existem depois de 1799.[12] Documented records of the town of Dubai exist only after 1799.[13]<br /><br /> <br />Torres de vento em Dubai.No início do século XIX, o clã Al Abu Falasa (Casa da Al-Falasi) do clã Bani Yas estabeleceram-se em Dubai, que ficou a cargo de Abu Dhabi até 1833.[14] Em 8 de Janeiro de 1820, o xeque de Dubai e outros xeques na região assinaram o "Tratado de Paz Geral Marítima", com o governo britânico.[10] No entanto, em 1833, a dinastia Al Maktoum (também descendentes da Casa de Al-Falasi) da tribo Bani Yas deixou tirou o controle de Abu Dhabi e assumiu Dubai do clã Abu Fasala sem resistência.[14] Dubai ficou sob a protecção do Reino Unido, o "Acordo Exclusivo" de 1892, com o último acordo para proteger Dubai contra qualquer ataque vindo do Império Otomano.[14] Duas catástrofes atingiram a cidade durante os anos 1800. Primeiro, em 1841, uma epidemia de varíola irromperam na localidade de Bur Dubai, obrigando a população a deslocar para leste de Deira. Então, em 1894, um grande incêndio em Deira queimou a maioria das casas.[15] No entanto, a localização geográfica da cidade continuou a atrair comerciantes e mercadores de toda a região. O emirado de Dubai, estava ansioso para atrair os comerciantes estrangeiros e reduziu o comércio entre parênteses fiscais, o que atraiu comerciantes de Sharjah e Lengeh Bandar, que eram os principais centros comerciais da região na época.[15][16]<br /><br />A proximidade geográfica de Dubai com a Índia tornou a cidade um local importante. A cidade de Dubai foi um importante porto de escala para os comerciantes estrangeiros, principalmente os vindos da Índia, muitos dos quais acabaram por se instalar na cidade. Dubai era conhecida por suas exportações de pérolas até os anos 1930. No entanto, a indústria de pérolas de Dubai foi irremediavelmente danificada pelos acontecimentos da Primeira Guerra Mundial e, posteriormente, pela Grande Depressão na década de 1920. Consequentemente, a cidade assistiu a uma migração em massa de pessoas para outras partes do Golfo Pérsico.[10] Desde a sua criação, Dubai eentrava constantemente em desacordo com Abu Dhabi. Em 1947, uma disputa de fronteira entre Dubai e Abu Dhabi, no setor norte de sua fronteira comum, gerou uma guerra entre os dois estados.[17] A arbitragem feita pelos ingleses e a criação de uma fronteira do leste ao sul da costa de Ras hasian resultou em uma cessação temporária das hostilidades.[18]<br /><br /> <br />Dubai, na década de 1960.No entanto, as disputas fronteiriças entre os emirados continuaram mesmo após a formação dos Emirados Árabes Unidos, foi somente em 1979 que um compromisso formal foi alcançado, o que terminou com as hostilidades e com as disputas fronteiriças entre os dois estados.[19] Eletricidade, serviços de telefone e um aeroporto foram criados em Dubai em 1950, quando os ingleses moveram seus escritórios administrativos locais de Sharjah para Dubai.[20] Em 1966, a cidade se juntou ao país recém-independente do Catar para criar uma nova unidade monetária, o Riyal qatarí, após a desvalorização da Rupia do Golfo Pérsico.[13] No mesmo ano, foi descoberto petróleo em Dubai, após o qual a cidade de concessões para companhias internacionais de petróleo. A descoberta do petróleo levou a um afluxo maciço de trabalhadores estrangeiros, sobretudo indianos e paquistaneses. Como resultado, a população da cidade entre 1968 e 1975 cresceu mais de 300%, segundo algumas estimativas.[21]<br /><br />Em 2 de dezembro de 1971 Dubai, juntamente com Abu Dhabi e outros cinco emirados, formaram os Emirados Árabes Unidos após o ex-protetorado-britânico saiu do Golfo Pérsico em 1971.[22] Em 1973, Dubai se juntou a outros emirados para adotar uma moeda única: os Dirham dos Emirados. Na década de 1970, Dubai continuou a crescer a partir de receitas geradas com o petróleo e com o comércio, nesse período a cidade viu um grande afluxo de imigrantes libaneses que fugiam da Guerra Civil Libanesa.[23] O porto de Jebel Ali (supostamente o maior porto do mundo construído pelo homem) foi estabelecido em 1979. Jafza (Zona Franca de Jebel Ali) foi construída em torno do porto em 1985 para proporcionar às empresas estrangeiras de importação irrestrita de trabalho e capital de exportação.[24]<br /><br />A Guerra do Golfo Pérsico, de 1990, teve um enorme impacto sobre a cidade. Economicamente, os bancos de Dubai experimentaram uma retirada maciça de fundos devido à incerteza das condições políticas na região. Durante o decorrer da década de 1990, no entanto, muitas comunidades de comércio exterior - primeiro do Kuwait, durante a Guerra do Golfo Pérsico e, posteriormente, do Bahrein, durante o levante xiita, mudaram seus negócios para Dubai.[16] Dubai foi uma base de reabastecimento para as forças aliadas na Zona Franca de Jebel Ali, durante a Guerra do Golfo Pérsico e, novamente, durante a Invasão do Iraque em 2003. Os grandes aumentos no preço do petróleo após a Guerra do Golfo Pérsico incentivou Dubai a continuar a centrar-se no livre comércio e no turismo.[25] O sucesso da Zona Franca de Jebel Ali permitiu que a cidade pudesse replicar seu modelo de desenvolvimento para novas zonas francas, incluindo Dubai Internet City, Dubai Media City e Dubai Maritime City. A construção do Burj Al Arab, o hotel autônomo mais alto do mundo, bem como a criação de novos empreendimentos residenciais, foram usados pelo mercado de Dubai, para fins turísticos. Desde 2002, a cidade tem visto um grande aumento do investimento imobiliário privado na recriação skyline de Dubai,[25] com projetos como o Palm Islands, The World, o Burj Dubai e o The Dynamic Tower. No entanto, o crescimento econômico robusto nos últimos anos tem sido acompanhado por aumento das taxas de inflação (de 11,2% em 2007, quando medido contra o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que é atribuído, em parte devido à quase duplicação do consumo comercial e residencial de renda, resultando em uma substancial aumento do custo de vida para os residentes da cidade.[26]<br /><br />Geografia<br /> <br />Mapa de Dubai.Dubai está situada na costa do Golfo Pérsico, nos Emirados Árabes Unidos e esta praticamente ao nível do mar (16 mmetros acima). O emirado de Dubai divide suas fronteiras com Abu Dhabi, no sul, Sharjah, no nordeste e com o Sultanato de Omã no sudeste. Hatta, um enclave menor do emirado, é cercado em três lados por Omã e pelos Emirados de Ajman (no oeste) e Ras Al Khaimah (no norte). As fronteiras do Golfo Pérsico a costa ocidental do emirado. Dubai está posicionada a 25° 26′ N 55° 30′ Ee ocupa uma área de 4.114 quilômetros quadrados.<br /><br />Dubai situa-se dentro do deserto da Arábia. No entanto, a topografia de Dubai é significativamente diferente da topografia encontrada na porção sul dos EAU, visto que grande parte da paisagem de Dubai é destacada por padrões de deserto de areia e cascalho, enquanto os desertos dominam grande parte da região sul do país.[27] A areia é composta principalmente de conchas e corais esmagados. A leste da cidade, o sal em crosta de planícies costeiras, conhecido como sabkha, dá lugar a ums linha de dunas. Mais ao leste, as dunas são maiores e vermelhas, graças ao óxido de ferro.[21] A areia do deserto dá lugar às Montanhas Ocidentais Hajar, que correm ao lado do Dubai na fronteira com Omã em Hatta. A cadeia Ocidental Hajar tem uma paisagem árida, irregular e quebrada, cujas montanhas chegam a cerca de 1.300 metros em alguns lugares.<br /><br /> <br />Imagem de satélite mostrando parte de Dubai em 5 de fevereiro de 2009.Dubai não tem nenhum rio ou oásis natural, no entanto, possui um estuário natural, a Enseada de Dubai, que foi dragada para torná-la suficientemente profunda para que navios de grande porte possam atravessá-la. Um vasto mar de dunas de areia cobre grande parte do sul de Dubai e, eventualmente, leva para o deserto, conhecido como Rub' al-Khali. Sísmicamente, Dubai está situada numa zona muito estável - a falha sísmica mais próxima, a Falha Zargos, está a 120 km dos EAU e é improvável que tenha qualquer impacto sísmico em Dubai. [35] Os especialistas também prevêem que a possibilidade de um tsunami na região também é mínima, porque as águas do Golfo Pérsico não são profundas o suficiente para desencadear um tsunami.<br /><br />O deserto de areia que rodeiam a cidade suporta gramíneas selvagens e, ocasionalmente, tamareiras. No deserto, jacintos crescem nas planícies sabkha, à leste da cidade, enquanto a acácias e árvores ghaf crescem nas planícies próximas das Montanhas Ocidentais Al Hajar. Várias árvores autóctones, como as tamareiras e neem, bem como as árvores importadas, como o eucalipto crescem em parques naturais de Dubai. Abetarda, hiena listradas, caracal, a raposa do deserto, falcão e Órix-da-Arábia são espécies comuns no deserto de Dubai. Dubai está no caminho de migração de aves entre a Europa, Ásia e África, e mais de 320 espécies de aves migratórias passam pelo emirado, na Primavera e no Outono. As águas de Dubai são o lar de mais de 300 espécies de peixes, incluindo a garoupa.<br /><br /> <br />Imagem de satélite da área metropolitana de Dubai-Sharjah-Ajman à noite.O Estuário de Dubai está localizado do nordeste ao sudoeste da cidade. A seção leste da cidade onde está localidade de Deira, é ladeada pelo Emirado de Sharjah no leste e pela cidade de Al Aweer no sul. O Aeroporto Internacional de Dubai está localizado no sul da cidade, enquanto a Palm Deira está localizada no norte de Dubai, no Golfo Pérsico. Grande parte do boom imobiliário de Dubai, está concentrada na região oeste do Estuário de Dubai, nas proximidades costeiras de Jumeirah. Porto Rashid, Jebel Ali, Burj Al Arab, a Palm Jumeirah e as zona francas, tais como Business Bay estão todos localizados nesta região da cidade. Cinco eixos principais - E 11 (Sheikh Zayed Road), E 311 (Emirates Road), E 44 (Dubai-Hatta Highway), E 77 (Dubai-Al Habab Road) e E 66 (Oud Metha Road) - executado através de Dubai, que ligam a cidade a outras cidades e emirados. Além disso, várias importantes rotas de troca da cidade, como a D 89 (Al Maktoum Road / Estrada do Aeroporto), D 85 (Baniyas Road), D 75 (Sheikh Rashid Road), D 73 (Al Dhiyafa Road), D 94 (Jumeirah Road ) e a D 92 (Al Khaleej / Al Wasl Road) ligam as várias localidades da cidade. As seções a leste e oeste da cidade são ligados pela pontes Al Maktoum, Garhoud Al, Business Bay Bridge Crossing, pela Ponte Flutuante de Dubai e pelo túnel Al Shindagha.<br /><br />Demografia<br /> <br />A cidade de Dubai realizou seu primeiro censo em 1968. Todos os números da população nesta tabela antes de 1968 são estimativas obtidas a partir de várias fontes. <br />De acordo com o censo realizado pelo Centro de Estatísticas de Dubai, a população do emirado era de 1.422.000 de habitantes em 2006, sendo 1.073.000 homens e 349.000 mulheres.[35]<br /><br />A região abrange 1.287,4 km². A densidade populacional é 408.18/km² mais de oito vezes maior do que todo o país. Dubai é a segunda cidade mais cara da região, e 20ª cidade mais cara do mundo.[36]<br /><br />Em 1998, 17% da população do emirado era composta por pessoas nascidas nos EAU. Aproximadamente 85% da população de expatriados (e 71% da população total do emirado) eram asiáticos, principalmente indianos (51%), paquistaneses (15%), bangladeshiano (10%) e outros (10%).[37] Um quarto da população no entanto tem vestígios em suas origens de ancestrais iranianos.[38] Além disso, 16% da população (ou 288.000 pessoas) vivem em habitações coletivas de trabalho e não foram identificados por etnia ou nacionalidade, apesar de terem sido considerados como asiáticos.[39] A idade mediana no emirado foi de cerca de 27 anos. A taxa de natalidade, em de 2005, foi de 13,6%, enquanto a taxa de mortalidade foi de cerca de 1%.[40]<br /><br />Embora o árabe seja a língua oficial de Dubai, o urdu, o persa, o hindi, o malaiala, o bengali, o tamil, o tagalo, o chinês e outros idiomas são também falados em Dubai. O inglês é a língua franca da cidade e é muito falada pelos moradores.<br /><br />O Artigo 7º da Constituição Provisória dos EAU declara o Islã como a religião oficial do país. O governo subsidia cerca de 95% das mesquitas e emprega todos os imames, aproximadamente 5% das mesquitas são totalmente privadas, e várias grandes mesquitas recebem grandes doações privadas.[41]<br /><br />Dubai tem também grandes grupos de cristãos, hindus, sikhs, budistas e outras comunidades religiosas que residem na cidade. Grupos não-muçulmanos podem possuir suas próprias casas de culto, onde eles podem praticar sua religião livremente, solicitando uma concessão de terras e permissão para construir um templo. Os grupos que não têm os seus próprios edifícios devem utilizar as instalações de outras organizações religiosas ou de culto em casas particulares.[42] Grupos não-muçulmanos estão autorizados a anunciar abertamente funções de grupo, no entanto, proselitismo ou distribuição de literatura religiosa é estritamente proibida, sob pena do procedimento penal, prisão e deportação para se engajar em conduta ofensiva ao Islã.[41]<br /><br />Política<br />Cidades irmãs<br />Dubai possui 31 cidades-irmãs:[43]<br /><br /> Monterrey, México <br /> Paris, França <br /> Gold Coast, Austrália <br /> Hong Kong, República Popular da China <br /> Guangzhou, República Popular da China <br /> Shanghai, República Popular da China <br /> Frankfurt, Alemanha <br /> Osaka, Japão <br /> Gandhinagar, Índia <br /> Kish, Irã <br /> Tehran, Irã <br /> Beirut, Líbano <br /> Barcelona, Espanha[44][45] <br /> Granada, Espanha[46] <br /> Trípoli, Líbia <br /> Vancouver, Canadá <br /> <br />Prefeitura de Dubai. Dundee, Reino Unido <br /> Moscou, Rússia <br /> Damasco, Síria <br /> Genebra, Suíça <br /> Istambul, Turquia <br /> Bagdá, Iraque <br /> Casablanca, Marrocos <br /> Nova Iorque, Estados Unidos <br /> Phoenix, Estados Unidos[47] <br /> Los Angeles, Estados Unidos[48] <br /> Detroit, Estados Unidos[49] <br /> Busan, Coreia do Sul[50] <br /> Cidade do Kuwait, Kuwait <br /> Hyderabad, Índia <br /> Brisbane, Austrália <br /> <br /><br />Economia<br />O Burj Khalifa, a maior estrutura feita pelo homem no mundo.O Produto Interno Bruto (PIB) de Dubai em 2005 foi US$ 37 bilhões.[5] Embora a economia de Dubai tenha sido construída através da indústria do petróleo,[51] as receitas de petróleo e gás natural representam atualmente menos de 6% das receitas do emirado.[4] Estima-se que Dubai produz 240.000 barris de petróleo por dia e quantidades substanciais de gás em campos. O emirado possui 2% das reservas de gás dos EAU. As reservas de petróleo de Dubai diminuíram significativamente e estima-se que se esgotarão em 20 anos.[52] Os setores Imobiliário e de Construção (22,6%),[6] Comércio (16%), entreposto (15%) e de serviços financeiros (11%) são os maiores contribuintes para a economia de Dubai.[53]<br /><br />Um levantamento da City Mayors classificou Dubai com a 44ª melhor cidade financeira do planeta,[54] enquanto outro relatório da City Mayors indicou que Dubai é a 33ª cidade mais rica do mundo, em termos de paridade do poder de compra (PPC).[55]<br /><br />Entre os principais destinos de re-exportação de Dubai incluem-se o Irã (US$ 790 milhões), Índia (US$ 204 milhões) e Arábia Saudita (E.U. 194 milhões dólares). As principais fontes de importação do emirado são Japão (US$ 1,5 bilhão), China (US$ 1,4 bilhão) e os Estados Unidos (US$ 1,4 bilhão).[3]<br /><br />Historicamente, Dubai e o seu irmão gêmeo, Deira (independente da cidade de Dubai na época), tornaram-se importantes portos de escala para os fabricantes ocidentais. A maioria dos novos bancos e centros financeiros da cidade estão localizados na área portuária. Dubai manteve a sua importância como uma rota de comércio nos anos 1970 e 1980. Dubai possui livre-cambismo em ouro e até a década de 1990, foi um importante centro de "comércio de contrabando ativo"[56] de lingotes de ouro a Índia, onde a importação de ouro era restrita.<br /><br /> <br />A Dubai Marina, um bairro residencial, a segunda maior marina artificial do planeta.O Porto Jebel Ali de Dubai, construído na década de 1970, é o maior porto artificial do mundo e estava em oitavo lugar a nível mundial no volume de tráfego de containers.[57] Dubai também está se desenvolvendo como como um centro para indústrias de serviços, como a TI e finanças, com a criação de zonas francas específicas em toda a cidade. A Dubai Internet City, combinada com a Dubai Media City, como parte de TECOM (Dubai Technology, Electronic Commerce and Media Free Zone Authority) é um enclave, como TI, cujos membros incluem empresas como a EMC Corporation, Oracle Corporation, Microsoft e IBM, e as organizações de mídia como o MBC, CNN, BBC, Reuters, Sky News e AP.<br /><br />A Bolsa de Valores de Dubai (Dubai Financial Market - DFM) foi criada em Março de 2000 como um mercado secundário para negociação de títulos e obrigações, tanto locais como estrangeiros. No quarto trimestre de 2006, o seu volume de negócios situou-se em cerca de 400 bilhões de ações, valor de US$ 95 bilhões no total. A DFM tinha uma capitalização bolsista de cerca de US$ 87 bilião.[40]<br /><br /> <br />Skyline de Dubai visto do Parque Zabeel.A decisão do Governo de sair de uma economia baseada no comércio, mas dependente do petróleo, para uma baseada nos serviços e orientada para o turismo fez do setor imobiliário mais valioso, resultando no apreço de propriedade no período 2004-2006. A avaliação de longo prazo do mercado de propriedades de Dubai, porém, mostrou depreciação; algumas propriedades perderam 64% do seu valor de 2001 a novembro de 2008.[58] A grande escala de projetos de desenvolvimento imobiliário levaram à construção de alguns dos mais altos arranha-céus e inovadores projetos do mundo, como o Emirates Towers, o Burj Dubai, o Palm Islands e o mais caro e segundo mais alto hotel, o Burj Al Arab.[59]<br /><br />O mercado imobiliário de Dubai tem experimentado uma grande recessão entre 2008/2009, como resultado do clima de abrandamento econômico.[60] O conselho do xeque Mohammed al Abbar, disse à imprensa internacional em dezembro de 2008, que tinha créditos de Emaar US$ 70 bilhões e o Estado de Dubai possuia US$ 10 bilhões adicionais, mantendo cerca de 350 bilhões em ativos imobiliários. Ao início de 2009, a situação piorou com a crise econômica mundial, tendo um pedágio pesado em valores imobiliários, construção e emprego.[61]<br /><br />Em fevereiro de 2009 a dívida externa de Dubai foi estimada em aproximadamente US$ 100 bilhões, deixando a cada 250.000 cidadãos do emirado dos EAU responsável por US$ 400.000 dólares em dívida externa.[62]<br /><br />Zonas francas e centros financeiros<br /> <br />Prédio da Sony Ericsson na Dubai Internet City.Zona Franca de Jebel Ali - Zona econômica que contém facilidades e incentivos fiscais de estoque e distribuição de mercadorias. <br />Dubai Maritime City <br />Dubai Internet City - Parque tecnológico construido para atrair empresas de alta tecnologia. <br />Dubai Media City - Zona projetado para sediar as principais empresas de mídia e comunicação do mundo. <br />Dubai Studio City - Zona semelhante ao Dubai Media City, sendo que nesse local são para empresas do cinema, a intenção é criar um parque cinematográfico aos moldes do de Hollywood. <br />Dubai Knowledge Village - Local projetado para a instalação de escolas, universidades e centros de treinamento para habitantes locais e estrangeiros. <br />Dubai Healthcare City - Parque projetado para hospedar hospitais, empresas farmacêuticas, e laboratórios de pesquisa na área de saúde. <br />Dubai International Financial Centre - Centro financeiro projetado para abrigar grandes bancos e empresas de valores. <br /><br />Infra-estrutura<br />Transportes<br /> <br />O Metrô de Dubai no dia de sua inauguração.O transporte em Dubai é controlado pela Autoridade de Estradas e Transportes. A rede de transporte pública enfrenta enormes congestionamentos e problemas de confiabilidade que um grande programa de investimento está tentando resolver, incluindo mais de mil AED70 bilhões em melhorias previstas para a conclusão, até 2020, quando a população da cidade está projetada para exceder 3,5 milhões de habitantes.[63]<br /><br />O Aeroporto Internacional de Dubai (IATA: DXB), o hub da companhia aérea Emirates Airlines, dos serviços da cidade de Dubai e outros emirados do país. O Aeroporto Internacional de Dubai serviu um total de mais de 37 milhões de passageiros e movimentou mais de 1,8 milhões de toneladas de carga em 2008.[64] Em 2008, o Aeroporto Internacional de Dubai foi o 20º aeroporto mais movimentado do mundo, com mais de 35 milhões de passageiros internacionais, e o 6º aeroporto internacional mais movimentado do mundo, em termos de tráfego internacional de passageiros. Além de ser um importante centro do tráfego de passageiros, o aeroporto é um dos mais movimentados de carga do mundo; a manipulação de 1,824 milhões de toneladas de carga em 2008, tornou o aeroporto o 11º mais movimentado do mundo, um aumento de 9,4% em relação a 2007. A Emirates Airlines é a companhia aérea nacional de Dubai, e opera internacionalmente para 101 destinos em 61 países em 6 continentes.<br /><br /> <br />Terminal 3 do Aeroporto Internacional de Dubai. O Terminal é de uso exclusivo da Emirates Airlines.O desenvolvimento do Aeroporto Internacional Al Maktoum, atualmente em construção, em Jebel Ali, foi anunciado em 2004. A primeira fase está prevista para ser concluída em 2010, e uma vez em funcionamento o novo aeroporto vai acolher companhias aéreas estrangeiras e de outros emirados com um terminal exclusivo para eles.[65]<br /><br />A Administração Pública Sistema de Transportes em Dubai é gerido pela Autoridade de Estradas e Transporte (AET). O sistema de barramento de serviços possui 140 rotas e transportou cerca de 109,5 milhões de pessoas em 2008. No final de 2010, vai haver 2.100 ônibus em serviço em toda a cidade.[66] A Autoridade de Estradas e Transporte anunciou a construção de 500 pontos de ônibus com ar condicionado (C/A) e tem plano para 1000 a mais em toda o emirado em uma movimentação para incentivar a utilização de ônibus públicos.<br /><br />O projeto de 3,89 bilhões dólares do Metrô de Dubai está em construção para o emirado. O sistema de metro entrou parcialmente em operação em Setembro de 2009 e deverá estar plenamente operacional em 2012. O metrô será constituído por quatro linhas: a Linha Verde do Al Rashidiya para o centro principal da cidade e a Linha Vermelha a partir do aeroporto de Jebel Ali. Ele também tem uma azul e uma linha roxa. O metro de Dubai (Linhas Verde e Azul) terá 70 km de trilhos e 43 estações, 37 acima do solo e 10 no subsolo.[67] O metrô de Dubai é a primeira rede de comboios urbanos da Península Arábica.[68] Todos os trens e estações possuem ar condicionado com portas na extremidade da plataforma para tornar isso possível.<br /><br /> <br />Abras é o modo tradicional de transporte entre Deira e Bur Dubai.O monotrilho em Palm Jumeirah foi inaugurado em 2009. É o primeiro monotrilho a ser construído na região. Dois carros elétricos são esperados para serem construído em Dubai em 2011. O primeiro é o Downtown Burj Dubai Tram System e o segundo é o Al Sufouh Tram. O Downtown Burj Dubai Tram System terá 4,6 km e foi planejado para atender a área ao redor do Burj Dubai, o segundo será executado ao longo de 14,5 quilômetros pela Sheikh Zayed Road em Dubai Marina para o Burj Al Arab e o Mall of the Emirates.<br /><br />Um dos métodos mais tradicionais de transporte entre Bur Dubai e Deira é através de abras, pequenos barcos que os passageiros usam para atravessar o Estuário de Dubai, entre as estações abra em Bastakiya e Baniyas Road.<br /><br />Existem dois principais portos comerciais em Dubai, o Porto Rashid e o Porto Jebel Ali. O Porto de Jebel Ali é o 7º porto mais movimentado do mundo. Jebel Ali é o maior porto do mundo feito pelo homem e o maior do Oriente Médio.<br /><br />O governo tem investido fortemente na infra-estrutura rodoviária de Dubai, embora este investimento não tenha acompanhado o aumento do número de veículos. Isso, juntamente com o fenômeno do tráfego induzido, tem levado a crescentes problemas de congestionamento.[69]<br /><br />Dubai tem também um extenso sistema de táxi, de longe o meio de transporte público mais utilizado no emirado. Há tanto empresas públicas e privadas de táxi. Existem cerca de 7.500 táxis que operando no emirado.<br /><br />Cultura<br />Arquitetura<br /> <br />Mapa destacando os principais projetos que serão construídos ou que já estão concluídos em Dubai. Entre eles estão as Palm Islands (Palm Jebel Ali, Palm Jumeirah, Palm Deira), The World, The Universe e Dubai Waterfront.Dubai é famosa por suas obras grandiosas e de forte apelo turístico. Dentre elas, podemos destacar as Palm Islands, o arquipélago The World, o hotel Burj Al Arab e o edifício Burj Dubai.<br /><br />Palm Islands<br />Palm Islands são três arquipélagos artificiais no formato de palmeiras. Um audacioso projeto construído pela Al Nakheel Properties, é um grande ponto atrativo da cidade e tem como objetivo aumentar o turismo no Dubai. Mesmo sendo artificial, foram usados apenas materias naturais (areia e pedras) para a construção do arquipélago, em vez de concreto e aço, mais aconselhados para o tipo de estrutura. Uma segunda ilha artificial com formato de palmeira está em construção, já em estágio avançado. É prevista a construção de uma terceira ilha artificial no formato de palmeira. Em cada braço desta palmeira, estão sendo construídos elegantes hotéis e grandes residências. Moradores podem ter o direito de atracar sua lancha na frente de algumas construções[carece de fontes?].<br /><br />The World<br />Vista da Madinat Jumeirah com o Burj Al Arab ao fundo, um dos principais simbolos de Dubai. <br />Panorama urbano de Dubai em 31 de dezembro de 2009.The World é um arquipélago artificial, ainda em construção, que forma o desenho do mapa-múndi. Estas ilhas estão sendo vendidas com valores entre 6,2 a 36,7 milhões de dólares. A maior parte das ilhas já foi comprada por investidores de todo o mundo. Por exemplo, o casal de atores Angelina Jolie e Brad Pitt já comprou a ilha que representa a Etiópia, e um hotel deve ficar com o conjunto formado por várias ilhas que formam o desenho da Europa[carece de fontes?].<br /><br />Burj Al Arab<br />O Burj Al Arab é um dos hotéis mais luxuosos de Dubai. Foi construído sobre uma ilha artificial, com 321 metros de altura, sendo a 2ª estrutura mais alta usada como hotel, após perder o título para a Rose Tower, edificada também em Dubai. O edifício imita a vela de um barco, e hoje é um dos principais cartões postais da cidade e do país.<br /><br />Burj Khalifa<br />O Burj Khalifa (em árabe: برج خليفة; "Torre de Khalifa") - anteriormente conhecido como Burj Dubai (em árabe: برج دبي; Torre de Dubai) - é o arranha-céu mais alto do mundo. Foi inaugurado no dia 4 de janeiro de 2010. Tem uma altura de 828 m , o que o torna na estrutura mais alta do mundo: ao atingir sua altura máxima, o Burj Khalifa superou não somente o maior arranha-céu do mundo, Taipei 101, mas também a estrutura não suspensa por cabos em terra firme mais alta do mundo, a Torre CN, e a estrutura mais alta do mundo, a Torre da KVLY-TV.[70]<br /><br />Demorou mais de cinco anos a construir. Custou US$ 1,5 bilhões, segundo seus construtores,[71] e pode ser visto a cerca de 100 km de distância.<br /><br />O Burj Khalifa foi desenhado por Skidmore, Owings, & Merrill, que também desenharam as Sears Tower em Chicago e a Freedom Tower em Nova Iorque, entre outros famosos edifícios. O interior será decorado por Giorgio Armani. Um Hotel Armani (o primeiro deste tipo) ocupa os primeiros 37 andares. Do 45º ao 108º andar há cerca de 700 apartamentos privados em 64 andares (que, segundo o responsável, foram vendidos em oito horas). As corporações e as suítes completam a maior parte dos andares restantes. Também tem o elevador mais rápido, a 18 m/s (65 km/h, 40 mph). Atualmente, o elevador mais rápido do mundo encontra-se no Taipei 101, Taipei, Taiwan, a 16,83 m/s (60,6 km/h, 37,5 mph).<br /><br />O Burj Khalifa deverá incluir 30 mil residências, nove hotéis, dezenove torres residenciais e doze hectares ao seu redor. A torre vai cobre uma área de 334000 m² de desenvolvimentoGUSTAVO RUZZANTEhttp://www.blogger.com/profile/17602676211398864263noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7420053838803591248.post-6826414491644585072010-02-26T19:37:00.000-08:002010-02-26T19:42:09.459-08:00DESERTO DO SAARA<a href="http://2.bp.blogspot.com/_br4ZxiYtmUM/S4iUgTSKMRI/AAAAAAAAAtI/hvUT7erXLg0/s1600-h/800px-Sahara_desert.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_br4ZxiYtmUM/S4iUgTSKMRI/AAAAAAAAAtI/hvUT7erXLg0/s400/800px-Sahara_desert.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5442763432330408210" /></a><br /><br /><br />O Deserto do Saara (em árabe: الصحراء الكبرى, aṣ-ṣaḥrā´ al-koubra; em português, Sara, Saara ou Sahara) é o maior deserto quente do mundo, e oficialmente é o segundo maior deserto da Terra, logo após da Antártica, pois esta última também é um deserto.[1] Localizado no Norte da África, tem uma área total de 9 065 000 km², sendo sua área equiparável à da Europa (10 400 000 km²) e à área dos Estados Unidos, e maior que a área de muitos países continentais tais como: Brasil, Austrália e Índia. O nome Saara é uma transliteração da palavra árabe صحراء, que por sua vez é a tradução da palavra tuaregue tenere (deserto). O deserto do Saara compreende parte dos seguintes países e territórios: Argélia, Burkina Faso, Chade, Egipto, Líbia, Marrocos, Saara Ocidental, Mauritânia, Mali, Níger, Senegal, Sudão, e Tunísia. Vivem cerca de 2,5 milhões de pessoas na área do Saara.[2]<br /><br />História<br /> <br />Deserto do Saara.Os seres humanos vivem na extremidade do deserto há quase 500 mil anos. Durante a última glaciação, o deserto do Saara foi mais úmido (como o Leste africano) do que é agora, e já possuiu densas florestas tropicais. Seu clima era tão diferente que recentes estudos revelaram que o Rio Nilo corria antigamente para o Oceano Atlântico em vez de desaguar no Mar Mediterrâneo. Uma mudança de poucos graus [3] no eixo de rotação terrestre causou, há cerca de 10 mil anos, uma grande transformação climática gerando o Saara. Essa alteração, segundo alguns cientistas, gerou as condições necessárias à formação da civilização egípcia quando obrigou pessoas que já haviam desenvolvido formas de vida sedentárias (agricultura e pastoreio) e tradições históricas (civilização) a se deslocarem para o leito atual do Rio Nilo. O deserto é rico em história, e diversos fósseis de dinossauros e outros animais bem como resquícios de diversas civilizações já foram encontrados ali. O Saara moderno geralmente é isento de vegetação, exceto no vale do Nilo, em poucos oásis, e em algumas montanhas nele dispersas.[2]<br /><br />Geografia<br /> <br />Pedras naturais na Líbia.O deserto do Saara, no qual se distinguem dois trechos, um dominado por dunas arenosas e denominado Erg, e outro bastante pedregoso denominado Hamadas, compreende parte dos seguintes países e territórios: Argélia, Burkina Faso, Chade, Egipto, Líbia, Marrocos, Saara Ocidental, Mauritânia, Mali, Níger, Senegal, Sudão, e Tunísia. Atualmente vivem cerca de 2,5 milhões de pessoas na área do Saara.<br /><br />A área do deserto também inclui parte das bacias do Rio Nilo e do Rio Senegal, as montanhas Aïr, Hoggar, Atlas e o Vulcão Tibesti, pequenos desertos como o Deserto da Líbia, Ténéré, Depressão do Qatar e Erg Chebbi, o lago Chade, e os oásis Bahariya, Ghardaïa e Timimoun.[2] As fronteiras do Saara são o Oceano Atlântico a oeste, a cordilheira do Atlas e o Mar Mediterrâneo a norte, o Mar Vermelho a leste e o vale do Rio Níger a sul. O Saara divide o continente africano em duas partes, a África do Norte e Sub-Saariana. A fronteira saariana ao sul é marcada por uma faixa semi-árida de savana chamada Sahel, e ao sul de Sahel encontra-se o Sudão.[2]<br /><br />De acordo com o critério da botânica Cap-Rey, a rigião que se denomina Saara é limitada: [4][5] ao norte, pela linha determinada pelas condições climáticas que permitem a maturidade da Phoenix dactylifera; ao sul e a sudeste pela Cornucala monacantha (a Chenopodiaceae); e a nordeste pela Cencrus biflorus (a Poaceae na região do Sahel).<br /><br />De acordo com o critétio do clima, o Saara é tem fronteiras onde ,[6] ao norte, não ocorrem precipitações maiores que 100 milímetros anuais de chuva, e ao sul por um limite de 150 milímetros de precipitação anual (que se mantem de um ano a outro).<br /><br />História do clima<br /> <br />Um oásis nas montanhas Hoggar.O clima da região que compreende hoje o Saara sofreu enormes variações, indo várias vezes do seco ao úmido durante os últimos cem mil anos.[7] . Durante a última Era do Gelo, o Saara era maior do que é hoje, estendendo para o sul além de seus limites atuais.[8] O fim da idade de gelo trouxe épocas melhores ao Saara no período compreendido entre aproximadamente 8000 a.C. a 6000 a.C., isto devido a área de baixa pressão que acompanhou o desmoronar do manto de gelo ao norte.[9]<br /><br />Quando a Era do Gelo se foi, a parte norte do Saara secou. Entretanto, não muito tempo depois, monções trouxeram chuva ao Saara, neutralizando a tendência de desertificação do Saara na parte sul.<br /><br />Sabe-se que ar sobre o planeta Terra move-se por convecção de forma a redestribuir a energia pelo planeta, e ascensões de ar, puxando no ar úmido do oceano, causam geralmente chuvas em determinadas regiões. Paradoxalmente, o Saara estava mais úmido quando recebeu mais insolação no verão. Por sua vez, todas as mudanças na insolação são causadas por mudanças na geofísica da Terra..[10]<br /><br />Ao redor de 2500 a.C., as monções recuaram para o sul onde está hoje,[11] que conduziram a desertificação do Saara. O deserto está atualmente árido na forma que o conhecemos hoje há aproximadamente 13.000 anos. Estas circunstâncias são responsáveis para o que foi chamado de Teoria da Bomba do Saara.<br /><br />O Saara é conhecido por ter um dos climas mais áridos do mundo. O vento que vem do nordeste, prevalece e pode por várias vezes fazer com que a areia dê forma a "furacões". As precipitações, muito raras mas não desconhecidas, acontecem ocasionalmente nas zonas de beira-mar ao norte e ao sul, e o deserto recebe aproximadamente 25 cm de chuva em um ano. As chuvas acontecem muito raramente, geralmente torrenciais após os longos períodos secos, que podem durar anos.<br /><br />Fauna<br /> <br />A sombra de um camelo viajando pelo Deserto do Saara na Tunísia.Dromedários e cabras são os animais predominantes no Saara. Por causa das suas habilidades de sobrevivência, da resistência e da velocidade, um dromedário é o animal favorito dos nômades. O Leiurus quinquestriatus é um tipo de escorpião do Saara que pode alcançar 10 cm. Ele possui o agitoxina e scyllatoxina, que são venenos tóxicos que levam a morte na maioria dos casos. O varano, cujo nome científico é varanidae, é um tipo de lagarto que se encontra facilmente. Cerastes é um tipo de cobra que tem em média 50 cm no comprimento que tem proeminências que lembram um par de chifres. Muito ativo à noite, encontra-se geralmente enterrada na areia com somente seus olhos visíveis. As mordidas destas cobras são dolorosas, mas raramente fatais. Há também o Feneco, um omnívoro. Há o Dassie, cujo primeiro fóssil encontrado remonta a 40 milhões de ano atrás. O avestruz é nativo da África, mas tornaram-se raros porque foram migrados para outros países. O adax é um grande antílope branco, e é hoje uma espécie ameaçada. Muito adaptado ao deserto, pode sobreviver por até um ano sem água. A chita do Saara vive no Niger, Mali e Chad.[12]GUSTAVO RUZZANTEhttp://www.blogger.com/profile/17602676211398864263noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7420053838803591248.post-8950261650854975662010-02-20T13:15:00.000-08:002010-02-20T13:22:47.324-08:00Bora Bora<a href="http://3.bp.blogspot.com/_br4ZxiYtmUM/S4BSnBXIhFI/AAAAAAAAAtA/-FHfkgW-84A/s1600-h/800px-Borabridge.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 266px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_br4ZxiYtmUM/S4BSnBXIhFI/AAAAAAAAAtA/-FHfkgW-84A/s400/800px-Borabridge.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5440439180197397586" /></a><br /><br /><br /><br /><br />Bora Bora é uma ilha do grupo das Ilhas de Sotavento do arquipélago de Sociedade na Polinésia Francesa, um território ultra-marino francês localizado no Oceano Pacífico. A ilha, situada a cerca de 230 quilómetros a noroeste de Papeete (Taiti), encontra-se rodeada por uma laguna delimitada por um recife de coral de onde sobressaem algumas pequenas ilhotas, os motus. No interior deste arco erguem-se dois picos, o Monte Pahia e o Monte Otemanu, este último com 727 m de altitude (o ponto mais alto da ilha), reminiscências de um vulcão entretanto extinto. O nome original da ilha em língua taitiana, Pora Pora, pode ser traduzido como Nascida em primeiro.<br /><br />Administrativamente a ilha faz parte da comuna (municipalidade) de Bora-Bora, pertencendo esta à divisão administrativa das Ilhas de Sotavento. Em Agosto de 2007 a sua população rondava as 8.880 pessoas. A povoação principal, Vaitapé, situa-se na parte ocidental da ilha, em oposição ao principal canal de entrada na laguna. Os produtos insulares estão limitados ao que pode ser obtido do oceano e aos coqueiros, historicamente de grande importância económica devido à copra.<br /><br /><br />História<br /> <br />Abel Aubert du Petit-Thouars conquistando o arquipélago do Taiti a 9 de Setembro de 1842.Apesar de já avistada ao longe pelos primeiros exploradores, foi James Cook quem conduziu o primeiro grupo de europeus à ilha em 1777. No entanto, a ilha já era habitada por populações polinésias desde o século IV.<br /><br />Em 1842, Bora-Bora torna-se um protectorado francês, no decorrer das acções protagonizadas pelo Almirante Abel Aubert du Petit-Thouars.<br /><br />Segunda Guerra Mundial<br /><br />Na sequência do ataque a Pearl Harbor pelo Japão em 7 de Dezembro de 1941, os Estados Unidos da América entram na Segunda Guerra Mundial. Bora-Bora torna-se uma base militar estado-unidense no Pacífico Sul. Armazéns de combustível, armamento e provisões, pista de aviões, base de hidroaviões e fortificações defensivas são construídos. No entanto, a ilha não foi palco de qualquer combate, pelo que a presença estado-unidense não foi contestada no decurso da guerra. Apesar de oficialmente encerrada a 2 de Junho de 1946, vários membros do pessoal estado-unidense recusaram-se a partir devido ao afecto desenvolvido pela ilha.<br /><br />A pista aérea construída, apesar de nunca ter tido capacidade para acomodar uma aeronave de grande porte, foi o único aeroporto internacional da Polinésia Francesa, até à abertura do Aeroporto Internacional de Faa'a em Papeete, no Taiti, no ano de 1962.<br /><br />Actualidade<br /> <br />Bora Bora Pearl Beach Resort, em Bora-BoraActualmente, a ilha depende essencialmente do turismo. Nos últimos anos, sete resorts de luxo foram construídos nos motus que circundam a laguna.<br /><br />Há trinta anos atrás, o hotel Bora Bora construíu os primeiros over-the-water bungalows em estacas sob as águas da laguna, sendo que actualmente este tipo de habitação tornou-se comum na maioria dos resorts da ilha. Estas cabanas privadas oferecem vistas sobre a laguna e os picos e proporcionam acesso fácil à água, sendo luxuosos e com preços de acordo.<br /><br />A principal atracção deste local é a sua laguna de águas calmas e cristalinas, que permite desfrutar de uma grande panóplia de actividades náuticas, contando-se entre estas as expedições de mergulho para alimentação de tubarões e raias. Existem também excursões em terra, como passeios de todo-o-terreno pelos montes para apreciar a vista e visitas às antigas fortificações da Segunda Guerra Mundial.<br /><br />Apesar do francês e do taitiano serem as principais línguas faladas pelos habitantes, as pessoas que contactam mais com os turistas possuem na generalidade bons conhecimentos de inglês. Os principais visitantes são originários dos EUA, Japão e Europa.GUSTAVO RUZZANTEhttp://www.blogger.com/profile/17602676211398864263noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7420053838803591248.post-44703101358411606062010-02-12T14:41:00.000-08:002010-02-12T14:50:10.946-08:00O HIMALAIA<a href="http://1.bp.blogspot.com/_br4ZxiYtmUM/S3XbDGE1S1I/AAAAAAAAAsw/pOUvd4z83bk/s1600-h/800px-Himalayas-Lhasa9.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_br4ZxiYtmUM/S3XbDGE1S1I/AAAAAAAAAsw/pOUvd4z83bk/s400/800px-Himalayas-Lhasa9.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5437492971336715090" /></a><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_br4ZxiYtmUM/S3XaZXg_P3I/AAAAAAAAAso/3uN9ztVTIYM/s1600-h/800px-Everestpanoram.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 98px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_br4ZxiYtmUM/S3XaZXg_P3I/AAAAAAAAAso/3uN9ztVTIYM/s400/800px-Everestpanoram.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5437492254463704946" /></a><br /><br /><br /><br />O Himalaia, Himalaias ou Cordilheira do Himalaia é a mais alta cadeia montanhosa do mundo, localizada entre a planície indo-gangética, ao sul, e o planalto tibetano, ao norte. A cordilheira abrange sete países (Índia, China, Butão, Nepal, Paquistão, Myanmar, Afeganistão) e contém a montanha mais alta do planeta, o Monte Everest. O nome Himalaia vem do sânscrito (pronunciada com um longo primeiro 'a' e um curto último 'a', como 'himaal-ya', em vez de 'him-u-l-yu' ou 'him-u-layaa') e significa "morada da neve". Os Himalaias espalham-se, de oeste para leste, do vale do rio Indo ao vale do rio Bramaputra, formando um arco de cerca de 2500 km de extensão e com uma largura variando de 400 km no oeste, na região da Caxemira-Tibete, a 150 km no leste, na região do Tibete-Arunachal Pradesh.<br /><br /><br />Descrição geral<br /> <br />Perspectiva do Himalaia e do Monte Everest e todo o planalto do Tibete (imagem de satélite) (versão comentada)Os Himalaias formam um grande sistema montanhoso, que incluem o Himalaia propriamente dito, o Caracórum, o Hindu Kush e o Pamir. Este sistema estende-se por seis diferentes nações: Afeganistão, Paquistão, Índia, Nepal, Butão e República Popular da China. Juntas estas cordilheiras, o sistema montanhoso do Himalaia é o teto do mundo, e lar dos picos mais altos do planeta, o Monte Everest (8848 m) e o K2 (8611 m). O pico mais alto fora dos Himalaias é o Aconcágua, nos Andes, com 6962 m, e somente no Himalaia há mais de 100 picos excedendo os 7200 metros de altitude.<br /><br />Os Himalaias são fonte de duas das maiores bacias hidrográficas: a bacia do rio Indo e a bacia do Ganges-Bramaputra. Aproximadamente 1000 milhões de pessoas vivem nas bacias hidrográficas de rios que nascem no Himalaia. Entretanto, a densidade populacional dos Himalaias é muito baixa e poucos são os centros populacionais, sobretudo na vertente meridional. O Himalaia influencia também fortemente o clima, a vegetação e a distribuição dos animais.<br /><br />A cordilheira Himalaia consiste de três cadeias paralelas, que do sul para o norte, são o sub-Himalaia, os Pequenos Himalaias e os Grandes Himalaias. As montanhas começaram a se formar por dobras há 40 milhões de anos, quando o subcontinente indiano se projetou em direção ao norte contra a principal massa terrestre asiática.<br /><br />Origem<br /> <br />A viagem de mais de 6.000 km do continente indiano antes de sua colisão com a Ásia (Eurásia) entre cerca de 40 e 50 milhões de anos atrás.O Himalaia está entre as formações montanhosas mais jovens do planeta. De acordo com a moderna teoria das placas tectônicas, sua formação é resultado de uma colisão continental, ou então, pelo processo de orogenia (isto é, processo de formação de montanhas) entre os limites convergentes entre as placas Indo-australiana e da Eurásia. A colisão iniciou-se no Cretáceo Superior há cerca de 70 milhões de anos, quando a placa Indo-australiana se moveu rumo ao norte e colidiu com a placa da Eurásia. Há cerca de 50 milhões de anos, com a movimentação rápida da placa Indo-australiana, a junção já havia se estabelecido. Entretanto, a placa, continua a movimentar-se horizontalmente para baixo do planalto do Tibete, forçado a ascendência do planalto. As montanhas de Arakan-Yoma em Mianmar e as ilhas Andamão e Nicobar na Baía de Bengala também se formaram em decorrência dessa colisão.<br /><br />A placa Indo-australiana ainda se move numa proporção de 67 mm/ano, e nos próximos 10 milhões de anos avançará cerca de 1500 km para o interior da Ásia. Cerca de 20 mm/ano da convergência da Índia com a Ásia é absorvida pelo empuxo ao longo da frente sul do Himalaia. Isto, leva os Himalaias a elevar-se cerca de 5 mm/ano; fazendo com que eles sejam geologicamente ativos. O movimento da placa indiana em direção à placa asiática, também faz esta região ser sismicamente ativa, induzindo terremotos periodicamente.<br /><br />Glaciares e bacias hidrográficas<br /> <br />Glaciares próximos ao pico do K2.Um grande número de glaciares são encontrados nos limites do Himalaia. Entre eles encontra-se o glaciar de Siachen, o maior no mundo fora da região polar. Outros glaciares famosos incluem o Gangotri e Yamunotri no estado de Uttarakhand (Índia); Nubra, Biafo e Baltoro na região de Caracórum; o Zemu no estado de Sikkim (Índia); e o Khumbu na região do monte Everest.<br /><br />As altas altitudes do Himalaia são cobertas por neve durante todo o ano, apesar de sua proximidade aos trópicos; e origina as fontes de vários rios perenes que na sua maioria associam-se a uma das duas bacias:<br /><br />Os rios do oeste associam-se a bacia do rio Indo. O Indo nasce no Tibete na confluência dos rios Sengge e Gar e corre rumo ao sudoeste através do Paquistão para desaguar no mar da Arábia. O rio é alimentado por vários grandes afluentes, entre eles o rio Jhelum, o rio Chenab, o rio Ravi, o rio Beas e o rio Sutlej.<br /><br />A maioria dos rios restantes drenam para a bacia do Ganges-Bramaputra. Diversos outros afluentes os alimentam durante seus caminhos. O Bramaputra nasce como Yarlung Tsangpo no oeste do Tibete, e corre para o leste através do Tibete e então para o oeste pelas planícies de Assam. O Ganges nasce na região central do Himalaia e corre no sentido leste. Ambos os rios se encontram em Bangladesh, e desaguam na Baía de Bengala formando um dos maiores deltas do mundo.<br /><br /><br /><br /> <br />Formação de lagos pelo derretimento dos glaciares na região himalaia do Butão.No extremo leste do Himalaia as fontes alimentam o rio Irauádi, que se origina no leste do Tibete e corre para o sul através de Mianmar para desaguar no mar de Andamão.<br /><br />Recentemente, cientistas têm monitorado o notável aumento da taxa de derretimento dos glaciares do Himalaia devido as alterações climáticas globais.[1] Embora os efeitos desse derretimento não sejam tão claros no presente, eles podem, potencialmente, num futuro próximo, significar uma calamidade para milhões de pessoas que contam com os glaciares para alimentar os rios durante a estação da seca.[2]<br /><br />De acordo com o comitê para assuntos climáticos das Nações Unidas, os glaciares do Himalaia, que são a fonte dos maiores rios da Ásia, podem desaparecer em 2035 à medida que a temperatura se eleva, e Índia, República Popular da China, Paquistão, Bangladesh, Nepal e Mianmar podem sofrer com inundações seguidas de estiagem nas próximas décadas.[3] Só na Índia, o Ganges provê água para beber e para a o cultivo para mais de 500 milhões de pessoas.[4]<br /><br />Lagos<br /> <br />Lago Gurudogman, em Sikkim.A região do Himalaia é dotada de centenas de lagos. A sua grande maioria pode ser encontrada em altitudes inferiores a 5000 m, com o tamanho dos lagos diminuindo com a altitude. O maior lago é o Pangong Tso, na fronteira entre Índia e Tibete, e está a uma altitude de 4600 m. O lago Gurudogman, localizado em Sikkim, é um dos mais altos, a 5.148 m de altitude segundo a Missão Topográfica Radar Shuttle' (SRTM). Outros lagos incluem, o Tsongmo, na fronteira da Índia com a China, no Sikkim, e o lago Tilicho na região de Annapurna no Nepal. Todos os lagos são alimentados pelos glaciares, e são conhecidos pelos geógrafos pelo nome de tarns.<br /><br />Impacto no clima<br />O Himalaia tem um efeito profundo sobre o clima do subcontinente indiano e do planalto tibetano. Impede que os ventos frios e secos do Ártico soprem no subcontinente, e mantém o Sul da Ásia muito mais quente do que ocorre nas regiões temperadas de outros continentes. Por outro lado, faz uma barreira para os ventos sazonais das monções, impedindo-os de seguir para norte, e provocando fortes chuvas na região Terai. O Himalaia desempenha um papel importante na formação dos desertos da Ásia Central, como o Taklamakan e o deserto de Gobi. As cadeias de montanhas ocidentais também resultam na precipitação de neve na região de Caxemira e em partes de Punjab e no norte da Índia. Apesar de ser uma barreira para os ventos frios de norte no inverno, o vale do Bramaputra recebe parte dos ventos frios diminuindo a temperatura nos estados do nordeste indiano e do Bangladesh.<br /><br />Ecologia<br />A flora e fauna dos Himalaias varia com o clima, índices pluviométricos, altitude e tipo de solo, gerando assim diferentes comunidades ou ecorregiões.<br /><br />Florestas de planície<br />Na planície Indo-gangética, na base dos Himalaias, uma planície aluvial drenada pelos rios Indo, Ganges e Bramaputra, uma vegetação exuberante se distribui, de oeste para leste, variando conforme a intensidade das chuvas. Uma vegetação xerófila ocupa as planícies do Indo no Paquistão e no Punjab (Índia). Mais a leste uma floresta decídua úmida se estende pelos estados indianos de Uttar Pradesh, Bihar e Bengal Ocidental, seguindo o curso do Ganges. Estas florestas de monção, com suas árvores caducas perdem suas folhas durante a estação seca. No extremo leste um floresta úmida perene ocupa as planícies de Assam, no vale do Bramaputra.<br /><br />Cinturão do Terai<br />Acima da planície aluvial se estende uma faixa, o Terai, de pântanos sazonais de solo arenoso e argiloso. Os índices pluviométricos do Terai são maiores que nas planícies aluviais, e seu terreno plano, fazem com que os rios que descem velozes do Himalaia, diminuam seu ritmo, alargando seus cursos e tornando-se mais caudalosos no período das monções. Grande quantidade de sedimento fértil é depositado em suas planícies tornando-o um ecossistema rico. O Terai possui um mosaico de vegetação, incluindo pastagens, savanas, florestas úmidas e de folha caduca. Entre a fauna, merecem destaque, o rinoceronte-indiano (Rhinoceros unicornis) e o porco (Sus salvanius). Tigres, elefantes, leopardos, ursos e cervos também fazem parte da fauna local. As gramíneas dessa região estão entre as mais altas do mundo, merecendo destaque o capim-kans (Saccharum spontaneum) e a capim-baruwa (Saccharum beghalensis).<br /><br />Cinturão de Bhabhar<br />Localizado acima do Terai, é um planalto de solo rochoso e poroso. Possui um clima subtropical. No oeste dessa região localiza-se uma floresta de pinheiros, onde o pinheiro-azul ou pinheiro-branco-do-butão (Pinus roxburghii) é a principal espécie; já a região central é denominada por florestas de folhas-largas, dominadas pelo sal (Shorea robusta). Vários mamíferos ameaçados habitam esta região, entre eles, o tigre-de-bengala (Panthera tigris tigris), a pantera-nebulosa (Neofelis nebulosa), e o raro Langur-dourado (Trachypithecus geei). Entre as aves, a Arborophila mandellii é endêmica dessa ecorregião.<br /><br />Colinas Siwalik<br />Também chamadas de Colinas Churia, localizam-se acima da região de Bhabhar. São pequenas cordilheiras se estendendo através dos pés do Himalaia, no Paquistão, Índia, Nepal e Butão. Consistem em várias pequenas cadeias, com altitudes entre os 600 a 1.200 metros. Sustentam uma vegetação arbustiva.<br /><br />Pequenos Himalaias<br />Constituem cadeias montanhosas de 2000 a 3000 metros de altitude.<br /><br />Região Central<br />Localiza-se entre os Pequenos e Grandes Himalaias. Em sua área central está coberta por florestas de folha caduca, e na parte superior por coníferas.<br /><br />Região de arbustos e pastagens alpinas<br />Encontra-se acima da linha das árvores, ou seja, nesse ponto em diante não são mais encontradas árvores, e predomina vegetação arbustiva e pastagens alpinas. Entre os mamíferos encontram-se o leopardo-das-neves (Uncia uncia), o carneiro-azul (Pseudois nayaur), o tar (Hemitragus jemlahicus), o takin (Budorcas taxicolor), o goral-himalaio (Nemorhaedus baileyi) e a marmota-himalaia (Marmota himalayana).<br /><br /><strong>Picos importantes</strong><br /> <br />Vista aérea no Himalaia.Everest 8848 m - a montanha mais alta da Terra <br />K2 8611 m <br />Kangchenjunga 8586 m <br />Lhotse 8501 m <br />Makalu 8462 m <br />Cho Oyu 8201 m <br />Dhaulagiri 8167 m <br />Manaslu 8163 m <br />Nanga Parbat 8126 m <br />Annapurna 8091 m <br />Gasherbrum I 8068 m <br />Broad Peak 8047 m <br />Gasherbrum II 8035 m <br />Shishapangma 8027 m <br />Gyachung Kang 7922 m <br />Nanda Devi 7817 m <br />Kabru 7338 m - a sul do Kangchenjunga <br />Pumori 7161 m - um ponto de escalada popularGUSTAVO RUZZANTEhttp://www.blogger.com/profile/17602676211398864263noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7420053838803591248.post-71582015690428878682010-02-06T07:10:00.000-08:002010-02-06T07:32:27.820-08:00INCAS - Machu Picchu<a href="http://4.bp.blogspot.com/_br4ZxiYtmUM/S22LS2yZjJI/AAAAAAAAAsc/LXJDwkBB1oY/s1600-h/600px-Vista_de_Machu_Picchu.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 400px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_br4ZxiYtmUM/S22LS2yZjJI/AAAAAAAAAsc/LXJDwkBB1oY/s400/600px-Vista_de_Machu_Picchu.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5435153481366867090" /></a><br /><br /><br />A civilização inca foi uma cultura mesoamericana pré-colombiana e um Estado-nação, o Império Inca (em quíchua: Tawantinsuyu) que existiu na América do Sul de cerca de 1200 até à invasão dos conquistadores espanhóis e a execução do imperador Atahualpa em 1533.<br /><br />O império incluía regiões desde o extremo norte como o Equador e o sul da Colômbia, todo o Peru e a Bolívia, até o noroeste da Argentina e o norte do Chile. A capital do império era a atual cidade de Cusco (em quíchua, "Umbigo do Mundo"). O império abrangia diversas nações e mais de 700 idiomas diferentes, sendo o mais falado o quíchua.<br /><br /><br />História<br />Antecedentes<br /> <br />Sacsayhuamán.Pesquisas ainda em curso (dezembro de 2004) já comprovam a existência de uma civilização avançada "Norte Chico" (Norte Pequeno, em espanhol), estabelecida em três vales ao norte de Lima, capital do Peru, que teriam ascendido em cerca de 3000 a.C. e perdurado por cerca de 1.200 anos até sua queda.<br /><br />Esta cultura já construía pirâmides de até vinte e seis metros de altura e grandes complexos cerimoniais. Parece certo que mais de vinte centros populacionais competiam entre si para produzir a arquitetura mais impressionante.<br /><br />Há provas de que a cultura do "Norte Chico" tinha religião de culto antropomórfico, praticava a agricultura irrigada e o comércio, notadamente troca de algodão plantado por peixe, com povos das planícies.<br /><br />Por volta de 1800 a.C., este povo deixou a região, possivelmente propagando seus avançados conhecimentos, podendo haver alguma relação com o surgimento da cultura posterior que se estabeleceu no vale do rio Casma.<br /><br />Posteriormente (cerca de 800 a.C.) surge em Chavin de Huantar o embrião do estado teocrático andino; do ano 50 até cerca do ano 700 a civilização mochica floresce, e aproximadamente no ano 1000 explode a cultura Tiahuanaco.<br /><br />Os incas, originários das montanhas do Peru, expandiram o seu controle a quase toda região dos Andes. A civilização inca alcançou o seu apogeu no século XV, sob Pachacuti. Entre as suas realizações culturais está a arquitetura, a construção de estradas, pontes e engenhosos sistemas de irrigação.<br /><br />Expansão do Império Inca<br />Ver artigo principal: Império Inca<br /> <br />A expansão por Pachacuti.O imperador Pachacuti foi o homem mais poderoso da antiga América já que enviou várias expedições para conquista de terras. Quando os oponentes se rendiam eram bem tratados mas quando resistiam havia pouca clemência. Com as conquistas, Pachacuti acrescentava não apenas mais terras ao seu domínio como guerreiros sob seu comando. Sendo talentoso diplomata, antes das invasões, Pachacuti enviava mensageiros para expor as vantagens de os povos conquistados se unirem pacificamente ao império Inca. O acordo proposto era de que, se os dominados cedessem suas terras, manteriam um controle local exercido pelos dignitários locais que seriam tratados como nobres do Império e os seus filhos seriam educados em troca da integração ao Império e plena obediência ao Inca.<br /><br />Os incas tinham um exército muito bem treinado e organizado. Quando os incas conquistavam um lugar, o povo era submetido a tributação pela qual prestavam serviços designados pelos conquistadores. Os incas encorajavam as pessoas a se juntarem ao Império e quando isto ocorria eram sempre bem tratadas. Serviços postais eram então estabelecidos por mensageiros (chasquis) que entregavam mensagens oficiais entre as maiores cidades. Notícias também eram veiculadas pelo sistema Chasqui na velocidade de 125 milhas por dia. Os incas também promoviam a mudança de populações conquistadas como parte da criação a "Rodovia Inca", que foi idealizada para ser usada nas guerras, para o transporte de bens e outros propósitos. Esta troca de populações (manay) acabou promovendo a troca de informações e propagação da cultura Inca. Todo o Império Inca foi unido por excelentes estradas e pontes. Sua extensão máxima era de 4.500 km de comprimento por 400 km de largura, o que dava 1,800,000 km² de extensão.<br /><br />O período de máxima expansão do Império Inca ocorre a partir do ano 1450 quando chegou a cobrir a região andina do Equador ao centro do Chile, com mais de 3000 quilômetros de extensão.<br /><br />Imperadores incas<br /> <br />Inca Ruca - Imperador.O primeiro imperador Inca foi Manco Capac, que reinou por volta do ano 1200. Os detalhes de vários dos primeiros imperadores foram perdidos durante a invasão espanhola.<br /><br />1200 d.C. ~ Manku Qhapaq ou Manco Capac (1100-?) <br />Sinchi Ruka ou Sinchiroca (Séc. XII) <br />Lluqi Yupanki ou Lloque Yupanqui (Séc. XIII) <br />Mayta Qhapaq ou Maita Capac (Séc. XIII) <br />Qhapaq Yupanki ou Capac Yupanqui (Séc. XIII) <br />Inca Ruca ou Inca Roca (Séc. XIV) <br />Yawar Waqaq ou Yahuar Huacac (Séc. XIV) <br />Wiraqucha Inka ou Viracocha (Séc. XV) <br /> ???? – 1438 ~ Inca Urcon <br />1438 – 1471 ~ Pachacuti, Pachakutiq Inka Yupanki ou Pachacutic Inca Yupanqui <br />1471 – 1493 ~ Tupaq Inka Yupanki ou Topa Inca Yupanqui <br />1493 – 1527 ~ Wayna Qhapaq ou Huayna Capac <br />1527 – 1532 ~ Waskhar ou Huáscar <br />1532 – 1533 ~ Ataw Wallpa ou Atahualpa <br />1533 – 1535 ~ Topa Huallpa (imperador-fantoche instalado pelos espanhóis) <br />A conquista espanhola<br />Ver artigo principal: Colonização espanhola da América<br />Antecedentes<br />Quando Huayna Capac se tornou o imperador inca, houve uma guerra de sucessão que algumas fontes sustentam que durou cerca de doze anos. A causa alegada da guerra é que Huayna fora muito cruel com o povo.<br /><br />Rumores se espalharam pelo Império Inca como fogo sobre um estranho "homem barbado" que "vivia numa casa no mar" e tinha "raios e trovões em suas mãos". Este homem estranho começava a matar muitos dos soldados incas com doenças que trouxera.<br /><br />Quando Huayna Capac morreu, o império estava desgastado e ocorreu uma disputa entre seus dois filhos. Cuzco, que era a capital, havia sido dada para o suposto novo imperador Huascar, que foi considerado como pessoa horrível, violento e quase louco atribuindo-se a ele o assassinato da própria mãe e da sua irmã que forçara a desposá-lo.<br /><br />Atahualpa reivindicava ser o filho favorito de Huayna Capac, posto que a ele fora dado o território ao norte de Quito (cidade moderna do Equador) razão porque Huascar teria ficado muito bravo.<br /><br />A guerra civil de sucessão se travou entre os dois irmãos, chamada Guerra dos Dois Irmãos, na qual pereceram cerca de cem mil pessoas.<br /><br />Depois de muita luta, Atahualpa derrotou Huascar e então, conta-se, era Atahualpa que estava enlouquecido e violento, tratando os perdedores de forma horrível. Muitos foram apedrejados (nas costas) de forma a ficarem incapacitados, nascituros eram arrancados dos ventres das mães, aproximadamente 1500 membros da família real, incluindo os filhos de Huascar foram decapitados e tiveram seus corpos pendurados em estacas para exibição. Os plebeus foram torturados.<br /><br />Atahualpa pagou um terrível preço para tornar-se imperador. Seu império estava agora abalado e debilitado. Foi neste momento crítico que o "homem barbado" e seus estranhos chegaram, cena final do Império Inca.<br /><br />Este estranho homem barbudo e estranho veio a ser Francisco Pizarro e seus espanhóis da "Castilla de Oro" que capturaram Atahualpa e seus nobres em 16 de novembro, do ano de 1532.<br /><br />A dominação espanhola<br />Atahualpa estava em viagem quando Francisco Pizarro e seus homens encontraram o seu acampamento. Pizarro enviou um mensageiro a Atahualpa perguntando se podiam se reunir. Atahualpa concordou e se dirigiu ao local onde supostamente iriam conversar e quando lá chegou, o local parecia deserto. Um homem de Pizarro, Vicente de Valverde interpelou Atahualpa para que ele e todos os incas se convertessem ao cristianismo, e se ele recusasse, seria considerado um inimigo da Igreja e de Espanha.<br /><br />Como era esperado, Atahualpa discordou, o que foi considerado razão suficiente para que Francisco Pizarro atacasse os incas. O exército espanhol abriu fogo e matou os soldados da comitiva de Atahualpa e, embora pretendesse matar o Inca, aprisionou-o, pois tinha planos próprios.<br /><br />Uma vez feito prisioneiro, Atahualpa não foi maltratado pelos espanhóis, que permitiram que ele ficasse em contacto com seu séquito. O imperador inca, que queria libertar-se, fez um acordo com Pizarro. Concordou em encher um quarto com peças de ouro e outro um com peças de prata em troca da sua liberdade. Pizarro não pretendia libertar Atahualpa mesmo depois de pago o resgate porque necessitava de sua influência naquele momento para manter a ordem e não provocar uma reação maior dos incas que acabavam de tomar conhecimento dos espanhóis.<br /><br />Além disto, Huáscar ainda estava vivo e Atahualpa, percebendo que ele poderia representar um governo fantoche mais conveniente para a dominação por Pizarro, ordenou a execução de Huáscar. Com isto, Pizarro sentiu a frustração de seus planos e acusou Atahualpa de doze crimes, sendo os principais o assassínio de Huáscar, prática de idolatria e conspiração contra o Reino de Espanha, sendo julgado culpado por todos os crimes condenado a morrer queimado.<br /><br />Já era noite alta quando Francisco Pizarro decidiu executar Atahualpa. Depois de ser conduzido ao lugar da execução, Atahualpa implorou pela sua vida. Valverde, o padre que havia presidido o processo propôs que, se Atahualpa se convertesse ao cristianismo, reduziria a sentença condenatória. Atahualpa concordou em ser batizado e, em vez de ser queimado na fogueira, foi morto por estrangulamento no dia 29 de agosto de 1533. Com a sua morte também acabava a "existência independente de uma raça nobre".<br /><br />A morte de Atahualpa foi o começo do fim do Império Inca.<br /><br />A instabilidade ocorreu rapidamente. Francisco Pizarro nomeou Toparca, um irmão de Atahualpa, como regente fantoche até a sua inesperada morte. A organização inca então se esfacelou. Remotas partes do império se rebelaram e nalguns casos formavam alianças com os espanhóis para combater os incas resistentes. As terras e culturas foram negligenciadas e os incas experimentaram uma escassez de alimentos que jamais tinham conhecido. Agora os incas já haviam aprendido com os espanhóis, o valor do ouro e da prata e a utilidade que antes desconheciam e passaram a pilhar, saquear e ocultar tais símbolos de riqueza e poder. A proliferação de doenças comuns da Europa para as quais os incas não tinham defesa se disseminaram e fizeram o seu papel no morticínio de centenas de milhares de pessoas.<br /><br />O ouro e a prata tão ambicionados por Pizarro e os seus homens estava em todo o lugar e nas mãos de muitas pessoas, subvertendo a economia com a enorme inflação. Um bom cavalo passou a custar $7000 até que, por fim, os grãos e gêneros alimentícios acabaram mais valiosos que o precioso ouro dos espanhóis. A grande civilização inca, tal como conhecida, já não existia.<br /><br />Após a conquista espanhola<br />O Império Inca foi derrubado por menos de duzentos homens e vinte e sete cavalos mas também por milhares de ameríndios que se juntaram às tropas espanholas por descontentamento em relação ao tratamento dado pelo Império Inca. Francisco Pizarro e os espanhóis que o seguiram oprimiram os incas tanto material como culturalmente, não apenas explorando-os pelo sistema de trabalho de "mitas" para extração da prata Potosí, como reprimindo as suas antigas tradições e conhecimentos. No que se refere à agricultura, por exemplo, o abandono da avançada técnica agrícola inca acabou instalando uma persistente era de escassez de alimentos na região.<br /><br />Uma parte da herança cultural foi mantida, tratando-se das línguas quíchua e aimará, isto porque a Igreja Católica escolheu estas línguas nativas como veículo da evangelização dos incas, daí passarem a escrevê-las com caracteres latinos e ensiná-las como jamais ocorrera no Império Inca, fixando-as como as línguas mais faladas entre as dos ameríndios.<br /><br />Mais tarde, a exploração opressiva foi objeto de uma rebelião cujo líder Tupac Amaru considerado o último inca, acabou inspirando o nome do movimento revolucionário peruano do século XX, o MRTA, e o movimento uruguaio dos Tupamaros. A história de planeamento econômico dos incas e boas doses de maoísmo são também a inspiração revolucionária do atual movimento Sendero Luminoso no Peru.<br /><br />Economia<br />O Império Inca tinha uma organização econômica de caráter próximo ao modo de produção asiático, na qual todos os níveis da sociedade pagavam tributos ao imperador, conhecido como O Inca. O Inca era divinizado sendo carregado em liteiras com grande pompa e estilo. Usava roupas, cocares e adornos especiais que demonstravam sua superioridade e poder. Ele reivindicava seu poder dizendo-se descendente de deuses (origem divina do poder real). Abaixo d'O Inca havia quatro principais classes de cidadãos.<br /><br /> <br />Atual cidade de Cusco, no Peru.A primeira era a família real, nobres, líderes militares e líderes religiosos. Estas pessoas controlavam o Império Inca e muitos viviam em Cusco. A seguir, estavam os governadores das quatro províncias em que o Império Inca era dividido. Eles tinham muito poder pois organizavam as tropas, coletavam os tributos cabendo-lhes impor a lei e estabelecer a ordem. Abaixo dos governadores estavam os oficiais militares locais, responsáveis pelos julgamentos menos importantes e a resolução de pequenas disputas podendo inclusive atribuir castigos. Mais abaixo estavam os camponeses que eram a maioria da população.<br /><br />Entre os camponeses, a estrutura básica da organização territorial era o ayllu. O ayllu era uma comunidade aldeã composta por diversas famílias cujos membros consideravam possuir um antepassado comum (real ou fictício). A cada ayllu correspondia um determinado território. O kuraca era o chefe do ayllu. Cabia-lhe a distribuição das terras pelos membros da comunidade aptos para o trabalho.<br /><br />Havia três ordens de trabalhos agrícolas:<br /><br />realizados em benefício do Inca e da família real; <br />destinados à subsistência da família, realizados no pedaço de terra que lhe cabia; <br />realizados no seio da comunidade aldeã, para responder às necessidades dos mais desfavorecidos. <br />De fato, o sistema de ajuda entre as famílias estava muito desenvolvido. Para além das terras colectivas, havia reservas destinadas a minorar as carências em tempos de fome ou a serem usadas sempre que a aldeia era visitada por uma delegação do Inca.<br /><br />Outro dos deveres de cada membro da comunidade consistia em colaborar nos trabalhos colectivos, como por exemplo a manutenção dos canais de irrigação.<br /><br />Os nobres foram chamados pelos espanhóis de "orelhões", devido à impressão que tiveram de suas enormes orelhas, aumentadas pelos grandes pendentes que usavam. Os "orelhões" eram educados em escolas especiais durante quatro anos. Eles estudavam a língua quíchua, religião, quipos, história, geometria, geografia e astronomia. Ao terminar os estudos, eles se graduavam em uma cerimônia solene, onde demonstravam sua preparação passando em algumas provas.<br /><br />Eles se vestiam de branco e se reuniam na Praça de Cusco. Todos os candidatos tinham o cabelo cortado e levavam na cabeça um llauto negro com plumas. Depois de rezarem ao sol, lua e ao trovão, eles subiam a colina de Huanacaui, onde ficavam em jejum, participavam de competições e dançavam.<br /><br />Mais tarde, o Inca lhes entregava umas calças justas, um diadema de plumas e um peitoral de metal. Finalmente ele perfurava a orelha de cada um pessoalmente com uma agulha de ouro, para que pudessem usar seus pendentes característicos, próprios de sua categoria.<br /><br />Os "orelhões" tinham vários privilégios, entre eles a posse de terras e a poligamia. Eles recebiam presentes do monarca, tais como mulheres, lhamas, objetos preciosos, permissão para usar liteiras ou trono.<br /><br />Eles constituíam os funcionários do Império. Em primeiro lugar estavam os quatro apu, ou administradores das quatro partes do Império que assessoravam diretamente o Imperador. Abaixo deles estavam os tucricues, ou governadores das províncias que residiam em suas capitais, e eram periodicamente inspecionadas.<br /><br />Os incas incumbiam os dominados do trabalho que cada um deveria executar, o quanto e qual terra poderiam cultivar e quão longe poderiam viajar. Depois de se adaptar a tais regras, eram bem vistos pelos dominadores.<br /><br />Se um inca era acusado de furto mas isto não era provado, o próprio oficial local incumbido de manter a ordem era punido por não fazer seu trabalho corretamente.<br /><br />Inválidos e incapazes eram auxiliados a prover sua subsistência com trabalho. Às mulheres casadas eram distribuídas meadas de lã para confecção de roupas.<br /><br />Todos os incas eram obrigados a trabalhar para o Império e para os seus deuses domésticos (mita).<br /><br />Os incas não tinham liberdade de viajar e os filhos sempre tinham de seguir o ofício dos pais. O Império Inca foi dividido em quatro partes. Todas as atividades dos habitantes eram supervisionadas pelos funcionários do Império.<br /><br />Moeda<br />Os incas não usavam dinheiro propriamente dito. Eles faziam trocas ou escambos nos quais mercadorias eram trocadas por outras e mesmo o trabalho era remunerado com mercadorias e comida. Serviam como moedas sementes de cacau e também conchas coloridas, que eram consideradas de grande valor.<br /><br />Agricultura<br />No apogeu de civilização inca, cerca de 1400, a agricultura organizada espalhou-se por todo o império, desde a Colômbia até o Chile, com o cultivo de grãos comestíveis da planície litorânea do pacífico, passando pelos altiplanos andinos e adentrando na planície amazônica oriental.<br /><br />Calcula-se que os incas cultivavam cerca de setecentas espécies vegetais. A chave do sucesso da agricultura inca era a existência de estradas e trilhas que possibilitavam uma boa distribuição das colheitas numa vasta região.<br /><br />As principais culturas vegetais eram as batatas (semilha), batatas doce (batatas), milho, pimentas, algodão, tomates, amendoim, mandioca, e um grão conhecido como quinua.<br /><br />O plantio era feito em terraços e já usavam a adiantada técnica das curvas de nível sendo os primeiros a usar o sistema de irrigação.<br /><br />Os incas usavam varas afiadas e arados para revolver o solo, e usavam também a lhama para transporte das colheitas, embora tais animais fornecessem também lã para fazer tecidos, mantas e cordas, couro e carne.<br /><br />Ervas aromáticas e medicinais também eram plantadas e as folhas de coca, eram reservadas para a elite. Toda a produção agrícola era fiscalizada pelos funcionários do império.<br /><br />Caça<br />Os incas usavam o arco de flechas e zarabatanas para caçar animais como cervos, aves e peixes que lhes forneciam carne, couro e plumas que usavam em seus tecidos. A caça era coletiva e o método mais usual era de formar um grande círculo que ia se fechando sobre um centro para onde iam os animais.<br /><br />Sociedade<br />Infância<br />A infância de um inca pode parecer severa para os padrões atuais. Ao nascer, os incas lavavam o bebê com água fria e o embrulhavam numa manta e o colocavam em uma cova feita no chão. Quando a criança alcançava um ano de idade, se esperava que andasse ou ao menos engatinhasse sem qualquer ajuda. Aos dois anos de idade, as crianças eram submetidas a ritual no qual se lhes cortavam os cabelos, determinando assim o fim da infância. Desde então, os pais esperavam que os filhos ajudassem em tarefas ao redor da casa. A partir daí as crianças eram severamente castigadas quando se portavam mal. Aos quatorze anos os meninos eram vestidos com uma tanga sendo então declarados adultos. Os meninos mais pobres eram submetidos a vários testes de resistência e de conhecimento, ao fim dos quais lhes eram atribuídos adornos (brincos) coloridos e armas. As cores dos brincos determinavam o lugar hierárquico que ocupariam na sociedade.<br /><br />Cultura<br />Religião<br /> <br />Machu Picchu. <br />Ruínas de Ingapirca, no Equador, na província de Cañar.Os Incas eram extremamente religiosos e viam o Sol e a Lua como entidades divinas às quais suplicavam suas bençãos, fosse para melhores colheitas, fosse para o êxito em combates com grupos rivais. O Deus Sol era o deus masculino e acreditavam que o Rei descendia dele. Atribuíam ao Deus Sol qualidades espirituais, transmitidas à mente pela mastigação da folha de coca, daí as profecias que justificaram a criação de templos sagrados construídos nas encostas íngremes das montanhas andinas.[1]<br /><br />Os incas construíram diversos tipos de casas consagradas às suas divindades. Alguns dos mais famosos são o Templo do Sol em Cusco, o templo de Vilkike, o templo do Aconcágua (a montanha mais alta da América do Sul) e o Templo do Sol no Lago Titicaca. O Templo do Sol, em Cusco, foi construído com pedras encaixadas de forma fascinante. Esta construção tinha uma circunferência de mais de 360 metros. Dentro do templo havia uma grande imagem do sol. Em algumas partes do templo havia incrustações douradas representando espigas de milho, lhamas e punhados de terra. Porções das terras incas eram dedicadas ao deus do sol e administradas por sacerdotes.<br /><br />Os sumo-sacerdotes eram chamados Huillca-Humu, viviam uma vida reclusa e monástica e profetizavam utilizando uma planta sagrada chamada huillca ou vilca [1] (Acácia cebil) com a qual preparavam uma chicha de propriedades enteógenas que era bebida na "Festa do Sol", Inti Raymi. A palavra quíchua Huillca significa, simplesmente, algo "santo", "sagrado".<br /><br />Lugares sagrados<br />A religião era politeísta, constituída de forças do bem e do mal. O bem era representado por tudo aquilo que era importante para o homem como a chuva e a luz do Sol, e o mal, por forças negativas, como a seca e a guerra.<br /><br />Os huacas, ou lugares sagrados, estavam espalhados pelo território inca. Huacas eram entidades divinas que viviam em objetos naturais como montanhas, rochas e riachos. Líderes espirituais de uma comunidade usavam rezas e oferendas para se comunicar com um huaca para pedir conselho ou ajuda.<br /><br />Sacrifícios<br />Os incas ofereciam sacrifícios tanto humanos como de animais nas ocasiões mais importantes, maioria das vezes em rituais ao nascer do sol. Grandes ocasiões, como nas sucessões imperiais, exigiam grandes sacrifícios que poderiam incluir até duzentas crianças. Não raro as mulheres a serviço dos templos eram sacrificadas, mas a maioria das vezes os sacrifícios humanos eram impostos a grupos recentemente conquistados ou derrotados em guerra, como tributo à dominação. As vítimas sacrificiais deviam ser fisicamente íntegras, sem marcas ou lesões e preferencialmente jovens e belas.<br /><br />De acordo com uma lenda, uma menina de dez anos de idade chamada Tanta Carhua foi escolhida pelo seu pai para ser sacrificada ao imperador inca. A criança, supostamente perfeita fisicamente, foi enviada a Cusco onde foi recebida com festas e honrarias para homenagear-lhe a coragem e depois foi enterrada viva em uma tumba nas montanhas andinas. Esta lenda prescreve que as vítimas sacrificiais deveriam ser perfeitas, e que havia grande honra em conhecerem e serem escolhidas pelo imperador, tornando-se, depois da morte, espíritos com caráter divino que passariam a oficiar junto aos sacerdotes. Antes do sacrifício, os sacerdotes adornavam ricamente as vítimas e davam a ela uma bebida chamada chicha, que é um fermentado de milho, até hoje apreciada.<br /><br />Festivais<br />Os incas tinham um calendário de trinta dias, no qual cada mês tinha o seu próprio festival.<br /><br /><br />Costumes funerários<br />Os incas acreditavam na reencarnação. Aqueles que obedeciam à regra, ama sua, ama llulla, ama chella (não roube, não minta e não seja preguiçoso), quando morressem iriam viver ao calor do sol enquanto os desobedientes passariam os dias eternamente na terra fria.<br /><br />Os incas também praticavam o processo de mumificação, especialmente das pessoas falecidas mais proeminentes. Junto às múmias era enterrado uma grande quantidade de objetos do gosto ou utilidade do morto. De suas sepulturas, acreditavam, as múmias mallqui poderiam conversar com ancestrais ou outros espíritos huacas daquela região. As múmias, por vezes eram chamadas a testemunhar fatos importantes e presidir a vários rituais e celebrações. Normalmente o defunto era enterrado sentado.[2]<br /><br />Os quipos<br />Se bem que o império fosse muito centralizado e extremamente estruturado – e até, pode dizer-se, burocrático –, não havia um sistema de escrita. Para gerir o império eram utilizados os quipus (quipus), cordões de lã ou outro material onde são codificadas mensagens.<br /><br />Destinavam-se os quipos a manterem estatísticas permanentemente actualizadas. Regularmente procedia-se a recenseamentos da população extremamente completos (por exemplo, número de habitantes por idade e sexo). Registava-se ainda o número de cabeças de gado, os tributos pagos ou devidos aos diversos povos, o conjunto de entradas e saídas dos armazéns estatais, etc. Mediante os registos procurava-se equilibrar a oferta e a procura, numa tentativa de planificação da economia.<br /><br />Mais concretamente, o quipo é constituído por um cordão a que se liga a cordões menores de diferentes cores, tanto paralelamente como partindo de um ponto comum. Os números eram dados pelos nós e as significações pelas cores.<br /><br />Os nós das extremidades inferiores representam as unidades. Acima ficam as dezenas, mais acima as centenas e, por último, os milhares e as dezenas de milhar. Saliente-se que, para além de utilizarem o sistema decimal, os índios conceberam o equivalente do zero: um intervalo maior entre os nós, ou seja, um sítio vazio. Ignora-se o significado dos nós complexos, porventura reservados aos múltiplos.<br /><br />Quanto às cores, indicavam os significados ou qualidades. Mas como o número de cores e seus matizes é limitado, muito inferior ao número de objectos a recensear, o significado das cores variava de acordo com a significação geral do quipo. Era pois necessário conhecer a significação geral do quipo para se poder interpretá-lo. Por exemplo: o amarelo referia-se ao ouro nas estatísticas referentes aos despojos de guerra e ao milho nas referentes à produção.<br /><br />A fim de facilitar a leitura, as pessoas e coisas eram dispostas de acordo com uma hierarquia imutável. Assim, nos quipos demográficos, os homens ocupavam o primeiro lugar, seguidos das mulheres e, por fim, das crianças. Nos recenseamentos de armas a ordem era a seguinte: lanças, flechas, arcos, zagaias, clavas, achas e fundas.<br /><br />A ausência de cordão secundário ao longo do principal, assim como a falta de uma cor, possuía determinado significado, exactamente como acontecia com a ausência de nó no cordão (zero).<br /><br />Os intérpretes dos quipus, os quipucamayucs (ou seja, "guardiães dos quipos"), possuíam uma excelente memória, cuja fidelidade era assegurada por um processo radical: qualquer erro ou omissão era punido com a pena de morte. Cada quipucamayuc especializava-se na leitura de determinada categoria de cordões: religiosos, militares, económicos, demográficos, etc. Cabia-lhes igualmente instruir os seus filhos, para que estes mais tarde lhes sucedessem.<br /><br />Para melhor fixar as narrativas, o quipucamayuc cantava-as, como uma melopéia.<br /><br />Os quipos serviam ainda para o registo de factos históricos e ritos mágicos. No entanto, ao contrário dos estatísticos, estes quipus ainda não foram decifrados.<br /><br />Medicina<br />Os incas fizeram muitas descobertas farmacológicas. Usavam o quinino no tratamento da malária com grande sucesso. As folhas da coca eram usadas de modo geral como analgésicos, e para minorar a fome, embora os mensageiros Chasqui as usassem para obter energia extra. Outra terapia comum e eficiente era o banho de ferimentos com uma cocção de casca de pimenteiras ainda morna.<br /><br />Música<br />Os incas tocavam música em tambores e instrumentos de sopro que incluem as flautas, flauta de pan, quena e trombetas feitas de conchas marinhas ou de cerâmica.<br /><br />Arte e artesanato<br />Os incas produziam artefatos destinados ao uso diário ornados com imagens e detalhes de deuses. Era comum na cultura inca o uso de formas geométricas abstractas e representação de animais altamente estilizados no feitio de cerâmicas, esculturas de madeira, tecidos e objetos de metal. Eles produziam belos objetos de ouro e as mulheres produziam tecidos finos com desenhos surpreendentes.<br /><br />Culinária<br />A comida inca consistia principalmente de vegetais, pães, bolos, mingaus de cereais (notadamente de milho ou aveia), e carne (assados ou guisados), comumente de caititus (porcos selvagens) e de lhama. Apesar da dieta dos incas ser muito variada, havia muitas diferenças entre os alimentos consumidos pelos diversos setores da sociedade.<br /><br />A gente do povo só comia duas refeições por dia. O prato comum dos Andes era o chuño, ou farinha de batata desidratada. Adicionava-se água, pimentão ou pimenta, e sal para então servir. Eles também preparavam o locro com carne seca ou cozida, com muito pimentão, pimenta, batatas e feijão. Eles comiam ainda grandes quantidades de frutas, como a pêra picada ou o tarwi. O milho era bastante consumido e era preparado fervido ou torrado.<br /><br />Os nobres e a família real se alimentavam muito melhor do que o povo. Na mesa do Inca não podia faltar carne,mas era escassa para o povo. Ele comia carne de lhama, de vicunha, patos selvagens, perdizes da puna, rãs, caracóis e peixe.<br /><br />A refeição começava com frutas. Depois vinham as iguarias, apresentadas sobre uma esteira de juncos trançados eram estendidos no solo. O Inca se acomodava em seu assento de madeira, coberto com uma tela fina de lã e indicava o que lhe agradava. Daí, uma das mulheres de seu séqüito o servia em um prato de barro ou de metal precioso, que segurava entre suas mãos enquanto o Inca comia. As sobras e tudo que o Inca havia tocado, devia ser guardado em um cofre e queimado logo depois, dispersando as cinzas.<br /><br />Vestuário<br />O homem inca usava uma túnica sem mangas que descia à altura do joelho e às vezes uma pequena capa. A mulher inca tinha diversas roupas que a cobriam integralmente e frequentemente usavam sandálias de couro. Nas estações mais frias todos usavam longos mantos de lã sobre os ombros presos por alfinetes na frente.<br /><br />Os incas gostavam de se adornar. Quanto mais ricos e elaborados os tecidos mais dispendiosos e caros, e acabavam por demonstrar o nível social do usuário.<br /><br />Os incas usavam seus gorros de lã com cores tribais que designavam-lhes as origens.<br /><br />Os homens incas usavam muito mais jóias que as mulheres. Os mais ricos usavam pulseiras de ouro e brincos enormes, quanto maior o brinco mais importante era a pessoa que o usava. Os guerreiros usavam colares feitos com os dentes de suas vítimasGUSTAVO RUZZANTEhttp://www.blogger.com/profile/17602676211398864263noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7420053838803591248.post-84481067283651190562010-01-30T02:20:00.000-08:002010-01-30T02:51:39.554-08:00Egito<a href="http://4.bp.blogspot.com/_br4ZxiYtmUM/S2QJUNPxtCI/AAAAAAAAAsU/suIm19VbSbM/s1600-h/SphinxGiza.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_br4ZxiYtmUM/S2QJUNPxtCI/AAAAAAAAAsU/suIm19VbSbM/s320/SphinxGiza.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5432477293273527330" /></a><br />Para darmos inicio a nossa viagem vamos de primeira classe ao Egito.<br /><br />Antigo Egito é a expressão que define a civilização da Antiguidade que se desenvolveu no canto nordeste do continente africano, onde atualmente localiza-se o país Egito. A nação do antigo Egito tinha como fronteira a norte o Mar Mediterrâneo, a oeste o deserto da Líbia, a leste o deserto da Arábia e a sul a primeira catarata do rio Nilo.<br /><br />A história do Antigo Egipto inicia-se em cerca de 3150 a.C., altura em que se verificou a unificação dos reinos do Alto e do Baixo Egipto, e termina em 30 a.C. quando o Egipto, já então sob dominação estrangeira, se transformou numa província do Império Romano, após a derrota da rainha Cleópatra VII na Batalha de Ácio. Durante a sua longa história o Egipto conheceria três grandes períodos marcados pela estabilidade política, prosperidade económica e florescimento artístico, intercalados por três períodos de decadência. Um desses períodos de prosperidade, designado como Império Novo, correspondeu a uma era cosmopolita durante a qual o Egipto dominou, graças às campanhas militares do faraó Tutmés III, uma área que se estendia desde Curgos (na Núbia, entre a quarta e quinta cataratas do rio Nilo) até ao rio Eufrates.<br /><br />A civilização egípcia foi umas das primeiras grandes civilizações da Humanidade e manteve durante a sua existência uma continuidade nas suas formas políticas, artísticas, literárias e religiosas, explicável em parte devido aos condicionalismos geográficos, embora as influências culturais e contactos com o estrangeiro tenha sido também uma realidade.<br /><br />As duas faces da Paleta de Narmer (reprodução exposta no Royal Ontario Museum, Canadá).Em tempos recuados o Egipto foi uma savana. Quando se inicia o Neolítico, por volta de 6000 a.C., o território já tinha adquirido as características áridas que o caracterizam actualmente. As principais culturais do Neolítico no Egipto estão documentadas no Faium e em El-Omari (norte) e em Tasa e Mostagueda (sul).<br /><br />O período pré-dinástico (período anterior às dinastias históricas) vê nascer no Alto Egipto três culturas: a badariense, a amratiense e gerzeense. Esta última civilização acabará por se estender a todo o Egipto. Nesta época produzem-se instrumentos de cobre e pedra, assim como uma cerâmica vermelha decorada com motivos geométricos e animais estilizados.<br /><br />Teria sido Narmer, um rei do Alto Egipto, quem unificou as duas regiões por volta de 3100 a.C. Uma placa de xisto, conhecida como a Paleta de Narmer, comemora este evento. Um dos lados desta placa mostra Narmer usando a coroa do Alto Egipto (a coroa branca), enquanto que o outro lado mostra-o com a coroa do Baixo Egipto (a coroa vermelha) num cortejo triunfal. Narmer é identificado por alguns egiptólogos com Menés, nome pelo qual é designado o primeiro rei do Egipto na lista de Maneton.<br /><br />Época Tinita<br />A Época Tinita corresponde às duas primeiras dinastias egípcias. De acordo com a informação transmitida por Maneton, o Papiro Real de Turim e a Lista Real de Abido o primeiro rei do Egipto unificado foi Menés, que alguns egiptólogos identificam com Narmer e outros com Aha.<br /><br /> <br />Estela do rei Djet, I dinastia.Segundo Maneton estas dinastias tiveram como capital a cidade de Tis, cuja localização é até hoje desconhecida, embora se saiba que estaria no Alto Egipto. Porém, como revela a investigação, a capital do Egipto teria sido movida a certa altura para Mênfis.<br /><br />Durante a I dinastia assistiu-se ao desenvolvimento da escrita hieroglífica. Os soberanos da Época Tinita dinastias lançaram as bases para a futura grandeza do Egipto, combatendo os Núbios (a sul), os Líbios (a oeste) e os Beduínos (a leste), populações que tinham como principal objectivo fixar-se no Egipto.<br /><br />As manifestações artísticas deste período revelam já uma grande perfeição e o culto dos mortos e a mumificação já eram praticados. O culto da maior parte das divindades egípcias também se encontrado atestado.<br /><br />Império Antigo e Primeiro Período Intermediário<br />Este período iniciou-se com a III dinastia, existindo algumas dúvidas quanto a quem terá sido o seu primeiro rei, se Sanakht ou Djoser (este último terá sido filho ou irmão do último rei da II dinastia).<br /><br />A III dinastia manteve a capital em Mênfis, cidade que se transformou num grande centro económico e cultural.<br /><br /> <br />Estátua de Menkaura, feita de alabastro, localizada no Museu de Belas Artes de Boston.O rei Djoser apoiou-se na sua acção governativa no vizir (uma espécie de "primeiro-ministro") Imhotep. Para além de vizir, Imhotep foi também arquitecto e muito mais tarde foi transformado em deus, considerado filho da divindade Ptah. Foi ele quem projectou a construção da denominada "pirâmide em degraus" em Sakara (embora do ponto de vista geométrico não se trata de uma pirâmide), necrópole na qual se situam a maioria dos túmulos reais do Império Antigo. Esta "pirâmide", com 61 metros e que resultou da sobreposição de seis mastabas, seria o primeiro passo na evolução de uma arquitectura cada vez mais grandiosa que atinge o seu apogeu durante a IV dinastia, com as Pirâmides de Guiza. Estava integrada num conjunto mais amplo, um santuário onde os sacerdotes realizavam os ritos funerários para o rei defunto.<br /><br />A IV dinastia teve em Seneferu o seu primeiro rei que conduziu campanhas militares contra os habituais inimigos dos egípcios (Núbios, Líbios e Beduínos). Destas lutas resultou o domínio do Egipto sobre a Baixa Núbia. O segundo rei desta dinastia, Khufu, (Quéops) ordenou a construção da maior das três pirâmides de Guiza (Gizé), que possui cerca de 2,3 milhões de blocos de pedras e 146, 5 metros de altura (actualmente possui apenas 139 metros de altura). A construção das pirâmides encontrava-se dependente de um clima de paz e estabilidade. Ao contrário de uma ideia feita, que já se encontrava presente nos autores da Antiguidade, estas pirâmides não foram construídas por escravos, mas por trabalhadores desocupados durante o período de cheias do Nilo. Segundo as concepções da época, o rei era um intermediário entre os deuses e os seres humanos; assim participar na construção das pirâmides que abrigariam o corpo do rei era considerado como um acto de piedosa religiosa.<br /><br />Na V dinastia ocorre a afirmação do clero de Heliópolis, cidade próxima de Mênfis, passando os reis a considerarem-se filhos do deus Rá. Este deus adquiriu grande importância e para ele foram construídos estruturas arquitectónicas conhecidas como templos solares, dos quais apenas foram descobertos dois, o de Userkaf e de Niuserré.<br /><br />A VI dinastia, composta por sete soberanos (entre os quais possivelmente a primeira mulher a comandar o Egipto, Nitócris [4]) é geralmente considerada a última dinastia do Império Antigo. Durante a parte final da dinastia, e particularmente durante o longo reinado de Pepi II (que teria durado 94 anos), assiste-se a uma decadência do poder real. Os administradores das províncias, os nomarcas, tinham-se tornado bastante poderosos e independentes do poder central.<br /><br />O Primeiro Período Intermediário assistiu à afirmação de duas dinastias rivais, a de Heracleópolis Magna (Baixo Egipto) e a de Tebas (Alto Egipto). As mudanças climáticas a que o território foi sujeito neste período, que tornaram o clima mais seco, provocaram fracas colheitas e a fome.<br /><br />Império Médio<br /> <br />Cabeça de esfinge de Amenemhat III em alabastro (Museu do Louvre).Mentuhotep II, rei de Tebas, conseguiu reunificar o Egipto, fixando a capital em Tebas. Amenemhat I (ou Amenemés), inicia a XII dinastia, transladando a capital para Iti-taui (nome que significa "aquela que conquista o duplo país"), a sul de Mênfis. Constrói também fortalezas no delta e na região a oeste cujo objectivo era evitar os ataques estrangeiros. Progressivamente, os nomarcas perderam a sua autonomia local e submetera-se ao poder dos reis.<br /><br />O sucessor de Amenemhat I, Senuseret I (Sesóstris), associado ao trono ainda durante a vida do seu pai, teve como preocupação assegurar o controlo das minas da Núbia. Amenemhat III, sexto rei da XII dinastia, ordenou a realização de grandes trabalhos na área do oásis do Faium, que se tornaria um importante centro agrícola. Em Hawara, perto deste óasis, Amenemhat mandou construir um grande templo funerário, que Heródoto considerava mais belo que as grandes pirâmides e que está hoje perdido devido à sua destruição. O último soberano desta dinastia foi uma mulher, Sebekneferu, a primeira mulher cujo governo do Egipto é atestado com segurança.<br /><br />O Egipto do Império Médio manteve relações diplomáticas com Fenícia e com Creta, tendo também realizado expedições comerciais ao Punt.<br /><br />A XIII dinastia, com dezassete faraós - o que revela uma certa instabilidade política - assistiu à tomada das fortalezas do sul do Nilo pela Núbia. Por volta de 1800 a.C. povos do Médio Oriente fixam-se na região oriental do Delta. Em consequência desta invasão os soberanos egípcios deixam o delta, a caminho do sul do país.<br /><br />Segundo Período Intermediário<br />Os egípcios referiam-se aos povos semitas que se fixaram no delta como Heka-khasut, "chefes de terras estrangeiras". Estes povos são conhecidos pelo seu nome grego, Hicsos. Os Hicsos eram povos oriundos da região da Síria que progressivamente usurparam o poder, tomando o título de faraós. Dominaram o Egipto a partir da sua capital, Aváris, no nordeste do delta. A XV e XVI dinastias da história do Antigo Egipto foram constituídas por Hicsos.<br /><br />Os Hicsos introduziram elementos novos na civilização egípcia como o cavalo, os carros de guerra, novos métodos de fiação e tecelagem e novos instrumentos musicais.<br /><br />A XVII dinastia, sediada em Tebas, era uma dinastia nacional, contemporânea à dos Hicsos. Se de início se tornam vassalos dos Hicsos, aos poucos começam a expulsá-los.<br /><br />Império Novo<br /> Este artigo ou secção contém uma lista de fontes ou uma única fonte no fim do texto, mas estas não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a verificabilidade. (desde Julho de 2009)<br />Você pode melhorar este artigo introduzindo notas de rodapé citando as fontes, inserindo-as no corpo do texto quando necessário. <br /> <br />Mapa da extensão territorial máxima do Antigo Egito (século XV a.C.).Ahmés (ou Amósis), primeiro rei da XVIII dinastia, conclui a tarefa de expulsão dos Hicsos, dando início ao Império Novo. A reunificação do país foi realizada a partir da cidade de Tebas, que seria a capital do Egipto durante a maior parte deste período. Ahmés esforçou-se por melhorar a economia, tendo as fronteiras do país sido alargadas para oeste e para o sul. Este rei iniciou uma política expansionista e militarista que seria continuada pelos seus sucessores. Durante a XVIII Dinastia o Antigo Egipto controlaria territórios que compreendem o que é hoje o Sudão, bem como a região da Palestina e da Síria, até ao rio Eufrates.<br /><br />Tutmés III, quinto rei desta dinastia, foi talvez o melhor representante desta tendência imperalista, com as suas dezassete campanhas militares na região da Síria-Palestina. Hatchepsut, a sua madrasta, tinha governado o Egipto na sua menoridade. Hatchepsut tinha sido esposa e meia-irmã de Tutmés II, pai de Tutmés III. De início a rainha opta por governar na qualidade de representante de Tutmés III, mas em poucos anos decide adoptar títulos reservados aos faraós (como "Senhora dos Dois Países"), mandando erguer dois obeliscos em Karnak (acto reservado aos faraós). Para legitimar o seu governo, Hatchepsut apresentou-se como filha de Amon, deus que se teria unido à sua mãe. Foram duas década marcadas em geral pela paz, com o envio de uma expedição ao Punt. Após a morte de Hatchepsut, Tutmés III dedicou-se a apagar as inscrições que continham o nome da madrasta. Foi sucedido pelo seu filho Amen-hotep II, que foi por sua vez sucedido por Tutmés IV. Amen-hotep III governou durante quarenta anos, numa era que seria marcada pela paz, prosperidade e pelo florescer das artes.<br /><br /> <br />As quatro colossais estátuas de Ramsés II na entrada do templo de Abu Simbel.O seu filho, Amen-hotep IV, inicia uma revolução religiosa encaminhada no sentido do "monoteísmo", na qual o culto deveria ser reservado a Aton, o disco solar. Este faraó, cuja esposa foi a famosa Nefertiti, alterou o seu nome para Akhenaton ("O Esplendor de Aton") e abandonando Tebas, fixa-se numa nova capital mandada por si edificar, Akhetaton ("Horizonte de Áton"), a actual Amarna (por esta razão este conturbado período é designado como o "período de Amarna"). Os sucessores de Akhenaton, entre os quais o "faraó-menino" Tutankhamon, conhecido pelos tesouros do seu túmulo, abandonaram estas concepções religiosas, retornando às antigas.<br /><br />Ramsés II, terceiro rei da XIX dinastia, entrou em guerra com os Hititas da Ásia Menor por causa do controlo da Síria. Na Batalha de Kadesh nenhuma das partes se consagrou vencedora, apesar das fontes egípcias apresentarem o episódio como uma vitória do país. O conflito foi terminado com um tratado de paz, o primeiro de que há conhecimento na história da humanidade. Os Egípcios e os Hititas dividem o controlo daquela região e Ramsés casa com uma das filhas do rei hitita. Foi também Ramsés II que ordenou a construção dos templos de Abu Simbel. Para aproximar-se de seus inimigos e dos territórios que pretendia dominar, Ramsés II mandou construir uma nova capital, perto do delta do Nilo. Esta magnífica cidade, a que Ramsés deu o nome de Pi-Ramsés, tinha uma incrível estrutura militar, com um grande quartel-general que abrigava, inclusive, cavalos para a guerra e um complexo industrial bélico que produzia todo o tipo de armas e também carros de batalha. Ramsés II também dispunha de uma rede de fortalezas e um exército profissional bem pago. Ramsés III, da XX dinastia, teve de combater a invasão dos Povos do Mar e dos Líbios, que conduziram o Egipto a um novo período de decadência. Os últimos reis da XX dinastia tiveram um papel apagado.<br /><br />Terceiro Período Intermediário e Época Baixa<br /> <br />Por volta de 730 a.C., líbios vindos do oeste fragmentaram a unidade política do país.Durante o Terceiro Período Intermediário o Egipto é dominado por algumas dinastias de origem estrangeira. A partir da cidade de Tânis a XXI dinastia governou apenas o Delta, enquanto que no sul existia uma dinastia paralela composta pelos sumo sacerdotes de Amon. Os membros da XXII e XXIII dinastias são de origem líbia, embora já tivessem adoptado a cultura egípcia. No século VIII a.C., a região da Alta Núbia, o Kush, conquista o Egipto, onde instala um dinastia, a XXV.<br /><br />Os Assírios acabariam por derrotar a dinastia núbia, impondo como rei Psametek I (primeiro soberano da XXVI dinastia), um princípe da cidade de Sais, no Delta. Contudo, Psametek acabará por se rebelar contra os Assírios, tendo reunificado o país. O último rei da XXVI dinastia, Psametek III, seria derrotado pelos Persas de Cambises II que ocupam o Egipto a partir de 525 a.C. e constituem a XXVII dinastia.<br /><br />A invasão de Cambises ficou conhecida pela estratégia aplicada pelos persas: sabendo que os Egípcios tinham verdadeiro culto e temor aos gatos, Cambises colocou, a frente de cada linha de invasão, balaios repletos de gatos, que fizeram com que a população recuasse e não resistisse tanto à invasão.<br /><br />Dinastia ptolomaica<br />Ver artigo principal: Dinastia ptolomaica<br />Em 332 a.C., Alexandre, o Grande conquistou o Egito com pouca resistência por parte dos Persas e foi saudada pelo egípcios como um libertador. A administração criada pelos sucessores de Alexandre, a Ptolomaica, foi baseada no modelo egípcio e teve como base a nova cidade de Alexandria. A cidade foi feita para mostrar o poder e o prestígio do Estado grego, e tornou-se um lugar de aprendizado e cultura, centrada na famosa Biblioteca de Alexandria.[5] O Farol de Alexandria iluminava o caminho dos muitos navios que passavam no mar mediterrâneo para estabelecer comércio com a cidade.<br /><br /> <br />Um dos retratos de Fayum, uma das tentativas de unir as culturas egípcia e romana.A cultura grega não suplantou a cultura egípcia nativa, os Ptolomaicos mativeram as tradições egípcias em um esforço para garantir a lealdade da população. Eles construíram novos templos em estilo egípcio, apoiaram os tradicionais cultos e portaram-se como faraós. Algumas tradições foram fundidas, como aconteceu entre os deuses gregos e egípcios que foram sincretizados dando origem a outros deuses, como Serápis. Apesar dos esforços para apaziguar os egípcios, os Ptolomaicos foram contestadas por uma rebelião do povo nativo, por amargas rivalidades familiares, e por uma poderosa máfia de Alexandria, que tinha se constituído depois da morte de Ptolomeu IV.[6] A continuação das revoltas egípcias, políticos ambiciosos e poderosos oponentes sírios fizeram com que a situação ficasse instável, levando Roma a enviar forças para garantir que o país fosse uma província do seu império.[7]<br /><br />Época Greco-romana<br />Ver artigo principal: Egito (província romana)<br />Em 404 a.C. os Egípcios conseguiram reconquistar o poder, mas os Persas tomam de novo o país em 343 a.C. Em 332 a.C. Alexandre Magno conquista o Egipto; quando morre, em 323 a.C., Ptolemeu, um dos seus generais, torna-se governador e em 305 a.C. rei. Ptolemeu, de origem macedónia, dá origem à dinastia dos Lágidas que governa o Egipto nos próximos três séculos. A última representante desta dinastia foi a famosa rainha Cleópatra VII, derrotada em 31 a.C. pelos Romanos na Batalha de Ácio. Em 30 a.C. o Egipto transformou-se numa província de Roma, administrada por um prefeito de origem equestre. Enquanto província, o Egipto teve uma importância fundamental para Roma, pois era do seu território que vinha o cereal do império.<br /><br />Geografia<br /> <br />Imagem de satélite (SPOT) do Rio NiloO território no qual se desenvolveu a civilização do Antigo Egipto corresponde, em termos tradicionais, à região situada entre a primeira catarata do rio Nilo, em Assuão, e o Delta do Nilo. O Sinai, situado a leste do Delta do Nilo, funcionou como via de acesso ao corredor sírio-palestiniano, designação atribuída à faixa de terra que ligava o Egipto à Mesopotâmia. A oeste do Delta, surge o deserto da Líbia (ou deserto ocidental), onde se encontram vários oásis dos quais se destacam o de Siuá, Kharga, Farafra, Dakhla e Bahareia. O deserto da Árabia (ou deserto oriental), estende-se até ao Mar Vermelho. A sul da primeira catarata situava-se a Núbia, cuja cultura e habitantes já eram vistos como estrangeiros. Em diversos momentos, o Egipto ultrapassou a primeira catarata e tomou posse de territórios Núbios, onde obtinha diversas matérias-primas.<br /><br />O território do Antigo Egipto não deve ser por isso confundido com o território da moderna República Árabe do Egipto, dado que esta se estende para sul da primeira catarata do Nilo até ao paralelo 22ºN e inclui partes dos deserto da Líbia e do deserto da Arábia, bem como a península do Sinai.[8]<br /><br />Esta civilização desenvolveu-se graças à existência do rio Nilo, sem o qual o Egipto não seria diferente dos desertos que o cercam. Neste sentido, é bem conhecida a frase do historiador grego Heródoto (que visitou o Egipto em meados do século V a.C.), segundo a qual o Egipto era uma dádiva do Nilo, retomando o historiador uma afirmação anterior de Hecateu de Mileto.<br /><br />Os dois afluentes principais do rio Nilo são o Nilo Branco (que nasce no Lago Vitória) e o Nilo Azul (oriundo dos planaltos da Etiópia). O Nilo corre de sul para norte, desaguando no Mar Mediterrâneo, com uma extensão aproximada de 6695 quilómetros. Todos os anos as inundações do rio, que se iniciavam no Egipto na segunda metade de Julho e terminavam em meados de Outubro, depositavam nas margens uma terra negra que fertilizava o solo e que permitiu a prática da agricultura (actualmente o fenómeno das inundações do Nilo já não existe no Egipto graças à construção da barragem de Assuão). Os Egípcios dependiam portanto deste rio e das inundações para a sua sobrevivência. Para além disso, o Nilo era a principal via de transporte, quer de pessoas, quer de materiais. Apesar da dependência do Nilo, o Antigo Egipto não deve ser considerado apenas um dom de condições geográficas especiais, como afirmou Heródoto, que talvez quisesse, com esta afirmação, explicar por que o Egipto já era uma grande civilização enquanto os gregos ainda viviam em aldeias isoladas. O ponto fundamental é que o Antigo Egipto também só existiu graças ao seu sistema de governo centralizado, que organizava a enorme mão-de-obra constituída pela massa de camponeses, e ao engenho de seus construtores, que, desde épocas remotas, edificaram barragens e canais de irrigação para tirar o máximo proveito das águas do Nilo.<br /><br />Vale do rio Nilo<br /> <br />Vista aérea de um trecho do rio Nilo próximo a Luxor.O rio Nilo era a fonte de vida do povo egípcio, que vivia basicamente da agricultura.<br /><br />No período das cheias, as fortes chuvas sazonais (junho a setembro), faziam o Rio Nilo transbordar, encobrindo grandes extensões de terras que o margeavam, mas também, este fenômeno fertilizava o solo ao depositar matéria orgânica (fertilizante de primeira qualidade) neste.<br /><br />Além de fertilização do solo, o rio trazia grande quantidade de peixes e dava chances a milhares de barcos que navegavam sobre as águas fluviais.<br /><br />Para o povo egípcio era uma verdadeira bênção dos deuses. Aliás, o próprio rio era tido como sagrado. O historiador antigo Herotodo fez conhecida a frase "o Egito é uma dádiva do Nilo" - ideia essa que causa a ilusão de que a prosperidade alcançada por esse povo se devia unicamente às condições naturais. Mas para o Egipto, o Nilo não era apenas um presente da natureza. Havia necessidade da inteligência, do trabalho, da aplicação e da organização dos homens. Após as cheias, as margens do rio ficavam cobertar por húmus - adubo natural, que dava ao solo a fertilidade necessária para o plantio. No tempo da estiagem, num trabalho de união de forças e de conjunto, os egípcios aproveitaram as águas do rio para levar a irrigação até terras mais distantes ou construir diques para controlar as cheias, protegendo o vale contra essas catástrofes terríveis. No período das cheias, os camponeses eram encaminhados para as cidades, onde realizavam outros trabalhos que não a agricultura.<br /><br />Com as cheias, desapareciam as divisas das propriedades agrícolas. Assim, todos os anos era necessário o trabalho do homem para medir, calcular, e isso ocasionou o desenvolvimento da geometria e da matemática.<br /><br />Embarcações no rio Nilo<br /> <br />Embarcação egípcia retratada no Túmulo de Menna.A área cultivada e habitada do Egipto é longa e muito estreita,e o Nilo percorre-a toda.Por isso,nos tempos em que não existiam estradas de ferro nem automóveis,o meio mais fácil e mais rápido de viajar e transportar cargas pesadas era através de embarcações de diversos tamanhos.Quando se tornava necessário efectuar uma viagem,os egípcios pensavam imediatamente em barcos.Até acreditavam que o Deus do sol,Rá,navegava através do céu,todos os dias,num barco do Nilo.O Nilo corre de sul para norte,mas o vento sopra,geralmente,no Egipto,de norte para sul.Portanto,um viajante que navegasse para norte,teria a corrente a seu favor.Isto facilitava o emprego dos remos,quase não precisaria servir-se das velas.Na viagem de regresso,o vento ajudá-lo-ia,de modo que poderia utilizar as velas.Mas,se o vento parasse,ver-se-ia em dificuldades para remar contra a corrente. Os barcos eram dirigidos por meio de remos especiais à proa.Os tamanhos das embarcações iam desde os pequenos barcos de junco até os grandes barcos mercantes de guerra.As barcaças elegantes fabricadas para o rei,e para os nobres,ou para transportar estátuas de deuses,eram pintadas com cores alegres e enfeitadas com ouro.Tinham confortáveis cabines e velas de cores berrantes.<br /><br />O Alto Egipto e o Baixo Egipto<br /> <br />Mapa do Antigo EgiptoNo Antigo Egipto distinguiam-se duas grandes regiões: o Alto Egipto e o Baixo Egipto.<br /><br />O Alto Egipto (Ta-chemau) era a estreita faixa de terra com cerca de 900 quilómetros de extensão que tradicionalmente começava em Assuão e terminava na antiga cidade Mênfis (perto da moderna Cairo).<br /><br />O Baixo Egipto (Ta-mehu) correspondia à região do Delta, a norte de Mênfis, onde o Nilo se dividia em vários braços. Território plano favorável à caça e à pesca, foi aqui onde mais se fizeram sentir os contactos com o estrangeiro, sobretudo nos últimos séculos da história do Antigo Egipto. Também, por vezes, se distingue na geografia egípcia uma região conhecida como o Médio Egipto, que é o território a norte de Qena até à região do Faium.<br /><br />Os nomes do Egipto<br />Ver artigo principal: Etimologia do Egipto<br />Os antigos Egípcios usaram vários nomes para se referirem à sua terra. O mais comum era Kemet, "a Terra Negra", que se aplicava especificamente ao território nas margens do Nilo e que aludia à terra negra trazida pelo rio todos os anos. Decheret, "a Terra Vermelha", referia-se aos desertos com as suas areias escaldantes, onde os egípcios só penetravam para enterrar os seus mortos ou para explorarem as pedras preciosas. Também poderiam chamá-la Taui ( "as Duas Terras", ou seja, o Alto e o Baixo Egipto), Ta-meri ("Terra Amada") ou Ta-netjeru ("A Terra dos Deuses"). Na Bíblia o Egipto é denominado Misraim. A actual palavra Egipto deriva do grego Aigyptos (pronunciado Aiguptos), que se acredita derivar por sua vez do egípcio Hetkaptah, "a mansão da alma de Ptah". Os habitantes actuais do Egipto dão o nome Misr ao seu país.<br /><br />Demografia<br />Os Antigos Egípcios foram o resultado de uma mistura das várias populações que se fixaram no Egipto ao longo dos tempos, oriundas do nordeste africano, da África Negra e da área semítica.<br /><br /> <br />Representação do povo hebreu no Antigo Egito por Edward Poynter (1867).A questão relativa à etnia dos antigos Egípcios é por vezes geradora de controvérsia, embora à luz dos últimos conhecimentos da ciência falar de raças humanas revela-se um anacronismo. Até meados do século XX, por influência de uma visão eurocêntrica, considerava-se os antigos Egípcios praticamente como brancos; a partir dos anos 1950 do século XX as teorias do "afro-centrismo", segundo as quais os Egípcios eram negros, afirmaram-se em alguns círculos.[9] Importa também referir que as representações artísticas são frequentemente idealizações que não permitem retirar conclusões neste domínio.<br /><br />Os Egípcios tinham consciência da sua alteridade: nas representações artísticas dos túmulos os habitantes do vale do Nilo surgem com roupas de linho branco, enquanto que os seus vizinhos líbios e semitas com roupas de lã.<br /><br />A língua dos Egípcios (hoje uma língua morta) é um ramo da família das línguas afro-asiáticas (camito-semíticas). Esta língua é conhecida graças à descoberta e decifração da Pedra de Roseta, onde se encontra inscrito um decreto de Ptolomeu V Epifânio (205-180 a.C.) em duas línguas (egípcio e grego) e em três escritas (caracteres hieroglíficos, escrita demótica e alfabeto grego). Em 1822 o francês Jean-François Champollion decifrou a escrita hieroglífica e a demótica que se encontravam na pedra, permitindo assim o acesso aos textos do Antigo Egipto e o começo da Egiptologia.<br /><br />O número de habitantes do Antigo Egipto oscilou segundo as épocas. Durante o período pré-dinástico (4500-3000 a.C.) a população rondaria os centenas de milhares; durante o Império Antigo (século XVII a XII a.C.) situar-se-ia nos dois milhões, atingindo os quatro milhões por altura do Império Novo. Quando o Egipto se tornou uma província romana a população deveria ser cerca de sete milhões. Esta população habitava nas terras agrícolas situadas nas margens do Nilo, sendo escassas as populações que viviam no deserto. Ao contrário das civilizações da Mesopotâmia, o Antigo Egipto não desenvolveu uma importante rede urbana.<br /><br />Governo<br />O topo da pirâmide política e social do Antigo Egipto era ocupado pelo rei ou faraó. O rei vivo era encarado como uma personificação do deus Hórus, enquanto que o rei morto que o tinha antecedido era associado a Osíris, pai de Hórus, independentemente de existir uma relação familiar entre soberanos. De uma maneira geral não se desenvolveu um culto em torno da pessoa do rei, com excepção de alguns monarcas do Império Novo. A partir da V dinastia os reis apresentam-se também como filhos de Ré, o deus solar. Durante o Primeiro Período Intermediário a imagem divina do rei enfraqueceu-se, tendo a mesma sido restaurada a partir da XII dinastia para atingir o seu apogeu na XVIII dinastia.<br /><br />Em teoria o rei era dono de tudo, inclusive dos seus súbditos. Era o comandante supremo do exército, funcionando também como a máxima autoridade judicial: os Egípcios poderiam recorrer de uma decisão judicial ao rei. Era igualmente o sumo-sacerdote do Egipto, o elo entre os homens e os deuses. Como não era fisicamente possível ao rei estar presentar em todos os templos egípcios para celebrar os cultos, este delegava o seu poder religioso aos sacerdotes que conduziam as cerimónias em seu nome.<br /><br /> <br />O faraó era geralmente representado usando símbolos da realeza e de poder.Embora existissem estas concepções "absolutistas" da figura do rei, este convivia com limitações ao seu poder, oriundas de conselheiros, funcionários, dos nobres, das famílias ricas, do clero e dos soldados, meios nos quais se teciam as intrigas políticas que poderiam conduzir ao assassinato de um rei e ao início de uma nova dinastia.<br /><br />Para além do seu nome de nascimento, os reis egípcios tinham outros nomes. A partir da V dinastia a titulatura do reis incluía cinco nomes reais: nome de Hórus, nome das Duas Senhoras, nome de Hórus de Ouro, prenome e nome; estes dois últimos nomes eram inscritos no interior de uma cartela.<br /><br />Os reis do Antigo Egipto são habitualmente denominados como "faraós", mas esta palavra, que deriva de per-aá, não foi a mais usada no Egipto para se referir ao monarca; os Egípcios usavam termos como nesu (rei) ou neb (senhor). O termo per aá, que significa "grande morada", aplicava-se de início ao palácio real; só a partir da XVIII dinastia é que o termo foi também usado para se referir à pessoa do rei e em larga medida por influência dos povos estrangeiros.<br /><br />A rainha era denominada hemet nesut, "esposa do rei"; tinha em geral uma origem real, sendo por vezes irmã do rei, mas filha de outra mãe. Durante a época do Império Novo algumas rainhas consortes desempenharam um importante papel político junto dos esposos, como Ahmés-Nefertari, Tié ou Nefertiti. Habitualmente o filho mais velho da rainha principal sucedia ao pai.<br /><br />O rei era detentor de uma estética própria, resultado do uso de certas roupas e de determinadas insígnias que lhe estavam reservadas. No queixo colocava uma barba postiça, delgada e rectangular (que a própria Hatchepsut, apesar de ser uma mulher, apresenta em algumas representações artísticas) e na cabeça usava um pano, o "nemes", à frente do qual encontrava-se uma serpente denominada uraeus que se acreditava poder repelir os seus inimigos. O soberano possuía várias coroas, vistas como objectos detentores de uma energia própria, sendo as mais importantes a coroa branca do Alto Egipto (hedjet) e a coroa vermelha do Baixo Egipto (decheret), que combinadas formavam o pschent ou coroa dupla. Para além das coroas, existiam os ceptros, dos quais se destacam o hekat (uma espécie de báculo) e o nekhakha (um látego). O faraó poderia ser simbolicamente representado como uma esfinge, e era associado a animais como a pantera, o leão e o boi.<br /><br />A figura política mais importante ao seguir ao rei era o tjati, cargo habitualmente traduzido como "vizir", o que constitui um erro, visto que os vizires só surgem muito mais tarde e entre as dinastias islâmicas. O detentor do cargo, que surgiu a partir da IV dinastia, possuía poderes judiciais, supervisionava os grandes projectos de construção e aconselhava o rei. Em alguns períodos da história egípcia existiram dois tjati, um para o Alto Egipto e outro para o Baixo Egipto. O tjati era tido em grande consideração pela população, que se referia a ele como o "amigo do Egipto".<br /><br />O Antigo Egipto dividia-se em nomos ou províncias (em egípcio, sepat). Durante a maior parte da história egípcia existiram 42 nomos, 20 no Baixo Egipto e 22 no Alto Egipto. À frente de cada nomo encontrava-se um governador (nomarca), cargo de início obtido por nomeação para passar a ser hereditário. Estes governadores, que em determinados períodos da história egípcia governavam um estado dentro do estado, cumprem as ordens do rei, conduzem os trabalhos públicos e aplicam a justiça.<br /><br />Economia<br /> <br />Detalhe de pintura mural no túmulo do funcionário Sennedjem (XIX dinastia), c. 1200 a.C.A economia do Antigo Egipto assentava na agricultura. Em teoria todas as terras pertenciam ao rei, mas a propriedade privada foi uma realidade. Os documentos revelam que a partir da IV dinastia afirmou-se uma tendência para a privatização do solo, resultado de doações de terras por parte do rei aos funcionários ou da aquisição desta por parte dos mesmos. Por altura da V dinastia os templos possuíam também grandes propriedades.<br /><br />Quando terminavam as inundações do Nilo surgiam nas aldeias egípcias uma equipa de funcionários que marcava as bordas das terras que poderiam a partir de então ser cultivadas pelos camponeses. A plantação decorria no mês de Outubro, sendo as sementes fornecidas aos agricultores pelo palácio real. As culturas mais importantes eram o trigo (tipo emmer) e cevada, que permitiam fazer o pão e a cerveja, alimentos que eram a base da alimentação egípcia.<br /><br /> <br />Pintura mural de um túmulo retratando trabalhadores arando os campos, a colheita das culturas e a debulha de cereais sob a direção de um supervisor.Os agricultores lavravam a terra com um arado puxado por bois, abriam canais e levantavam diques. A época das colheitas ocorria em Abril, altura em que as espigas eram levadas para a eira, onde as patas dos bois as debulhavam. Uma vez separados os grãos da palha, estes eram colocados em sacas que eram enviadas para os celeiros reais. Estes celeiros armazenavam as colheitas que eram distribuídas pelos funcionários e pela população em geral.<br /><br />A população que não trabalhava nos campos dedicava-se a várias tarefas como a produção de pão e mel, a fabricação de cerveja, a olaria e a tecelagem. A pesca era praticada ao anzol ou com rede.<br /><br />O subsolo do Antigo Egipto era rico em materiais de construção, bem como em pedras preciosas. Entre os primeiros destacavam-se os granitos cor de rosa das pedreiras do Assuão, o alabastro das proximidades de Amarna, o pórfiro e os basaltos. As pedras preciosas eram extraídas do Sinai (turquesa e malaquite) e dos desertos do leste e do oeste (quartzo, feldspato verde, ametista e ágata).<br /><br />Desde a época do Império Antigo que o Egipto tinha contactos comerciais com a região siro-palestinense (Biblos), de onde vinha a madeira, escassa e necessária no Egipto para fabricar o mobiliário e caixões. Da Núbia o Egipto exportava o ébano, as plumas de avestruz, as peles de leopardo, incenso, marfim e sobretudo o ouro. Todo o comércio estava baseado na permuta de bens, já que a moeda só surgiu muito mais tarde, na Lídia do século VIII ou VII a.C.<br /><br />Também produzia: linho, papiro e legumes.<br /><br />Sociedade<br /> <br />Estátua de um escriba sentado (IV dinastia, c. 2620-2500 a.C.)A sociedade do Antigo Egipto apresentava uma estrutura fortemente hierarquizada. Em termos gerais podem distinguir-se três níveis com uma importância decrescente: o nível composto pelo faraó, nobres e altos funcionários; o nível constituído por outros funcionários, por escribas, altos sacerdotes e generais; e por último, o nível composto pelos agricultores, artesãos e sacerdotes, onde se enquadrava a larga maioria da população.<br /><br />No período mais antigo da história egípcia os altos cargos da administração permaneciam dentro da família real. Apenas mais tarde é que os cargos passaram para uma elite e tornaram-se hereditários. A possibilidade de ascender a um cargo em função de mérito também existiu. A hereditariedade nas ocupações era característica do Antigo Egipto: esperava-se que um filho seguisse a profissão do pai.<br /><br />Apesar de ser praticamente igual ao homem do ponto de vista legal, a mulher no Antigo Egipto estava relegada a uma posição secundária. Os seus papéis principais eram os de esposa, mãe ou amante. Encontraram-se em geral excluídas dos cargos de administração e do governo, com excepção de algumas rainhas que governaram o Egipto como último recurso (enquanto regentes na menoridade do faraó ou em casos em que o faraó não teve filhos do sexo masculino).<br /><br />Uma importante esfera de acção da mulher era a religiosa. Durante a Época Baixa o cargo de adoradora divina de Amon em Tebas implicou uma certa dose de poder e riqueza; porém, as mulheres que ocuparam este cargo foram em geral filhas ou esposas do faraó.<br /><br /> <br />Um casal com o seu filho (IV Dinastia).O casamento era monogâmico e não era sancionado pela religião. Não existia uma cerimónia de casamento, nem um registro deste. Aparentemente bastava um casal afirmar que queria coabitar para que a união fosse aceite. Os homens casavam por volta dos dezesseis, dezoito anos e as mulheres por volta dos doze, catorze anos. A infidelidade feminina era mal vista e poderia ser motivo de divórcio. Os homem com uma posição económica mais elevada poderia ter, para além da esposa legítima (nebet-per, "a senhora da casa"), várias concubinas, o que era visto como um sinal de riqueza. A harmonia familiar era bastante valorizada pelos Egípcios: vários textos da literatura sapiencial recomendam o homem a tratar bem a sua esposa e a ter vários filhos.<br /><br />Na corte faráonica existiram casos de bigamia e de poligamia, onde o rei, para além da esposa principal, mantinha várias esposas secundárias e amantes. Um dos casos mais conhecidos foi o de Ramsés II, que para além de ter tido como esposa principal Nefertari, teve outras mulheres; destas uniões teriam mesmo resultado 150 filhos.<br /><br />Homens e mulheres usavam adornos, como pulseiras, anéis e brincos. Estes adornos continham pedras preciosas e frequentemente amuletos, dado que os Egípcios eram um povo supersticioso, que acreditava por exemplo na existência de dias nefastos. Os dois sexos usavam também maquilhagem, que não cumpria apenas funções estéticas, mas também higiénicas. As pinturas para os olhos eram de cor verde (malaquite) e negra. Óleos e cremes eram aplicados sobre o cabelo e a pele como forma de hidratação num clima seco e quente. Alguns egípcios rapavam completamente o cabelo (para evitar piolhos) e usavam perucas.<br /><br />A escravatura não teve no Antigo Egipto a dimensão que alcançou em outras civilizações da Antiguidade, como na Grécia ou em Roma. Foi bastante expressiva no Império Novo, em resultado das campanhas militares egípcias na Ásia, das quais resultaram muitos prisioneiros. Os escravos poderiam trabalhar no exército, no palácio real e nos templos. As suas condições de vida não eram muito diferentes das dos trabalhadores livres; podiam arrendar terras e casar com mulheres livres. Um escravo poderia ser libertado a qualquer momento, bastando para tal uma declaração do dono perante testemunhas.<br /><br />Hierarquia social<br />No topo da pirâmide vem o faraó, com poderes ilimitados. Isso porquê ele era visto como pessoa sagrada, divina, e aceito como filho de deus ou como o próprio deus. É o que se chama de governo teocrático, isto é, governo em nome de deus.<br /><br />Faraó era um rei todo-poderoso, proprietário de todo o território. Os campos, os desertos, as minas, os rios, os homens, as mulheres, o gado e todos os animais – tudo lhe pertencia. Ele era ao mesmo tempo rei, juiz, sacerdote, tesoureiro, general. Era ele que decidia e dirigia tudo, mas, não podendo estar em todos os lugares, distribuía obrigações para centenas de funcionários que o auxiliavam na administração do Egito. A sagrada figura do faraó era elemento básico para a unidade de todo o Egito. O povo via no faraó a sua própria sobrevivência e a esperança na felicidade. <br />Sacerdotes tinham enorme prestígio e poder, tanto espiritual como material, pois administrava as riquezas e os bens dos grandes e ricos templos. Eram também os sábios do Egito, guardadores do segredos das ciências e dos mistérios religiosos com seus inúmeros deuses. <br /> <br />O faraó representava a própria vida do Egito, sendo o top da hierarquia da nação. Era o deus vivo, adorado e reverenciado. Na foto estátua de Tutmés III, no Museu Egípcio do Cairo.Altos funcionários, o mais importante era o vizir, responsável pela administração do imperio. Ele controlava a arrecadação de impostos, chefiava a policia, fiscalizava as construções e as obras públicas, alem de presidir o mais alto tribunal de justiça e ser o comandante-em-chefe das tropas. <br />Nomarcas eram administradores das províncias ou nomos. Assumiam funções importantes em suas províncias, como as de juizes e chefe político e militar, mas estavam subordinados ao poder de faraó. <br />Soldados defendiam o reino e auxiliavam na manutenção de paz. Eram respeitados pelo faraó e pela sociedade. Tinham direito a vários benefícios, o que lhes garantia prestigio e riquezas. <br />Escribas, provenientes das famílias ricas e poderosas, aprendiam a ler e a escrever e se dedicavam a registrar, documentar e contabilizar documentos e atividades da vida no Egito. <br />Artesãos e os comerciantes. Os artesãos trabalhavam especialmente para os reis, para a nobreza e para os templos. Faziam belas peças de adorno, utensílios, estatuetas, máscaras funerárias. Travalhavam muito bem com madeira, cobre, bronze, ferro, ouro e marfim. Já os comerciantes se dedicavam ao comércio em nome dos reis e nobres ou em nome próprio, comprando, vendendo ou trocando produtos com outros povos, como cretenses, fenícios, povos da Somália, da Síria, da Núbia, entre tantos outros. O comércio forçou a construção de grandes barcos cargueiros. <br />Camponeses formavam a maior parte da população. Os trabalhos dos campos eram organizados e controlados pelos funcionários do faraó, pois todas terras eram do governo. As enchentes, os trabalhos de irrigação, semeadura, colheita, armazenamento dos grãos originavam trabalhos pesados e mal remunerados. O pagamento geralmente era feito com uma pequena parte dos produtos colhidos e apenas o suficiente para sobreviverem. Viviam em cabanas humildes e vestiam-se de maneira muito simples. Os camponeses prestavam serviços também nas terras dos nobres e nos templos. O Egito era essencialmente agrícola, pois não sobrava terra e vegetação suficiente para criar muitos rebanhos. À custa da pobreza dos camponeses eram cultivados cevada, trigo, lentilhas, árvores frutíferas e videiras. Faziam pão, cerveja e vinho. O Nilo oferecia peixes em abundância. <br />Escravos eram, na maioria, perseguidos entre os vencidos nas guerras. Foram duramente forçados ao trabalho nas grandes construções, como as pirâmides, por exemplo. <br />Mulheres<br />A situação das mulheres no Egito é claramente resumida no papel que lhes é atribuído na decoração mais antiga de túmulos. No cimo da hierarquia está a esposa, ou, por vezes, a mãe, do proprietário do túmulo, vestida de forma simples mas elegante, sentada comodamente com o marido a uma mesa de oferendas, numa estátua de grupo ou numa porta falsa. Por vezes, ela acompanha o marido quando este observa cenas de trabalho, mas é com mais frequencia representada quando o casal apresenta oferendas, podendo esta distinção indicar que o lugar dela era em casa. No outro extremo encontram-se cenas ou estatuetas de ervas e de mulheres ocupadas em trabalho servis, fazendo pão e cerveja, fiando ou tecendo. Também estas são atividades sedentárias, provavelmente levadas a cabo nos aposentos domésticos de uma casa ou propriedade. A cor da pele das mulheres, amarela, indica, entre outras coisas, uma menor exposição ao sol do que o vermelho dos homens e, por isso, uma existência mais fechada - como acontece com burocratas masculinos de sucesso.<br /><br />É possível que não fosse seguro às mulheres aventurarem-se a sair. Num texto póstumo, Ramsés III afirma: "Tornei possível à mulher egípcia seguir o seu caminho, podendo as suas viagens prolongar-se até onde ela quiser, sem que qualquer outra pessoa a assalte na estrada", o que implica não ter sido sempre este o caso.<br /><br /> <br />Detalhe de pintura mural do túmulo de Nebamun que mostra dançarinas e uma instrumentista. Museu Britânico, c. 1350 a.C.Nos túmulos mais antigos as mulheres estão ausentes dos trabalhos mais importantes e das diversões mais agradáveis, mas também não têm de realizar as tarefas mais duras. Os homens, por exemplo, fazem vinho, o que é mais árduo do que fazer cerveja. Para além das cenas de tocadoras de instrumentos e de dançarinas muito acrobáticas, o papel das mulheres nos períodos mais antigos parece ter sido muito modesto, embora isso possa ser devido a não podermos interpretar integralmente as fontes. No Império Novo as mulheres passaram a ter uma importância muito maior, o seu vestuário a ser mais esmerado e o conteúdo erótico das cenas em que são representadas mais definido, se bem que ainda muito codificado. O período tardio regressa praticamente ao antigo decoro.<br /><br />As mulheres não tinham quaisquer títulos importantes e, à exceção de alguns membros da família real e das rainhas reinantes, tinham pouco poder político. O título que detinham mais vulgarmente era o de "senhora da casa", termo de respeito que talvez signifique pouco mais do que "Srª Dona". Quase todas eram analfabetas e, portanto, excluídas da burocracia - a que é, de qualquer modo, pouco provável que tivessem aspirado - e da maior parte das áreas intelectuais da cultura. Fato sintomático do atrás referido é o de a idade a sensatez serem qualidades respeitadas nos homens, representados como estadistas idosos e corpulentos, mas não as mulheres. Nas representações dos túmulos não se distingue sequer a mãe de um homem da sua mulher, sendo ambas figuras jovens. O modo como são representadas as mulheres é, obviamente, parte da interpretação que os homens faziam delas e evidência um estado de coisas ideal. Na realidade, a influência das mulheres talvez não fosse tão circunscrita e podem ter desempenhado papéis muito mais variados do que as provas parecem sugerir.<br /><br />As estruturas familiares, por exemplo, parecem extremamente simplificadas. As normas da decoração de túmulos e estelas não deixam qualquer espaço para a viúva ou viúvo, o divorciado, os homossexuais ou para qualquer desvio em relação à monogamia - e, no entanto, sabe-se que todos eles ocorreram. Há uma história que conta o romance entre um rei e um oficial do exército e há episódios homossexuais no mito de Hórus e de Seth. Nos Impérios Antigo e Médio havia alguma poligamia e o rei podia ter muitas mulheres, embora apenas uma - para além da mãe, se ainda fosse viva - tivesse o título de "grande esposa do rei".<br /><br />Cultura<br />Religião<br /> <br />Pendente em ouro de Osorkon II (XXII dinastia). O deus Osíris (ao centro) acompanhado pelo seu filho Hórus e esposa, Ísis, formando uma tríade.Não existiu propriamente uma religião entre os Egípcios, no sentido contemporâneo da palavra (a própria palavra "religião" não existia na língua egípcia).<br /><br />A cultura egípcia era impregnada de religiosidade e a versão oficial da história egípcia era de caráter religioso. Em períodos mais recentes, até a própria economia se organizava à volta dos templos - o que não significa, necessariamente, que se tivesse tornado mais religiosa, já que os templos não eram, possivelmente, muito diferentes de outros senhorios. fosse como fosse, o que é claro é que o padrão de secularização, que temos tendência a tomar por certo no desenvolvimento das sociedades, não estava presente. A instituição central da monarquia acabou por perder o seu carisma, mas noutros aspectos tornou-se, de forma nítida, em vários aspectos: o oficial, de que sabemos bastante, a esfera funerária, que está também bem representada, e as práticas cotidianas da maioria da população, separadas, em larga medida, do culto oficial e mal conhecidas.<br /><br />A religião egípcia é tradicionalmente classificada como uma religião politeísta, conhecendo-se mais de duas mil divindades. Tratava-se de uma religião nacional, sem aspirações universais, que não era detentora de uma escritura sagrada. O mais importante na religiosidade egípcia não eram as crenças, mas o culto às divindades; assim, a religião egípcia preocupava-se mais com a ortopraxia do que com a ortodoxia. Alguns deuses eram adorados localmente, enquanto que outros assumiam um carácter nacional, sobretudo quando estava associados com determinada dinastia.<br /><br /> <br />O Livro dos Mortos, um conjunto de textos que ajudavam o morto na sua viagem pelo mundo subterrâneo.Os deuses eram ordenados e hierarquizados em grupos. O agrupamento básico era em três deuses, em geral um casal e o seu filho ou filha (tríade). Assim, por exemplo, a tríade da cidade de Tebas era composta por Amon, Mut e Khonsu. Os agrupamentos de divindades mais importantes foram a Enéade de Heliópolis e a Ogdóade de Hermópolis, que eram acompanhados por um relato sobre a criação do mundo.<br /><br />As representações dos deuses poderiam ser antropomórficas (forma humana), zoomórficas (forma de animal) ou uma combinação de ambas. Contudo, os Egípcios em momento algum acreditaram, por exemplo, que o deus Hórus, muitas vezes representado com um homem com cabeça de falção, tivesse de facto aquele aspecto. A associação dos deuses com determinados animais relacionava-se com a atribuição ao deus de uma característica desse animal (no caso de Hórus a rapidez do falcão).<br /><br /> <br />Estátua Ka, uma espécie de alma que os egípcios acreditavam que existia, tanto nos homens, como nos deuses.Os templos no Antigo Egipto eram a morada da divindade na terra. Ao contrário dos templos religiosos de hoje em dia, eles não eram acessíveis às pessoas comuns: apenas poderiam penetrar nas suas regiões mais sagradas, o faraó e os sacerdotes. Cada templo era dedicado a uma divindade e dentro dele achava-se a estátua dessa divindade guardada no naos; diariamente a estátua era lavada, perfumada, maquilhada e alimentada pelos sacerdotes. Em determinadas alturas do ano, a estátua saía do templo numa procissão, à qual a população assistia; durante o percurso actuavam músicos e cantores.<br /><br />Os Egípcios acreditaram numa vida para além da morte. Em princípio esta vida estava apenas acessível ao rei, mas após o Primeiro Período Intermediário esta concepção alargou-se a toda a população. Para aceder a esta vida era essencial que o corpo do defunto fosse preservado, razão pela qual se praticou a mumificação.<br /><br />Segundo crenças egípcias, para se conseguir a vida eterna, o morto deveria mostrar que não tinha pecados. Então, seu coração era colocado numa balança, tendo de se equilibrar com a "pena da verdade". Caso tivesse sucesso, o morto seria julgado puro. Caso não, seria levado à destruição eterna.<br /><br />Morte e cerimônias fúnebres<br /> <br />Máscara funerária de Tutancâmon (Museu Egípcio do Cairo).Os egípicios acreditavam que o ser humano era formado por Ka (o corpo) e por Rá (a alma). Para eles, no momento da morte, a alma (Rá) deixava o corpo (Ká), mas ela podia continuar a viver no reino de Osíris ou de Amon-Rá. Isso seria possível somente se fosse conservado o corpo que devia sustentá-la. Daí vinha a importância de embalsamar ou mumificar o corpo para impedir que o mesmo se descompusesse. Para assegurar a sobrevivência da alma, caso a múmia fosse destruída, colocava-se no túmulo estatuetas do morto.<br /><br />O processo de mumificação acontecia da seguinte maneira: o sacerdote abria o corpo do morto ao meio tirando seus órgãos moles (os órgãos que apodrecem rápido). Depois cortava o nariz de forma que pudesse retirar o cérebro com um gancho especializado. O sacerdote colocava dentro do corpo do morto alguns medicamentos. Após todo o ritual, o sacerdote amarrava uma espécie de pano que ajudava a conservar o corpo.<br /><br /> <br />Anúbis era o deus egípcio associado a mumificação e rituais fúnebres; aqui, ele atende a uma múmia.Dentro das pirâmides ficavam os bens do morto. Os egípcios colocavam nas pirâmides tudo que eles achavam que poderiam reutilizar na outra vida (móveis, jóias, etc). O túmulo era como uma habitação de um vivo, com móveis e provisões de alimentos. As pinturas das paredes representavam cenas do morto à mesma, na caça e na pesca. Eles acreditavam nos poderes mágicos dessas pinturas, pois achavam que a alma do morto se sentia feliz e serena ao contemplá-las. A alma do morto comparecia ao Tribunal de Osíris, onde era julgada por suas obras, para ver se podia ser admitida no reino de Osíris.<br /><br />Os antigos egípcios também acreditavam que os túmulos eram moradias de eternidade. Para melhor proteger os corpos, as múmias eram colocadas em sarcófagos bem fechados. Os faraós, os nobres, os ricos e alguns sacerdotes construíam grandes túmulos de pedras para garantir a proteção dos corpos contra ladrões e profanadores, aqueles que invadem lugares sagrados ou câmaras funerárias. Eram feitos para garantir a longa espera no tempo até que a alma voltasse para a vida. Assim foram construídas mastabas, pirâmides e hipogeus ricamente adorados.<br /><br />Ciência<br /> <br />Uma página do Papiro Ebers, uma espécie de enciclopédia médica egípcia.Não se pode falar em ciência no Antigo Egipto (e em geral na Antiguidade) tendo como referência o conceito actual. O conhecimento entre os antigos Egípcios estava associado aos escribas, às classes sacerdotais e aos templos. Numa parte destes encontravam-se as "Casas de Vida" (Per Ankh), nome dado a uma área do templo que funcionava como biblioteca e arquivo, onde também se ministravam conhecimentos e se copiavam os textos de carácter médico, astronómico e matemático. Tendo em vista que a religião era um dos pontos no qual assentava a civilização do Antigo Egipto, a sua influência estende-se e mistura-se com a esfera do saber, que não surgia como autónoma.<br /><br />A medicina foi a disciplina que mais se desenvolveu entre os egípcios, sendo famosa na Antiguidade, em particular entre os Gregos. A classe médica dividia-se entre médicos do povo e médicos reais; alguns médicos trabalhavam como clínicos gerais, enquanto que outros eram especialistas em determinada área. As escolas médicas mais famosas eram as das cidades de Heliópolis e a de Sais. Os remédios eram compostos por vários elementos, na maioria oriundos do reino vegetal, mas recorria-se também a elementos que do ponto de vista contemporâneo parecem estranhos, como os excrementos dos animais, o sangue de lagarto, dente de porco ou pó de natrão. Eram aplicados sob a forma de poção, pílula ou em cataplasma.<br /><br />No campo das matemáticas, os egípcios utilizavam um sistema de cálculo baseado na mão (cinco dedos). A partir daqui vinham as dezenas, dando origem à numeração decimal que se tornaria a base da aritmética egípcia. Calcularam a superfície dos rectângulos e o volume da esfera, dando a pi o valor de 3,14. Conhece-se hoje em dia esta matemática graças ao Papiro Rhind e ao Papiro de Moscovo.<br /><br />Literatura<br /> <br />A Pedra de Roseta, artefato que permitiu aos linguistas traduzir os hieróglifos egípcios[10]De uma forma geral, as obras literárias do Antigo Egipto eram anónimas; a literatura do Antigo Egipto inclui textos de carácter religioso (como os hinos às divindades), mas igualmente obras de natureza mais secular, como textos sapienciais, contos e poesia amorosa.<br /><br />Datam da época do Império Antigo os primeiros textos de literatura sapiencial, um género que consistia numa reflexão dos "sábios" (vizires, escribas) sobre a vida, pretendendo transmitir determinados ensinamentos e apelando à prática de certas virtudes (moderação, justiça, o respeito aos pais…); deste género destaca-se o Ensinamento de Ptah-hotep, que em trinta e seis máximas expõe as reflexões do seu autor (um vizir) sobre as relações humanas.<br /><br />Do Primeiro Período Intermediário salienta-se a Profecia de Ipuver, onde autor aborda a decadência política e moral do Egipto durante esta era.<br /><br />Do Império Médio destacam-se os contos, como as Aventuras de Sinué e o Conto do Náufrago. A primeira obra foi provavelmente o texto literário mais popular entre os egípcios, tendo em conta a grande quantidade de cópias do texto que se conhecem. Relata as aventuras do herói homónimo que foge do Egipto para a região da Síria-Palestina antes de regressar ao seu país, onde é acolhido na corte de Senuseret III. Para alguns investigadores algumas destas histórias de aventuras podem ter influenciado a literatura árabe, em concreto os relatos sobre as aventuras do marinheiro Simbad.<br /><br />Durante o Império Novo surge a poesia amorosa, com temas de paixão e erotismo presente nos textos do Papiro Cester Beatty I, do Papiro Harris 500 e num fragmento do Papiro de Turim. Akhenaton cultiva a literatura religiosa, com hinos dedicados a Aton. Prossegue a tradição da literatura sapiencial, com o Ensinamento de Anii e o Ensinamento de Amenemope.<br /><br />Arte<br /> <br />Busto de Nefertiti.A arte do Antigo Egipto esteve fundamentalmente ao serviço da religião e da realeza. Esta arte obedeceu a cânones precisos ao longo dos seus três mil anos de existência, sendo desvalorizada a inovação.<br /><br />Uma das regras mais importantes seguidas pelos artistas era a lei da frontalidade, segundo a qual na figura humana o tronco era representado de frente, enquanto que a cabeça, pernas, pés e olhos de perfil.<br /><br />Do Império Antigo notabilizaram-se as pirâmides, mas também deve ser realçado o baixo-relevo e a pintura que já na época possuíam um elevado grau de perfeição. O Império Novo corresponde à era mais brilhante da arte, fruto da riqueza do Egipto durante este período. São desta época os templos de Karnak e Luxor e os túmulos escavados nas falésias do Vale dos Reis.<br /><br />Durante o período de Amarna, que corresponde às inovações religiosas de Akhenaton, os artistas rompem com as antigas convenções e aproximam-se de uma arte que almeja o realismo, com representações de afecto entre membros da família real. O próprio Akhenaton é mostrado de uma forma diferente, com o crânio alongado e uma silhueta efeminada; não se sabe ao certo se esta particularidade na representação do faraó seria uma nova tendência artística ou o resultado de algum tipo de deformação congénita de Akhenaton. Foi no "atelier" do escultor de Akhenaton, Tutmés, que foi encontrado em 1912 o famoso busto de Nefertiti, uma obra inacabada.<br /><br />As formas da arte figurativa egípcia - escultura, relevo e pintura - adquiriram caráter inconfundível por volta do início do período dinástico. Ao mesmo tempo que o nível das formas de arte decorativa e funcional, tais como obras de pintura de motivos, manufatura de vasos de pedra, escultura de marfim, mobiliário e trabalho em metal, era muito elevado, a arquitetura evoluía rapidamente de então em diante, continuando a desnvolver-se com o domínio de novos materiais e a introdução de novas formas. Desde o início, as obras de arte de vários gêneros constituem o mais importante legado do antigo Egito, legado este extraordinariamente homogêneo. As alterações na arte ao longo dos diferentes períodos refletem as alterações na sociedade clarificam-nas, embora a arte procure a sua inspiração mais noutra arte do que no mundo. A arte egípcia é superficialmente abordável, mas a outro nível, é muito estranha à arte ocidental.<br /><br />Muito poucas obras egípcias foram criadas como "arte pela arte". Todas tinham uma função, ou como objetos de uso diário, ou, o que é mais comum entre os que se conservam, num contexto religioso ou funerário. Tem-se dito, por vezes, que não deviam ser designadas por "arte", mas não existe necessariamente contradição entre o caráter artístico de um objeto e a sua função. Poder-se-ia dizer que a qualidade artística de um objeto é o elemento estético adicional ao seu carater funcional. O estatuto da arte eípcia como "arte" no espírito dos egípcios era de grau diferente do da arte ocidental aos olhos dos ocidentais, mas não existe diferença fundamentais em espécie. De fato, os gêneros egípcios e ocidentais assemelham-se extraordinariamente. No Egito, tal como na sociedade ocidental, a arte é um importante foco de prestígio.<br /><br /> <br />Estátua de Menkauré e Khamerernebti II, no Museu de Belas Artes de Boston.A escultura foi marcada pela escolha de materiais resistentes, como o basalto,o pórfiro, xisto, diorito e o granito. Algumas estátuas serviram um objectivo político, sendo colocadas diante dos templos para que o povo as visse, mas tinha sobretudo um objectivo religioso. Exprimem de uma maneira geral uma posição fixa, com os braços colados ao corpo (as estátuas egípcias influenciaram as estátuas gregas mais antigas sobre jovens, conhecidas como kouros). As estátuas que se achavam nos túmulos eram consideradas como uma espécie de corpo de substituição; o ka e o ba deveriam reconhecer o rosto onde habitavam, não sendo por isso relevante representar os defeitos do corpo. Algumas estátuas atingiam proporções grandiosas, como a Esfinge do planalto de Guiza e os Colossos de Memnon. Saliente-se ainda a invenção da "estátua-cubo" pelos Egípcios, na qual apenas a cabeça emerge do bloco de pedra.<br /><br />A óbvia semelhança estilística entre a escultura, o relevo e a pintura baseiam-se, em parte, em técnicas que lhes são comuns. ondem existir razões mais fundamentais para os rígidos exitos da escultura, uma vez que esta característica se encontra quase tão espalhada pelo mundo como a representação a duas dimensões, sem perspectiva, mas tais razões não são claras. Qualquer que seja a resposta a esta pergunta mais geral, a continuidade e o desenvolvimento paralelo das duas formas são notáveis.<br /><br />Quase todas as estátuas mais importantes representam uma figura que olha em frente, numa linha perpendicular ao plano dos ombros e cujos membros estão restringidos dentro dos mesmos planos. A maior parte das vezes encontra-se em repouso, sem estar ocupada em nenhuma atividade. A interação orgânica das partes do corpo quse não é indicada, de modo que as estátuas se assemelham a um "diagrama" a duas dimenões, formando um algomerado de partes separadas. A analogia sugere que este pode ser um aspecto básico da representação e não um elemento de estilo. Parte da semelhança entre os gêneros é devida à dependência da escultura em relação ao desenho, numa versão modificada da representação egípcia normal, a duas dimensões.<br /><br />As principais exceções à geometria rígida são as cabeças que olham para cima, talvez para ver o sol, ou para baixo, como as estátuas de escribas, para olharem para um papiro desenrolado no colo. As figuras ajoelhadas, têm, por vezes, os músculos das pernas refletidos mostrando, ao que parece, que a sua pese é um gesto momentâneo da deferência. Pormenores como este, e leves indicações da coerência orgânica do corpo, são restritos às melhores obras, em que a rigidez normal é tomada como certa e suavizada, provavelmente por razões estéticas. Existem também algumas obras pequenas, sobretudo de madeira e de finais de 18ª dinastia, que se afastam das regras, representando rotações e contraposto, e mantendo apenas vestígios dos conjuntos normais de eixos de definição. Estas são importantes porque mostram que as formas estritas não eram as únicas de que os Egípcios dispunham.<br /><br /> <br />Pintura de Nefertari no seu túmulo.Nas artes parietais, o baixo-relevo e a pintura andam frequentemente associados. Durante o Império Médio o baixo-relevo surge pintado, enquanto que no Império Novo a pintura tornou-se uma arte autónoma. Os temas mais frequentes da pintura são os retratos de família, as batalhas, os deuses e as paisagens. A cor desempenhava nela uma função informativa: os corpos masculinos são pintados a vermelho-acastanhado e os femininos a amarelo.<br /><br />É interessante notar que, quando homens comuns são retratados perto de divindades como o faraó, seus olhos são pintados para os lados, e não para a frente, uma vez que a figura sagrada do deus não poderia ser encarada de frente.<br /><br />Em duas e em três dimensões, a base do trabalho do artista era o desenho preparatório. utilizavam-se grelhas quadradas e conjuntos de linhas de orientação, de modo a assegurar uma representação exata. Para o corpo humano, as grelhas baseavam-se, até à 26ª dinastia, num quadrado do tamanho do punho da figura a desenhar, que se relaciona proporcionalmente com todas as outras partes do corpo. Em teoria, a grelha tinha de ser desenhada de novo para cada figura de tamanho diferente, mas, na prática, as figuras de menos importância eram talvez, muitas vezes, desenhadas livremente. Os desenhos preliminares eram inscritos dentro das grelhas e transformados no produto final por um processo de correção e laboração, em váras fases. É evidente que os artistas trabalhavam em grupos, sendo, provavelmente, especializados em tarefas que realizavam.<br /><br />Arquitetura<br /> <br />Templo de Abu Simbel, um dos maiores exemplos da arquitetura do Egito antigo.A arquitetura do Egito antigo inclui algumas das estruturas mais famosas do mundo: a região dos Grandes Pirâmides de Gizé e os templos em Tebas. Vários projetos foram organizados, contruídos e financiados pelo Estado para fins religiosos e comemorativos, mas também para reforçar o poder do faraó. Os antigos egípcios eram contrutores qualificados, usando ferramentas simples mas eficazes e instrumentos de observação, os arquitetos egípcios podiam construir grandes estruturas de pedra com exactidão e precisão.[11]<br /><br />As habitações da elite e de outras classes sociais egípcias foram construídas com materiais perecíveis, tais como tijolos barro e madeira e, consequentemente, não sobreviveram ao tempo. Camponeses viviam em casas simples, enquanto os palácios da elite eram estruturas mais elaboradas. Os poucos palácios sobreviventes do Império Novo, como aqueles em Malkata e Amarna, mostram paredes e pisos ricamente decorados com cenas de pessoas, animais, sacerdotes e desenhos geométricos.[12] Estruturas importantes, como templos e túmulos, destinados a durar para sempre, foram construídas de pedra, em vez de tijolos.<br /><br />Pirâmides<br /> <br />A Grande Esfinge e as pirâmides de Gizé, erguidas durante o Império Antigo.No antigo Egito foram construídas centenas de pirâmides. As três grandes estão incluídas entre as Sete Maravilhas do Mundo antigo. Até hoje as pirâmides oferecem alguns mistérios para a nossa mente. Assim a moderna engenharia não conseguiu ainda explicar como foi, naquela época, conseguiu-se trazer blocos de pedras de 2 a 10 ou mais toneladas vindas de longe até o deserto onde se encontram as pirâmides. Mais complicado ainda se torna explicar como conseguiram carregar pedras sobre pedras até uma altura de 146 metros (a altura da grande pirâmide de Quéops). Outro segredo é explicar porquê as pirâmides foram construídas tendo seus lados rigorosamente voltados para os quatro pontos cardeais. Atualmente, milhares de pessoas no mundo inteiro acreditam num misterioso poder de concentração de energia e conservação dentro das pirâmides. Assim, não se estragariam determinadas coisas perecíveis que fossem colocadas no seu interior, na posição ocupada pela câmara do rei.<br /><br />Para isso, com auxílio de uma bússola, é preciso orientar as bases de uma pirâmide na posição dos pontos cardeais. Acredita-se, também, em curas ou melhoras de saúde através do uso de uma pirâmide de cor azul (frequencia de cor com propriedades curativas) para isso, a pirâmide usada deve ter o mesmo ângulo da construção da pirâmide original, localizada no Egito e durante a aplicação no local doente, ela deve estar voltada para o norte geografico.<br /><br />Templos<br /> <br />Templo de Luxor.Os templos egípcios não eram como as igrejas de hoje. Eram grandiosos, de dimensões enormes, com um portão imponente e amplos pátios abertos. Eram sustentados por gigantescas colunas. Ao fundo ficava a estátua do deus local e nas laterais um pequeno número de outros deuses. Nas fachadas, estátuas colossais dos faraós que mandaram construir os templos. No interior dos templos viviam numerosos sacerdotes, com cabeça raspada e vestidos com um túnica. Do antigo Egito sobraram as ruínas de dois grandiosos templos, os de Lúxor e Karnak.<br /><br />O legado do Antigo Egipto<br /> <br />O Dr. Zahi Hawass é o atual secretário geral do Conselho Supremo de Antiquidades do Egito.Apesar da civilização egípcia ter terminado há dois mil anos, parte do seu legado continua vivo no mundo actual.<br /><br />Os Egípcios possuíam um calendário de 365 dias e doze meses e já dividiam o dia em vinte e quatro horas. Algumas palavras da língua portuguesa, como alquimia, química, adobe, saco, papel, gazela e girafa, têm origens na língua egípcia. De igual forma, certas expressões, como "anos de vacas magras", são também de origem egípcia. As crianças do Antigo Egipto já brincavam a "macaca", tal como o fazem as crianças de hoje em dia, e os adultos apreciavam um jogo de tabuleiro, conhecido como Senet.<br /><br />A nível arquitectónico, estão presentes no mundo contemporâneo certos elementos da arquitectura do Antigo Egipto como o obelisco, que os Egípcios consideravam como um raio do sol petrificado. Ele está presente em várias cidades mundiais, como Buenos Aires ou no Monumento de Washington nos Estados Unidos da América. Outras cidades possuem mesmo obeliscos que foram trazidos do Antigo Egipto (Place de la Concorde em Paris, Praça de São Pedro no Vaticano…). A construção piramidal, associada ao Antigo Egipto, encontra-se também em edifícios como a Pirâmide do Louvre de Paris ou o Luxor Hotel de Las Vegas.<br /><br />Alguns símbolos da alquimia são de origem egípcia, como a serpente ouroboros e a ave fénix. O papiro dos egípcios foi o antepassado do papel dos nossos dias.<br /><br />Mas será porventura no domínio da religião e da espiritualidade que o legado do Antigo Egipto está mais presente. Embora já não se veja na experiência religiosa de Akhenaton um monoteísmo puro nascido antes do monoteísmo dos Hebreus, não deixa de ser curiosa a semelhança entre versos do Grande Hino a Aton escrito por Akhenaton com o salmo 104 da Bíblia. Os Egípcios acreditavam na necessidade de levar uma vida pautada por uma conduta ética de modo a assegurar uma vida no Além, um conceito presente em várias religiões dos nossos dias. O relato da morte e ressureição do deus Osíris, lembra a própria morte e ressureição de Jesus Cristo, no qual assenta o cristianismo. A Igreja Copta, que reúne a maioria dos cristãos do Egipto, usa como símbolo a cruz ansata ou ankh, símbolo da vida no Antigo Egipto. Segundo Heródoto, os sacerdotes egípcios praticavam a circuncisão e dedicavam alguns dias do ano ao jejum, dois elementos que estão presente em religiões como o judaísmo e o islão. Para além disso, os movimentos esotéricos e ocultistas tem também o Antigo Egipto como referência, apropriando-se de elementos e símbolos desta civilização.GUSTAVO RUZZANTEhttp://www.blogger.com/profile/17602676211398864263noreply@blogger.com1